Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Mau humor intensifica e Ibovespa perde mais de 2%

Movimento vendedor se estendeu ao cenário externo, pesando ainda mais sobre o índice, que amarga a quarta semana de queda.

Na contramão do cenário externo, o Ibovespa não consegue se recuperar e caminha para registrar a quarta semana em queda consecutiva, uma vez que ontem encerrou o pregão na contramão do mercado externo, ao registrar alta de 0,67%.

Há pouco, o principal índice da Bolsa brasileira recuava 2,06%, aos 47.220 pontos. O giro financeiro estava em R$ 3,76 bilhões.

Na opinião de Hamilton Moreira, estrategista do BB Investimentos, a alta de ontem deve ter ocorrido por causa de algum acionamento de robô. Ou seja, um sistema passa a comprar determinada ação, assim que ela atingir o preço mínimo cadastrado. "Isso deve ter acontecido com as ações do grupo X, uma vez que a OGX, LLX e MMX registraram as maiores altas ontem", destaca Moreira.

No pregão de hoje, o cenário elétrico penaliza bastante o índice. Ontem, a Aneel autorizou o reajuste médio de 13,44% das tarifas da Copel. No entanto, o governador do Paraná pediu para que a empresa abdicasse do aumento. Desta forma, as ações da Copel (CPLE6) lideram as maiores quedas, ao retrair 15,07%, puxando para baixo as outras empresas do setor, como Light (LIGT3) e Eletropaulo (ELPL4), com baixas de 6,91% e 3,96%, respectivamente.

No mesmo sentido, as empresas do grupo EBX, do empresário Eike Batista, também sofrem, após terem forte avanço ontem. A OGX (OGXP3), MMX (MMXM3) e a LLX (LLXL3) perdem 4,60%, 7,75% e 7,50%, nesta ordem. Os papéis da Petrobras (PETR4) também afundam o Ibovespa, ao cair 2,70%, pressionadas por causa da valorização do dólar, uma vez que a dívida da companhia é atrelada à moeda americana.

Nos Estados Unidos, após a pior sequência em dois pregões seguidos desde 2011, Wall Street ensaiou uma recuperação, mas agora recua. Há pouco, o Dow Jones caía 0,25%, o S&P perdia 0,57% e o Nasdaq tem queda de 0,97%.

"Os investidores ainda estão precificando a decisão do Fed, de reduzir os estímulos econômicos ainda este ano, e por isso as bolsas por lá devem voltar um pouco, pois estão muito esticadas. A projeção é que o Dow Jones chegue aos 14 mil pontos, mas isso não será no curto prazo", explica o estrategista.

Na Europa, mesmo com o tombo de ontem, as principais bolsas não conseguem operar em campo positivo, seguindo o mau humor americano, uma vez que a agenda econômica é fraca.

Perto do fechamento, o CAC 40, de Paris, tinha baixa de 0,79%, o DAX, da Alemanha, recuava 1,42% e o FTSE 100, de Londres, caía 0,39%.

Destaques

Entre as maiores altas, as ações da Suzano (SUZB5) cresciam 4,15%.

Câmbio

E no mercado de câmbio, o dólar opera em alta de 0,53%, cotado a R$ 2,268 na compra e R$ 2,270 na venda.

Fonte: Brasil Econômico

Nenhum comentário:

Postar um comentário