A produção de petróleo nos EUA, que vive uma revolução energética graças à extração de gás e óleo de xisto, apresentou o maior crescimento da história no ano passado, compensando quedas em outros países, como o Brasil.
Com o desenvolvimento da nova técnica e de novos campos, como os localizados em Dakota do Norte, a produção norte-americana chegou perto de 9 milhões de barris por dia em 2012, aumento de 13,9% em relação a 2011 --a maior expansão no mundo.
Os dados são de relatório anual da petroleira BP sobre o mercado de energia.
"O ano passado foi marcado pela flexibilidade no mercado de energia", disse Bob Dudley, presidente da BP.
Para ele, a produção norte-americana evitou altas significativas no preço do óleo, que bateu recorde em valores deflacionados, segundo a BP.
Em todo o mundo, a produção de petróleo cresceu 2,2% no ano passado, com a Opep (cartel de países exportadores) respondendo por três quartos do crescimento global. Arábia Saudita e Qatar atingiram recordes.
O aumento na produção americana facilitou a imposição de sanções comerciais pelos EUA e pela Europa ao Irã, que registrou a maior queda na produção (-16%).
Também seguraram uma expansão mais significativa na oferta países como Sudão, Venezuela e Nigéria, assim como o Brasil.
No país, a produção de petróleo recuou 2%, para 2,15 milhões de barris ao dia em 2012, segundo a BP. O resultado foi influenciado por paradas programadas em plataformas da Petrobras.
CONSUMO
A desaceleração da economia mundial afetou o consumo global de petróleo, que cresceu abaixo da média histórica no ano passado (0,9%).
Nos membros da OCDE, grupo de países mais ricos, a demanda caiu 1,3%. Os asiáticos, por outro lado, garantiram o aumento de demanda, com expansões de 5% na China e de 6% no Japão, que teve a maior alta desde 1994.
Considerando todas as fontes de energia, o consumo mundial avançou 1,8% em 2012, abaixo da média dos últimos dez anos, de 2,6%.
China e a Índia respondendo por 90% desse aumento. Já os EUA, com uma retração de 2,8%, tiveram a maior queda em volume.
Fonte: Folha de S. Paulo
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