Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Dólar dispara 2% e supera R$2,27 com sinais de redução de estímulo nos EUA

SÃO PAULO, 20 Jun (Reuters) - O dólar ganhava ainda mais força no final desta manhã, mesmo após a atuação do Banco Central, e subia 2 por cento ante o real, chegando ao patamar de 2,27 reais diante do nervosismo global com os sinais de que o programa de estímulo monetário dos Estados Unidos pode estar perto do fim.

A moeda norte-americana ultrapassou 2,25 reais logo no início desta sessão, depois de ter encerrado o pregão anterior acima de 2,22 reais, refletindo a sinalização do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, de que pode começar a reduzir seu programa de compra de ativos ainda neste ano.

Às 11h43, a moeda norte-americana subia 2,05 por cento, para 2,2660 reais, batendo 2,2759 reais na máxima da sessão --o maior nível intradia desde o início de abril de 2009. Segundo dados da BM&F, o volume negociado estava em torno de 850 milhões de dólares.

A alta da divisa levou o BC a fazer um leilão de swap cambial tradicional --equivalente a uma venda de dólares no mercado futuro--, vendendo a oferta total de 60 mil contratos de swap com vencimentos em 2 de setembro e 1º de outubro de 2013.

Após o anúncio do leilão de swap, o dólar atingiu a mínima do dia de 2,2233 reais, mas a moeda voltou a ganhar força logo em seguida. Operadores alertavam que as atuações do BC devem ter efeito limitado na cotação do dólar, uma vez que os mercados globais estão muito estressados e investidores estão revendo suas estratégias devido à mudança do cenário com a redução do estímulo nos Estados Unidos.

"O mercado está num momento de pânico... O BC está fazendo a parte dele dentro do que ele pode, mas o humor está bem ruim", afirmou o operador da Intercam Corretora Glauber Romano.

As bolsas em Wall Street caíam mais de 1 por cento, enquanto as ações europeias perdiam cerca de 2,5 por cento. No Brasil, O Ibovespa chegou a bater 4 por cento de queda e as taxas dos contratos de DI disparavam.

"Hoje é dia de ver o que o pessoal vai determinar daqui para frente. Estamos em outra banda, dólar marcando acima de 2,20 reais é complicado (para inflação)", disse Romano, acrescentando que as incertezas são muito grandes para definir uma tendência para o câmbio neste momento.

As moedas globais eram fortemente atingidas nesta sessão depois que o chairman do Fed, Ben Bernanke, também disse na quarta-feira que o banco central pode o programa de estímulo pode ser encerrado em meados de 2014.

Em relação a uma cesta de moedas, o dólar subia 0,71 por cento, enquanto o euro caía 0,82 por cento frente a moeda norte-americana e o dólar australiano cedia 0,73 por cento. Na América Latina, o dólar avançava 1,28 por cento ante o peso mexicano.



Fonte: Reuters Brasil

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