Ações da petrolífera OGX do empresário Eike Batista amargam perdas acima dos 14%, e encerram sessão cotadas a meros R$ 0,83.
Dados sobre o setor de construção dos Estados Unidos bem acima do projetado pelos analistas do mercado, somados aos da atividade manufatureira em Nova York, que também superou de longe os prognósticos, levaram os principais índices acionários da região a fecharem com altas expressivas - o Dow Jones ganhou 0,73%, enquanto o S&P 500 avançou 0,76%.
No âmbito doméstico, o Ibovespa chegou a acompanhar o desempenho de seus pares, quando subiu quase 1,60%, ao ultrapassar a faixa dos 50 mil pontos, mas não conseguiu manter a valorização até o fechamento, e terminou nesta segunda-feira (17/6) em queda de 0,49%, aos 49.088 pontos. O giro foi de R$ 9,441 bilhões.
As empresas do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, foram responsáveis por trazer o principal índice acionário do país para baixo. As ações da OGX (OGXP3) caíram 14,43%, a R$ 0,83, as da MMX (MMXM3) recuaram 14,38%, a R$ 1,25, e as da LLX (LLXL3) perderam 7,56%, a R$ 1,10. Juntas, as três respondem por 4,2% do Ibovespa.
Na última sexta (14/6), a agência de classificação de risco Fitch reduziu, pela segunda vez em menos de um mês, os ratings da OGX para ‘CCC', com perspectiva negativa.
"Se o Fed for incisivo sobre a diminuição dos estímulos, a situação tende a piorar um pouco mais para empresas não operacionais, com enorme necessidade de captações, que não geram caixa e com dívida alta", diz Luis Morato, operador da Tov.
O vencimento de opções sobre ações realizado neste primeiro pregão da semana também trabalhou a favor da queda do Ibovespa, nota o especialista, uma vez que os vendidos têm prevalecido em detrimento aos comprados.
"O estrangeiro está saindo, e o local está preocupado com a forma como o governo vem administrando a política fiscal e monetária. Ninguém está com disposição para aumentar a exposição em renda variável", pontua Morato.
Impediram uma queda maior do índice teórico os papéis da Embraer (EMBR3), que valorizaram 6,35%, a R$ 19,94. A fabricante anunciou nesta segunda que planeja investir US$ 1,7 bilhão nos próximos oito anos na nova geração de E-Jets.
A terceira maior fabricante de aviões do mundo estimou uma demanda por 6,4 mil aviões comerciais com até 130 assentos nos próximos 20 anos.
Na sessão desta terça (18/6), destaque para dados sobre o setor imobiliário nos Estados Unidos e para a confiança da economia na Zona do Euro. Ainda assim, os agentes devem seguir em compasso de espera, no aguardo do discurso de Ben Bernanke na tarde de quarta-feira (19/6) que pode trazer alguma indicação sobre o rumo da política monetária americana.
Fonte: Brasil Econômico
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