Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

BC reduz previsão de expansão do Brasil para 2,7%

O IPCA ficará em 6,0% no ano pelo cenário de referência, ante previsão anterior de 5,7%.

Ao mesmo tempo em que vê a economia brasileira crescendo menos, o Banco Central piorou seus cenários de inflação para este e o próximo ano, citando também riscos trazidos pelo dólar mais elevado e reforçando os sinais de que manterá o ciclo de aperto monetário iniciado em abril.

Para este ano, a autoridade monetária prevê o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá 2,7%, ante 3,1% previstos até então, mesmo desempenho visto em 2011, primeiro ano de governo da presidente Dilma Rousseff. NO ano passado, o PIB cresceu apenas 0,9%.

A previsão do BC para este ano ainda é melhor do que a colhida na pesquisa Focus, que aponta expansão de 2,46%.

O BC argumenta que os indicadores de atividades já vistos no segundo trimestre sugerem continuidade da recuperação, como a retomada da indústria e a continuidade da expansão do consumo das famílias.

A perspectiva de inflação, no entanto, piorou na visão do BC. Segundo o relatório, o IPCA ficará em 6,0% neste ano pelo cenário de referência, ante previsão anterior de 5,7%, e em 5,45% em 2014, ligeiramente acima da estimativa anterior, de 5,3%.

O indicador voltará a estourar o teto da meta do governo no segundo trimestre deste ano no acumulado em 12 meses, chegando a 6,8%, recuando a 6,2% no terceiro trimestre e a 6% no quarto trimestre. A meta de inflação é de 4,5%, com tolerância de 2 pontos percentuais.

O BC destacou que a maior volatilidade e "tendência de apreciação" do dólar são riscos considerados, apesar de defender que na última década o repasse da depreciação cambial para a inflação diminuiu.

"Além disso, esse repasse tende a ser suavizado pelo ciclo de ajuste da política monetária ora em curso", trouxe o relatório, acrescentando que a inflação em 12 meses ainda apresenta tendência de elevação e que o balanço de riscos para o cenário prospectivo é desfavorável.

O dólar, até a véspera, acumulava alta de 2% ante o real no mês, mas chegou a subir mais de 5% no mês em seu pior momento, quando ultrapassou o patamar de R$ 2,25, sob a expectativa de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa reduzir seu programa de estímulos e, consequentemente, diminuir a liquidez internacional.

O BC iniciou novo ciclo de aperto monetário em abril passado, quando tirou a Selic da mínima histórica de 7,25% ao ano para 7,50%, mas acelerou o passo em maio e já elevou a taxa básica de juros ao atual patamar de 8%.

Os agentes econômicos acreditam que a autoridade monetária vai continuar o movimento e já há quem acredite que, em julho, o Comitê de Política Monetária (Copom) vai aumentar a Selic em 0,75%, como mostra a maioria das apostas no mercado futuro de juros.

O IPCA de maio, em 12 meses, estava exatamente no teto da meta do governo.

Fonte: Brasil Econômico

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