Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

FMI alerta sobre impacto de cortes nos EUA sobre crescimento global


O Fundo Monetário Internacional está afirmou que cortes bilionários de gastos públicos dos Estados Unidos causarão impacto no crescimento da economia global.
As medidas que podem gerar os cortes podem entrar em vigor automaticamente na sexta-feira a menos que o presidente Barack Obama consiga chegar a um acordo com os republicanos no Congresso.
Um porta-voz do FMI afirmou que o impacto das medidas no crescimento americano pode ser de 0,6 ponto percentual. As economias dos países parceiros comerciais dos EUA devem sofres as maiores consequências.

Fonte: BBC Brasil

Decepção com PIB é certa e mercado já espera o pior


Enquanto as projeções no início do ano passado apontavam para um crescimento superior aos 3% no fechado de 2012, as estimativas mais otimistas agora não passam de 1%.

Nesta sexta-feira (1°/3), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre e do ano de 2012.

No terceiro trimestre, o crescimento foi de 0,6%, na margem, enquanto as projeções de mercado apontavam para um avanço de 1,2%.

Para o resultado mais recente, a expectativa dos analistas é de que a economia terá apresentado uma tímida melhora, porém não o suficiente para levar o crescimento da atividade doméstica a um patamar superior aos míseros 1%.

Em 2011, a expansão econômica brasileira chegou a 2,7%, após os históricos 7,5% de 2010.

O setor de serviços, que surpreendeu negativamente ao ficar estagnado de julho a setembro, deve ter experimentado uma "aceleração relevante", ao avançar 1,3% de outubro a dezembro, segundo a projeção de Aurélio Bicalho, do Itaú Unibanco.

A estimativa do especialista para o aumento do PIB no último trimestre do ano passado, entretanto, aponta para avanço de apenas 0,7%.

Isso porque as vendas no varejo, que contribuíram no terceiro trimestre com um bom desempenho de 2,1% de expansão, devem passar agora para um incremento de 0,6%, pelos cálculos de Bicalho.

Além disso, o prognóstico do economista do Itaú para o setor agropecuário, que teve crescimento de 2,5% no terceiro trimestre, é de que ele tenha retraído 3,1% no quarto.

Destaque para a queda de 23,3% esperada para a safra de trigo, e de 15,3% na produção de fumo.

"Avaliamos que a incerteza em relação ao cenário internacional e quanto à evolução do quadro doméstico continua pesando negativamente nas decisões de investir", atesta Bicalho, em relatório.

"A cautela tem prevalecido, e os investimentos têm sido adiados", acrescenta o especialista.

Com base nas projeções do trimestre, a estimativa do Itaú para o ano de 2012 é que a economia brasileira tenha crescido 0,9%.

"Vale notar que, no começo do ano passado, a expectativa da LCA era de que o PIB brasileiro cresceria 3,1% em 2012, ao passo que a projeção de consenso sugeria uma alta um pouco maior, de 3,3%", destaca a consultoria.

A LCA também prevê alta ao redor de 1% para o nível da atividade no ano passado.

A mão pesada do Estado no setor privado tem mantido os empresários, para dizer o mínimo, cautelosos nos momentos de decidir sobre seus investimentos futuros.

As primeiras estimativas para 2013 indicam crescimento de 3%, mas essas estimativas embutem uma retomada dos investimentos, fato esse que dificilmente se tornará realidade diante da manutenção na postura do governo.

"O governo já sinalizou maiores preocupações sobre a inflação, aumentando a percepção do mercado de que um ciclo de aperto monetário pode estar próximo", lembra Marcelo Kfoury, da Citi Research.

Ou seja, se o decepcionante 1% de 2012 sequer contou com um ciclo de aperto monetário, não será uma surpresa tão grande se, confirmada a subida da Selic nos próximos meses, comecemos a ter lapidações nos 3% de 2013.

Fonte: Brasil Econômico

Ibovespa e ouro são as piores aplicações de fevereiro


Por outro lado, poupança e CDI foram os investimentos mais rentáveis no segundo mês de 2013.
InvestimentosFevereiro
Poupança0,50%
CDI0,48%
Renda Fixa0,31%
IGP-M0,29%
Dólar-0,60%
Bovespa-3,91%
Ouro-6,54%

Fonte: BM&F Bovespa, Anbima, Cetip, Bacen, FGV e Brasil Econômico

Pelo segundo mês consecutivo, o Ibovespa e o ouro amargaram as últimas posições no ranking de investimentos. Em disputa acirrada até o último pregão de fevereiro, o principal índice da bolsa brasileira encerrou em vantagem em relação ao metal.

Enquanto o ouro teve uma perda de 6,54%, o Ibovespa caiu 3,91%, pressionado por um cenário externo incerto e mau desempenho das ações preferenciais da Petrobras (-8,13%) e da Vale (-5,56%).

A queda verificada no Ibovespa foi motivada principalmente pelo ambiente externo. De acordo com Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora, as notícias internacionais que mais pesaram foram as indefinições sobre o orçamento dos Estados Unidos e o impasse político que se configurou na última semana do mês na Itália.

"O que acontece é que o investidor avalia a aplicação na bolsa pelo desempenho do Ibovespa, e ele se tornou um índice vulnerável ao desempenho de papéis relacionados a commodities. A bolsa está defasada em relação às bolsas internacionais por problemas domésticos", pontua. 

No mesmo sentido, Fábio Colombo, administrador de investimentos, avalia que a pressão inflacionária, o crescimento econômico decepcionante e os panoramas negativos de Vale e Petrobras foram determinantes para o Ibovespa figurar entre as piores aplicações.

No caso da Petrobras, o noticiário foi repleto de notícias negativas, como o reajuste de combustível abaixo do estimado e o resultado líquido trimestral e anual adverso. 

O recuo do ouro, que foi a pior aplicação de fevereiro, foi determinado principalmente pela desvalorização do metal no exterior. 

Além disso, Colombo atribui o desempenho do metal ao fato de o ouro acompanhar o movimento feito na cotação do dólar em relação ao real, que registrou ligeira baixa.

No cenário doméstico, o ouro terminou o mês cotado a R$ 100 a grama. No exterior, o contrato de ouro mais negociado, com entrega para março, fechou o mês a US$ 1.577,70 a onça-troy, registrando uma retração de mais de 5% em fevereiro. 

"O ouro desvalorizou bastante lá fora e refletiu na performance do metal aqui no Brasil", avalia Colombo. "O metal registrou uma alta muito expressiva ao longo da crise econômica. Aparentemente tinha que ocorrer uma devolução em algum momento", complementa Galdi.

O dólar, que também esteve entre as aplicações menos rentáveis, acumulou baixa de 0,60%, determinada pelas intervenções no governo. O analista da SLW Corretora explica que os leilões de swap cambial realizado para tentar conter a valorização do câmbio foi o principal ponto de referência para que o investidor optasse por outros rendimentos.

Por outro lado, o conservadorismo brasileiro fez com que a poupança ocupasse o primeiro lugar no ranking. O fenômeno ocorreu pela segunda vez desde 1988. "Não destacamos tanto o fato de CDI e poupança estarem entre as melhores aplicações. Isso reflete as circunstâncias desfavoráveis pelas quais os investimentos de risco, como ouro e bolsa, estão passando", explica Colombo. No mês, a poupança acumulou elevação de 0,50%. 

Na sequência, o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) registrou rentabilidade de 0,48%, segundo investimento mais rentável. As intervenções do governo também foram apontadas como motivo para o movimento. 

Com a perspectiva futura da alta dos juros, os fundos de renda fixa fecham o mês com rendimento de 0,31%. 

"A renda fixa, por mais que tenha uma taxa muito pequena, sempre rende. Diante da aversão às aplicações de risco, é normal que ela suba um pouco além do normal. Ainda assim, foi um mês com desempenho bastante atípico", conclui Colombo.

Fonte: Brasil Econômico

Dólar tem leva alta, mas fecha mês em queda de 0,6%


No início do pregão, o dólar operou em baixa e chegou a atingir R$ 1,9677 na mínima do dia.

O dólar fechou esta quinta-feira (28/2) com leve alta frente ao real, após operar perto do zero a zero durante a maior parte da sessão.

De olho nas incertezas do cenário externo, investidores preferiram manter as cotações dentro dos limites de uma banda cambial informal que parece ter sido imposta pelo governo.

A moeda americana fechou com alta de 0,22%, a R$ 1,9782 na venda, após registrar queda de 0,61% na véspera. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 2,425 bilhões.
Cotações de fechamento para venda em28/02/2013
PaísMoedaR$US$
Argentina Peso 0,39165,0460
Canadá Dólar 1,92141,0282
Chile Peso 0,0042473,2000
China Iuan 0,31756,2225
Coreia do Sul Won 0,00181.083,1000
União Europeia Euro 2,58321,3077
Estados Unidos Dólar 1,97541,0000
Índia Rúpia 0,036354,3650
Japão Iene 0,021492,2700
México Peso 0,154612,7816
Paraguai Guarani 0,00053.970,000
Reino Unido Libra 2,99851,5179
Uruguai Peso 0,103919,2100
Rússia Rublo 0,064630,6105
Venezuela Bolivar Forte 0,31436,3000
Fontes: Banco Central e Brasil Econômico.


No mês, o dólar recuou 0,59% ante a divisa brasileira, consolidando-se na faixa de R$ 1,95 e R$ 2 que o mercado acredita ser a nova banda cambial imposta pelo Banco Central (BC) para ajudar no combate à inflação.

"Isso é vontade do governo", disse o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme. "Por enquanto, ele vai conseguir controlar isso, já que os bancos também estão vendidos".

Desde o fim de janeiro, o dólar recuou do nível de R$ 2, que à época era considerado pelo mercado como o piso informal definido pelo governo para a moeda, para patamares mais baixos, pressionado por intervenções do Banco Central no mercado de câmbio.

Analistas especulam que o movimento em direção a um real mais fortalecido tem como objetivo baratear produtos importados e conter pressões inflacionárias, embora o governo afirme que o câmbio não é ferramenta para lidar com os preços, e sim os juros.

A perspectiva de um dólar mais baixo para conter a inflação levou instituições financeiras a assumirem posições vendidas no mercado de câmbio, mesmo com o país registrando saída líquida de US$ 2,840 bilhões no mês até o dia 22 de fevereiro.

"Enquanto houver a percepção de que a inflação ameaça impor um teto para a taxa de câmbio, os bancos locais não devem se apressar para cobrir essa posição", escreveu a estrategista de câmbio da América Latina do RBS, Flavia Cattan-Naslausky, em relatório.

Analistas apontavam, no entanto, que a estabilidade da moeda americana nos patamares atuais deve ser auxiliada por uma reversão no fluxo cambial, que deve se tornar positivo com as safras de commodities agrícolas que começam em fevereiro e ganham fôlego nos meses seguintes.

"Normalmente, os grandes embarques só começam no fim de fevereiro", disse o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros. "É como dizem: o Brasil começa a trabalhar depois do Carnaval".

Além desses fatores, um cenário externo incerto conteve grandes variações nas cotações do dólar na sessão. Sinais de que o Federal Reserve, banco central americano, continuará injetando dólares na economia ajudaram na queda da moeda mais cedo na semana.

No entanto, dados de crescimento da maior economia do mundo decepcionaram o mercado. O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos expandiu a uma taxa anual de 0,1% no quarto trimestre, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira, ante alta de 0,5% previsto por analistas em pesquisa da Reuters.

No início do pregão, o dólar operou em baixa e chegou a atingir R$ 1,9677 na mínima do dia, com investidores tentando pressionar para baixo a cotação da divisa antes da formação da Ptax de fevereiro, uma taxa média do dólar calculada pelo Banco Central que serve de referência para vários contratos de câmbio e derivativos. Após a divulgação da taxa, no entanto, a moeda anulou as perdas e passou a operar com leve variação positiva frente ao real.

Fonte: Brasil Econômico

Após tombo da véspera, dólar opera com leve alta


Curva de juros futuros da BM&F Bovespa mantém tendência de baixa do pregão passado, após as palavras da presidente Dilma Rousseff a respeito da inflação.

Após a queda relativamente intensa da véspera, de 0,61%, o dólar retomada a trajetória de alta frente ao real no pregão desta quinta-feira (28/2), porém de maneira apenas tímida.

Há pouco, a moeda americana tinha valorização de 0,25%, e era negociada a R$ 1,979 para venda.

O movimento está em linha com a tendência que prevalece no exterior - o Dollar Index, índice que mede a variação do dólar contra uma cesta de divisas, avançava 0,17%.

"O volume está fraco, muita gente ajustou as posições ontem", nota José Carlos Amado, operador da Renascença DTVM.

Na avaliação do especialista, o atual patamar no qual o dólar se encontra tende a se mostrar uma zona de conforto ao mercado, pelo menos no curto prazo.

"Não tem tanto espaço para cair, em função do próprio fluxo negativo, e para cima também não consegue fazer um movimento muito forte, já que quando encosta nos R$ 2,00 existe a lembrança do Banco Central", diz Amado.

A autoridade informou ontem que o fluxo cambial está negativo em US$ 2,840 bilhões em fevereiro, até o dia 22.

Ainda assim, os bancos, pelos últimos dados do BC, referentes a janeiro, estavam vendidos - apostando na queda do dólar - em US$ 8,577 bilhões, ante US$ 6,069 bilhões em dezembro.

"Em algum momento de preocupação maior, como o mercado está muito vendido, pode haver alguma zeragem, e fazer com que o dólar busque um patamar mais alto", pondera o operadora da Renascença.

Juros

O discurso realizado nesta quarta (27/2) pela presidente Dilma Rousseff, interpretada pelos agentes como uma clara sinalização da preocupação da própria chefe de estado com a elevação dos preços, faz com que a curva de juros futuros da BM&F Bovespa mantenha o movimento de fechamento já verificado ontem.

Mais negociado, com giro de R$ 22,122 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 recuava de 7,73% para 7,69%, enquanto o para janeiro de 2015 descia de 8,39% para 8,36%, com volume de R$ 11,013 bilhões.

"É um absurdo dizer que nós não mantemos todos os nossos compromissos com os pilares da estabilidade", disse a presidente. "Nós mantemos a inflação sob controle... nós mantemos a política de câmbio flexível, mantemos uma política de robustez fiscal".

"A curva está bem alta. A precificação da ponta curva não converge para a mesma política. Julho 2013 precifica agora um aumento de 0,25 ponto em abril, e de 0,5 ponto em maio. O janeiro 2014 precifica um aumento em maio apenas, sem o de abril", explica Paulo Nepomuceno, estrategista de renda fixa da Coinvalores.

Essa discordância na aposta dos agentes, fala o especialista, decorre das diversas declarações de representantes do governo, que, cada vez em um tom, geram interpretações errantes dentro do mercado.

Fonte: Brasil Econômico

Economia dos EUA expande no ritmo mais fraco desde 2011


WASHINGTON, 28 Fev (Reuters) - A economia norte-americana cresceu muito pouco no quarto trimestre, embora uma performance um pouco melhor nas exportações e menos importações tenham levado o governo a descartar uma estimativa anterior que mostrava contração.

O Produto Interno Bruto (PIB) expandiu a uma taxa anual de 0,1 por cento, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira, ante alta de 0,5 por cento previsto por analistas em pesquisa da Reuters.

A taxa de crescimento foi a mais lenta desde o primeiro trimestre de 2011, e distante do que é necessário para alimentar uma queda mais veloz na taxa de desemprego.

Entretanto, muito da fraqueza veio de uma desaceleração no acúmulo de estoques e uma forte queda em gastos militares. A expectativa é que esses fatores sejam revertidos no primeiro trimestre.

Os gastos do consumidor foram mais robustos comparativamente, embora tenham apenas expandido a uma taxa anual de 2,1 por cento.

Visto que os gastos domésticos alimentam cerca de 70 por cento da atividade econômica nacional, este ritmo ainda fraco de crescimento sugere que o impulso na economia foi bem modesto ao entrar no primeiro trimestre, quando apertos fiscais significativos começaram.

Inicialmente, o governo havia estimado que a economia encolhera a uma taxa anual de 0,1 por cento nos últimos três meses de 2012. Isso havia chocado os economistas.

O relatório desta quinta-feira mostrou que as razões do declínio foram, em sua maioria, aquelas que já tinham sido inicialmente estimadas. Os estoques subtraíram 1,55 ponto percentual da taxa de crescimento do PIB durante o período, um peso um pouco maior do que o estimado inicialmente. Os gastos com a defesa caíram 22 por cento, cortando 1,28 ponto do crescimento como na estimativa anterior.

Houve alguns pontos relativamente positivos, entretanto. As importações caíram 4,5 por cento durante o período, o que favoreceu a taxa de crescimento geral, porque foi uma queda maior do que no terceiro trimestre. A compra de mercadorias de estrangeiros tira dinheiro da economia, subtraindo do crescimento econômico.

O que também ajudou a reverter a visão inicial de contração foi o fato de as exportações não terem caído tanto durante o período quanto o governo havia calculado ao divulgar sua preliminar do PIB em janeiro. As exportações foram afetadas por uma recessão na Europa, desaceleração da economia chinesa e problemas portuários relacionados a tempestades.

Excluindo o volátil componente dos estoques, o PIB subiu a uma taxa revisada de 1,7 por cento, em linha com as expectativas. A alta das vendas finais de bens de serviços havia sido estimada anteriormente a um ritmo de 1,1 por cento.

Os gastos empresariais foram revisados para mostrar mais crescimento durante o período do que previsto inicialmente, acrescentando cerca de um ponto percentual à taxa de crescimento.

Fonte: Reuters Brasil

Europa costura acordo para limitar bônus dos bancos


Autoridades da União Europeia (UE) chegaram a um acordo preliminar sobre novas regras para o mercado financeiro que limitam os bônus de executivos do setor ao equivalente ao salário de um ano.
Pelo entendimento, tal teto poderia aumentar apenas excepcionalmente para um total de dois anos de salário - mas para isso seria necessária a aprovação explícita dos acionistas da instituição.

Os bônus recebidos pelos executivos podem chegar a muitas vezes seu salário-base anual.
Desde o acirramento da crise financeira global, porém, tais pagamentos milionários têm gerado revolta em muitos países - principalmente depois que alguns bancos privados tiveram de receber resgates financeiros do setor público
"Pela primeira vez na história da regulação do mercado financeiro da UE, vamos limitar os bônus dos funcionários dos bancos", disse Othmar Karas, negociador-chefe do Parlamento Europeu.
"A essência (do acordo) é que a partir de 2014, os bancos europeus terão de reservar mais dinheiro para garantir sua estabilidade e se concentrar mais nos seus negócios mais importantes, que é o financiamento da economia real, das pequenas e médias empresas e da geração de empregos."

Oposição
O acordo foi alcançado após oito horas de negociações intensas em Bruxelas entre os membros do Parlamento Europeu, da Comissão Europeia e representantes dos 27 países do bloco.
Ele sofre, porém, forte oposição do Reino Unido, que abriga o maior centro financeiro da Europa e argumenta que tais regras poderiam afastar talentos e restringir o crescimento do setor financeiro no país.
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron diz que o plano europeu não é necessário (para a Grã-Bretanha), porque o país já tem um plano para regulamentar os bancos, que seria, segundo ele, "mais duro que as regulamentações que estão sendo colocadas em prática em outros países europeus".
No ano passado, uma comissão independente liderada pelo ex-economista-chefe do Banco da Inglaterra, John Vickers, fez uma série de recomendações para a reforma do sistema financeiro britânico, no que ficou conhecido como "Plano Vickers" - é a esse plano que Cameron se refere.
O plano recomenda uma maior separação entre os negócios dos bancos de varejo e dos bancos de investimento, mas não fala nada sobre cortes de bônus.
Para Joe Rundle, da instituição financeira ETX Capital, em Londres, um limite imposto pela União Europeia seria contraproducente.
"Ele vai fazer com que os salários fixos subam para compensar. Empresas que não precisam estar dentro da União Europeia vão para outro lugar. E quando os bancos investirem em novos negócios o farão fora da UE", opina.

Fonte: BBC Brasil

Foco de pesquisa no Brasil 'ameaça crescimento'


A ausência de grandes avanços no Brasil em pesquisas em áreas como química, física, engenharia e geociências pode ser "um fator limitante no desenvolvimento econômico" do país, segundo um relatório do serviço de análise da Thomson Reuters.
O documento, assinado pelos pesquisadores Jonathan Adams, David Pendlebury e Bob Stembridge, analisou diversos indicadores ligados a pesquisa e inovação no Brasil, Rússia, Índia, China e Coreia do Sul - conjunto de países ao qual se refere pelo acrônimo "BRICKS".

Sua conclusão é que os países emergentes estariam conseguindo reduzir o abismo que os separa do mundo rico na área de inovação, mas haveria grandes diferenças entre eles - e segundo dados levantado pelo relatório, o Brasil estaria ficando para trás em vários indicadores.
Em número de pesquisadores e total de patentes, por exemplo, o país seria o último colocado. A parcela dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento feitas pelo setor privado também seria "anomalamente baixa" no Brasil, segundo a Thomson Reuters.
O maior destaque, porém, é dado ao fato de que o Brasil seria "obviamente diferente dos outros BRICKs" no que diz respeito a seu portfólio de pesquisas.
"Para Rússia, Índia, China e Coreia do Sul as áreas em foco são física, química, engenharia e estudos sobre os materiais", nota o relatório. Já no Brasil haveria mais avanços e esforços no que é definido como "economia do conhecimento da natureza" que inclui áreas como "ciências agrícolas", "estudo de plantas e animais" e "farmacologia e toxicologia".
"Para o Brasil seria possível dizer que a ausência de (pesquisas sobre) tecnologias e ciências físicas na lista de áreas prioritárias pode ser tornar um fator limitante para o desenvolvimento econômico", defende o documento.
A conclusão é tomada a partir do levantamento, em cada um desses países emergentes, das dez áreas de pesquisa responsáveis por uma maior parcela do total mundial de publicações em seu campo do conhecimento.
No caso do Brasil, além das três áreas mencionadas acima, a lista também inclui "microbiologia", "ecologia", "ciências sociais", "medicina clínica", "biologia e bioquímica", "neurociências" e "imunologia".
Para uma comparação, as áreas de maior contribuição da China incluiriam "estudos dos materiais", "ciências da computação", "engenharia", "matemática", "geociências", "física" e "química".
O país asiático também estaria avançando mais rápido que os outro cinco emergentes em quase todos os indicadores de inovação e pesquisa analisados pela Thomson Reuters.
"Os dados não só confirmam e quantificam o novo status de países que não estão no G7 (na área de pesquisa e inovação), mas também revelam complexidades individuais que estão por trás do rótulo de 'emergente'", diz

Fonte: BBC Brasil

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Dilma defende política econômica e medidas ofensivas do governo


BRASÍLIA, 27 Fev (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que o governo tem se mantido na ofensiva ao enfrentar a crise internacional sem colocar em xeque os pilares da estabilidade, rebatendo críticas sobre a política econômica às vésperas da divulgação de um fraco Produto Interno Bruto (PIB) de 2012.

Dilma reiterou que o foco do governo é assegurar competitividade, com investimentos em infraestrutura e "racionalização" nos tributos, e defendeu que não há contradições em estimular investimentos públicos e privados de forma conjunta.

O discurso de quase 50 minutos foi feito para uma plateia recheada de empresários, muitos críticos aos planos de concessão na área logística lançados recentemente pelo governo, durante a reunião que comemorou os 10 anos do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

"É um absurdo dizer que nós não mantemos todos os nossos pilares da estabilidade", disse. "Nós mantemos a inflação sob controle... nós mantemos a política de câmbio flexível, mantemos uma política de robustez fiscal."

Ao comentar a crise econômica na Europa e apostar que os "tremores" da crise serão mais "suaves" em 2013 no continente, Dilma afirmou que o governo tem tomado medidas "que dialogam com problemas que o Brasil realmente tem".

"Nós viemos tendo uma posição bastante ofensiva em relação à situação no Brasil", disse.

A presidente pregou, ao longo do discurso, que crescimento, competitividade e medidas econômicas precisam dialogar com programas sociais e melhoria na vida da população e que é uma "falsa contradição" opor investimentos públicos e privados.

"No curto prazo, nós temos essa imensa tarefa, que é acelerar o ritmo do crescimento e estimular as inversões nas áreas transformadoras... que possam transformar a competitividade de nosso país para conseguir que tenhamos capacidade de aumentar essa renda per capita", disse, defendendo ainda que o ensino seja uma atividade de "alto status".

Ao comentar as medidas de logística e infraestrutura lançadas pelo governo ao longo de 2012, algumas delas alvo de críticas de empresários e trabalhadores, Dilma citou o esforço para melhorar a área de portos e fez duras críticas a quem afirmou que o Brasil corria risco de racionamento energético.

"As mesmas vozes que diziam que vai haver racionamento se calam, e a consequência é nenhuma, o que eu acho uma irresponsabilidade", disse ela.

A presidente falou da necessidade de se mudar a estrutura de portos no país para baixar o chamado custo Brasil, mas rebateu a crítica de sindicalistas de que o novo modelo proposto pelo Planalto e que está no Congresso ameaça empregos na área.

"Abrir os portos não significa tirar um... milímetro do direito do trabalhador portuário", disse.

Ao final do discurso, Dilma defendeu que o Brasil não pode mais deixar de lado critérios éticos, meritocráticos e transparência e melhor gestão nos gastos públicos.

"Este é um país que não tem mais condições de não levar em conta a mais estrita ética, a maior transparência, melhor gestão dos gastos públicos", disse ela.

Fonte: Reuters Brasil

Dólar cai 0,61% ante real com alívio sobre Itália


SÃO PAULO, 27 Fev (Reuters) - O dólar fechou em baixa frente ao real nesta quarta-feira após sinais positivos na Europa e nos Estados Unidos atenuarem temores de que a indefinição das eleições italianas poderia piorar a crise econômica na zona do euro.

A queda das cotações foi acentuada pela ação de investidores que tentavam influenciar o fechamento de mês da Ptax, uma taxa média do dólar calculada pelo Banco Central.

A moeda norte-americana registrou queda de 0,61 por cento, a 1,9739 real na venda, após atingir 1,9845 real na máxima do dia e 1,9728 real na mínima.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 2,268 bilhões de dólares.

"O mercado deixou um pouco de lado a questão das eleições na Itália", disse o operador de câmbio da Intercam Corretora, Glauber Romano. "O cenário externo deu uma aliviada, então (a moeda) acabou operando bem abaixo do fechamento de ontem".

A incertaza política resultante das eleições italianas - que não deram maioria parlamentar a nenhum partido - havia elevado a demanda por dólares nas últimas duas sessões.

No entanto, um leilão de dívida italiana de longo prazo realizado nesta quarta-feira teve demanda sólida dos investidores, o que amenizou os temores do mercado sobre o futuro fiscal do país.

Além disso, o chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, repetiu durante a tarde sua forte defesa ao programa de compra de ativos do banco central norte-americano, aliviando temores de que a autoridade monetária possa interromper ou reduzir o estímulo antes do planejado.

As declarações de Bernanke deram fôlego à queda da moeda norte-americana, já que uma possível interrupção do programa de estímulo monetário reduziria a oferta de dólares no mercados globais de câmbio.

Investidores que apostavam na queda do dólar também aproveitaram para puxar para baixo as cotações da moeda norte-americana antes da formação da Ptax de fevereiro na quinta-feira. A taxa é referência para vários contratos de câmbio e derivativos.

Segundo operadores, a maior parte dos investidores mantém posições vendidas na moeda norte-americana, apostando em um real mais valorizado.

"O que acontece é que hoje é véspera de Ptax, o mercado fica naturalmente um pouco vendido", disse o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca.

ATENTO AO BC

Operadores afirmavam, no entanto, que as oscilações do dólar devem continuar modestas, já que o mercado se acomodou na faixa de 1,95 real a 2 reais, que muitos consideram uma banda informal definida pelo Banco Central para evitar maiores pressões inflacionárias.

"Mesmo se a situação na Europa começar a ficar um pouco melhor, acredito que o dólar deve continuar nesse nível", acrescentou Siaca.

O mercado também observava de perto se o BC irá rolar os dólares vendidos recentemente com compromisso de compra, também chamados de leilões de linha. Segundo informações do BC, vencem em 1o de março 2,787 bilhões de dólares nessas linhas.

Caso o BC deixe as linhas vencerem, estes dólares sairão do mercado e as cotações da moeda norte-americana sofrerão pressão de alta.

A autoridade monetária fez esses leilões no final do ano passado com a intenção de prover liquidez ao mercado num momento de sazonal de escassez.

Fonte: Reuters Brasil

Governo está disposto a manter medidas de desoneração, diz presidente da Fiesp


Brasília - Após encontro com a presidenta Dilma Rousseff, o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse hoje (27) que o governo está disposto a manter a política de desonerações para estimular a economia.

“A presidenta está realmente sensível a continuar as desonerações, o aumento da competitividade brasileira. Ela deu sinalização clara de que pretende continuar esse caminho da desoneração, tudo o que ela puder reduzir de tributo, que beneficie as pessoas”, disse Skaf na saída da reunião.

A maior preocupação, segundo o presidente da Fiesp, é que as medidas garantam adiminuição de custo para o consumidor. "Ela tem uma preocupação maior com o consumidor final, com as pessoas. Não adianta a presidenta reduzir tributos, aumentar a competitividade se isso não leva a um benefício ao consumidor”, acrescentou.

Segundo o presidente da Fiesp, Dilma não indicou as áreas que poderão ser beneficiados com novas desonerações. Na avaliação de Skaf, os setores têxtil, de alimentos e bebidas, e o de manufatura deveriam ser beneficiados por terem impacto direto no consumidor.

Mais cedo, em discurso durante a abertura da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), Dilma disse que o governo será racional na desoneração de tributos este ano, mas sinalizou que é possível que os benefícios sejam concedidos a novos setores. Skaf reiterou a previsão da Fiesp para o crescimento da economia e da indústria em 2013, entre 2,5% e 3%.

Durante a reunião, o presidente da Fiesp manifestou o apoio da entidade à Medida Provisória 595, que altera as regras para o setor portuário, e se comprometeu a apoiar o governo durante a tramitação da proposta no Congresso Nacional.

Ele também apresentou à Dilma um simulador online, criado pela Fiesp, para que os consumidores possam calcular o desconto recebido na conta de luz após as medidas do governo para redução tarifária da energia elétrica.

A ferramenta permite que o consumidor compare o valor que pagava antes e quanto passará a pagar após o desconto. É preciso indicar o consumo, o nome da concessionária de energia, o nível de tensão e a modalidade da tarifa – informações que estão disponíveis na conta de luz. A partir dos dados, o sistema simula qual deverá ser o novo valor da conta após o desconto.

Por enquanto, o simulador funciona para consumidores de São Paulo, Minas Gerais, do Rio de Janeiro, Espírito Santo e da Bahia, mas, segundo Skaf, deverá estar disponível para todo o país nos próximos dias.

Fonte: Agência Brasil

Cena externa dita otimismo e Ibovespa crava 2ª alta seguida


Desempenho das ações do setor bancário e de construção contribuiu para o índice encerrasse em terreno negativo.

O panorama internacional foi o ponto de referência mais relevante para o Ibovespa nesta quarta-feira (27/2). Após ter apresentado volatilidade ao longo do pregão, o principal índice da bolsa doméstica encerrou com alta de 0,55%, aos 57.261 pontos, com giro financeiro de R$ 7,85 bilhões. 

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ratificou que a instituição continuará comprando títulos ativos no mercado do país. Com isso, o bom humor prevaleceu entre os investidores do país. 

"A repetição de Bernanke, que já havia falado sobre as medidas de estímulo nesta semana, eliminou os rumores de que a compra de ativos seria interrompida", explicou Luiz Roberto Monteiro, operador institucional da Renascença Corretora.

Além disso, os indicadores americanos também contribuíram para o otimismo generalizado. O destaque fica para o índice que mede as vendas de imóveis pendentes no país, que tiveram alta de 4,5% em janeiro.

A estimativa era de avanço de 1,5%. "A possível retomada do setor imobiliário americano sustentou as altas vistas nos índices acionários do país".

Neste contexto, os índices de Wall Street encerraram com aceleração. O Dow Jones subiu 1,26%, o S&P cresceu 1,49% e o Nasdaq se valorizou 1,04%.

Na Europa, as preocupações com o impasse político após a eleição na Itália perderam espaço nesta sessão. O país, porém, continuou no radar. O resultado do leilão de títulos do Tesouro italiano registrou juros mais altos, porém a demanda também aumentou expressivamente. 

"A confiança do mercado em relação ao leilão de títulos da Itália surpreendeu, porque todos esperavam um resultado ruim, dadas as instabilidades políticas. Por isso, as altas foram generalizadas nos mercados europeus", disse Monteiro. 

Ainda por lá, vale destacar a melhora na confiança na economia, indústria e serviços da Zona do Euro, que subiram para 91,1 pontos, 11,2 pontos e 5,4 pontos, nesta ordem. 

Neste contexto, o CAC 40, de Paris, teve acréscimo de 1,92%, o DAX, da Alemanha, se valorizou 1,04% e o FTSE 100, de Londres, cresceu 0,88%.

A economia do Reino Unido desapontou, com o Produto Interno Bruto (PIB) recuando 0,3% no quarto trimestre, o que fez com que a bolsa de Londres encerrasse com avanço menos expressivo.

Voltando ao Ibovespa, o especialista destaca que o aumento do crédito imobiliário ditou o movimentou comprador para as ações das construtoras. Com isso, os papéis do setor sustentaram a alta do Ibovespa. 

Entre as principais altas, figuravam os papéis da MRV (MRVE3) e da Gafisa (GFSA3), com altas de 6,64% e 5,58%, respectivamente.

Além disso, os resultados satisfatórios do BB Mapfre contribuíram para o movimento realizado pelos investidores do setor bancário. O papel do Banco do Brasil (BBAS3) e do Bradesco (BBDC4) subiram 2,99% e 0,57%, nesta ordem.

A expectativa com o balanço trimestral da Vale fez com que o Ibovespa operasse um pouco mais travado do que os demais índices globais. "Como é esperado um resultado ruim da mineradora, as notícias positivas não tiveram o impacto que poderiam ter", explica Monteiro.

Ao final da sessão, a VALE5 se valorizou 0,85%.

Ainda por aqui, vale destacar os números ruins da Eletropaulo e da Ambev, o que prejudicou os papéis das companhias. Enquanto a ELPL4 despencou 5,93%, a AMBV4 retraiu 2,67%. 

Destaques

Depois de MRV e Gafisa, o papel que se destacou positivamente foi o da Eletrobras (ELET3), que avançou 4,89%, a R$ 6,86. No mesmo sentido, a ação da Brookfield (BISA3) se valorizou 4,17%.

Por outro lado, além da Eletropaulo, as maiores quedas do índice foram das ações da OGX Petróleo (OGXP3) e da JBS (JBSS3), que retraíram 3,24% e 3,18%, nesta ordem.

Câmbio

No mercado de câmbio, o dólar caiu 0,60% frente ao real, cotado a R$ 1,974 para a venda.

Fonte: Brasil Econômico

Governo eleva taxa de retorno em concessões de ferrovias


Nelson Barbosa também anunciou que o prazo das concessões de ferrovias foi ampliado de 30 para 35 anos. O de rodovias já havia sido ampliado de 25 para 30 anos.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse nesta quarta-feira que a taxa de retorno dos acionistas das novas concessões de ferrovias ficará entre 9,3% e 12,5%, em mais um esforço do governo para atrair investidores.

A chamada taxa de retorno do acionista é a que remunera o capital próprio aplicado pelo sócio do projeto, ou seja, excetuando-se a parte do investimento que será financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

No caso das ferrovias, a alavancagem pode chegar a 80%.

Barbosa também anunciou que o prazo das concessões de ferrovias foi ampliado de 30 para 35 anos. O de rodovias já havia sido ampliado de 25 para 30 anos.

"O desafio mais iminente é estimular o crescimento e a competitividade ao mesmo tempo", disse Barbosa em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), com a presença de vários empresários.

Segundo o secretário, nos próximos anos, os investimentos em concessões em todos os setores — incluindo energia e petróleo, por exemplo — chegarão a "quase R$ 500 bilhões."

Barbosa traçou ainda um cenário macroeconômico positivo para 2013. "Temos quadro favorável, tanto no mercado quanto no governo, de aumento da taxa de crescimento, de redução da inflação e manutenção da taxa de desemprego no patamar em que está".

A economia brasileira tem sofrido para retomar o crescimento de maneira mais sustentável, com destaque para os investimentos. Em 2012, ela deve ter crescimento menos de 1% e, neste ano, a expansão deve ficar em torno de 3%.

Fonte: Brasil Econômico

Brasil terá R$ 3,8 trilhões em investimentos até 2016


Segundo Pimentel, número é baseado em projeções do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse nesta quarta-feira (27/2) que 2013 será um ano de "forte crescimento dos investimentos".

Segundo ele, projeções do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), feitas a partir de consultas com todos os setores da economia, indicam que entre 2013 e 2016 o montante de investimentos deverá chegar a R$ 3,8 trilhões.

"Vai ocorrer forte crescimento do investimento em 2013", disse o ministro durante reunião que comemora os dez anos de criação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

"Planos de expansão e decisões de investimentos tomadas pelo BNDES, após ouvir todos os setores da economia, apontam que haverá investimentos de R$ 3,8 trilhões, entre 2013 e 2016. Investimentos não do banco, mas de todo o país."

A influência do cenário de crise internacional reduziu os investimentos estrangeiros em boa parte do mundo.

"Mas no Brasil isso foi diferente", avaliou o ministro. "O Brasil não só continuou como se tornou mais atraente para os investimentos diretos estrangeiros. Em termos de atratividade de investimentos conseguimos subir [nos últimos anos] da sétima para a quarta posição", argumentou Pimentel.

"Não fosse isso suficiente, em uma pesquisa feita entre multinacionais, os empresários disseram que o Brasil ficou na terceira posição entre os países mais atraentes para investimentos, atrás apenas da China e dos Estados Unidos", acrescentou. "Precisamos agora transformar isso em alavanca para o crescimento", completou.

Fonte: Brasil Econômico