Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Ibovespa aprofunda perdas com siderúrgicas e Vale

A queda generalizada pode ser interpretada também por causa da redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O ambiente adverso mundo afora continua penalizar as bolsas mundiais. No caso do Ibovespa, o peso acaba sendo muito maior, uma vez que Wall Street e as bolsas europeias renovaram suas máximas nos últimos meses, enquanto o principal índice da Bolsa brasileira acumula perda de mais de 12% neste ano.

Há pouco, o Ibovespa registrava baixa de 1,48%, aos 53.216 pontos. O giro financeiro estava em R$ 2,99 bilhões.

Após ficar no zero a zero no início do pregão, o índice acentuou a decadência com as siderúrgicas e com a Vale. Em instantes, as ações da Usiminas (USIM3) e da Gerdau (GGBR4) lideravam as maiores perdas e recuavam 4,38% e 3,49%, respectivamente. No mesmo sentido, os papéis da Vale (VALE5) caíam 2,31%.

A queda generalizada pode ser interpretada também por causa da redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6% para zero nas aplicações de renda fixa feitas por investidores estrangeiros, uma vez que a renda fixa passa a ficar mais atrativa, afugentando o investidor externo da renda variável.

De acordo com Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria, a continuidade de realização de lucros nas bolsas internacionais está muito forte e a Bolsa brasileira não tem fôlego para avançar sozinha.

"O Ibovespa segue refém do cenário externo por causa de questões internas, como as decepções econômicas que o país tem passado há dois anos, o fraco desempenho nos resultados das empresas e a intervenção do governo nos setores, o que acaba assustando os investidores estrangeiros", explica Campos Neto.

Nos Estados Unidos, indicadores de emprego abaixo do esperado contribuem para o mau humor dos investidores, que operam com cautela, uma vez que aguardam os dados oficiais do mercado de trabalho, que serão anunciados na sexta-feira (7/6).

Em meio a isto, o Dow Jones recua 0,79%, o S&P 500 cai 0,91% e o Nasdaq tem decréscimo de 0,92%.

Na Europa, o movimento vendedor é ainda mais forte, refletindo também indicadores aquém do projetado, o que contribui para realização acentuada.

Perto do fechamento, o CAC 40, de Paris, tinha queda de 1,68%, o DAX, da Alemanha, contraía 1,05% e o FTSE 100, de Londres, despencava 2%.

Destaques

Entre as maiores altas do dia, as ações da Rossi (RSID3) se destacam com avanço de 1,12%.

Câmbio

E no mercado de câmbio, o dólar opera em baixa de 0,04%, cotado a R$ 2,126 na compra e R$ 2,128 na venda.

Fonte: Brasil Econômico

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