Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Ibovespa cai pelo 4o pregão consecutivo por cenário econômico

SÃO PAULO, 12 Jun (Reuters) - O índice referencial da bolsa paulista amargou seu quarto pregão seguido de queda nesta quarta-feira, fechando novamente no menor patamar desde agosto de 2011, pressionado pelo mau humor externo e por preocupações com a saúde da economia doméstica.

O Ibovespa perdeu 1,18 por cento, a 49.180 pontos, segundo dados preliminares, no menor nível de fechamento desde agosto de 2011. O giro financeiro do pregão foi de 8,21 bilhões de reais. Na mínima da sessão, o Ibovespa chegou a cair 2,06 por cento.

Com isso, o índice perdeu mais um suporte técnico, nos 49.400 pontos, tendo como próximo ponto de apoio os 47.800 pontos, segundo relatório do BB Investimentos.

"Os investidores ficaram acostumados com o quadro de excesso de liquidez global e agora o clima é de pânico, por causa da possibilidade de que os bancos centrais comecem a diminuir os estímulos", disse o operador Luiz Roberto Monteiro, da Renascença Corretora.

"Mas além do exterior ruim, a Bovespa cai mais do que os outros mercados porque temos o agravante que é a intervenção do governo na economia", acrescentou Monteiro. O referencial norte-americano S&P 500 fechou em baixa de 0,84 por cento.

A sessão na Bovespa foi instável, influenciada tanto pelo movimento de Wall Street quanto por ajustes para o vencimento de opções sobre o Ibovespa, além do vencimento de índice futuro na BM&F, segundo operadores.

Agentes também operaram sob a expectativa de que o governo brasileiro possa anunciar em breve novas medidas para fortalecer a situação fiscal do país.

Logo no início dos negócios, o Ibovespa chegou a subir 1,2 por cento na máxima intradiária, esboçando recuperação após ter acumulado baixa de quase 6 por cento nos três últimos pregões.

Mas o mercado não conseguiu sustentar a alta após a mudança de direção de Wall Street e migrou de vez para o campo negativo no início desta tarde.

"O mercado deve continuar volátil", disse o analista William Alves, da XP Investimentos.

As blue chips pesavam no índice, com destaque para a petrolífera OGX, que afundou mais de 10 por cento, a 1,04 real.

Segundo o sócio-diretor da Intrader Corretora, Anderson Luz, o fato do controlador Eike Batista ter reduzido sua participação na companhia azedou de vez o humor do mercado. "Se o próprio dono está se desfazendo das ações, provavelmente não é um bom negócio."

A fabricante de papel para embalagens Klabin também teve forte queda, após a companhia anunciar na noite da véspera que construirá sozinha nova fábrica no Paraná, o chamado Projeto Puma, e fará uma emissão 1,7 bilhão de reais em units para tocar o projeto.

"O projeto parece muito interessante do lado operacional, mas no curto prazo existe a pressão de aumento do endividamento, consumo de fluxo de caixa, além de uma oferta de papéis que acaba gerando diluição para os acionistas", disse Alves.

Fonte: Reuters Brasil

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