Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Na esteira do setor externo, Ibovespa amplia perdas

Notícias vindas da China pesam sobre as ações das empresas ligadas à commodities, como Vale e Petrobras.

Os temores em relação à economia da China intensificam as perdas nesta segunda-feira (24/6). Em instantes, o Ibovespa caía 3,27%, aos 45.515 pontos. O giro financeiro estava em R$ 3,55 bilhões.

Os investidores seguem cautelosos, após a notícia de que a China enfrenta uma crise de liquidez. De acordo com o operador João Paulo Corrêa, da Correparti, com a saída dos recursos, que estavam nos mercados emergentes na busca de proteção por dólar e títulos americanos, após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sinalizar uma gradual redução na compra de ativos, os agentes do mercado esperavam por reação do Banco Popular da China.

"Porém o BC chinês sinalizou exatamente o contrário, ao afirmar que a liquidez está em um nível razoável e apelou aos grandes credores para restaurar a calma nos mercados", pontua o operador.

De acordo com Luiz Gustavo Pereira, estrategista da Futura Corretora, este cenário penaliza principalmente os bancos pequenos, uma vez que os bancos grandes já estão capitalizados. "Os bancos pequenos são mais suscetíveis a taxa interbancária, podendo traçar um cenário mais negativo porque essas taxas estão nas máximas", explica.

Além disso, o Goldman Sachs reduziu as estimativas para o crescimento econômico da China em 2013 e 2014, esperando que o Produto Interno Bruto (PIB) avance 7,4% neste ano, contra 7,8% estimado anteriormente. Para 2014, a baixa é de 8,4% para 7,7%.

Diante deste cenário, as ações da Vale (VALE5) caem 5,59%, pesando fortemente no Ibovespa. No mesmo sentido, os papeis da Petrobras (PETR4) perdem mais de 4%, assim como a OGXP3, com retração de 3,66%.

Nos Estados Unidos, em dia de agenda econômica fraca, Wall Street acompanha as notícias negativas da China, com os investidores repercutindo ainda a possível retirada de estímulos por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Há pouco, o Dow Jones recuava 1,49%, o S&P 500 caía 1,83% e o Nasdaq tinha retração de 1,68%.

Na Europa, o movimento vendedor também predomina, com o rebaixamento da projeção do PIB chinês dando o tom aos negócios.

Perto do fechamento, o CAC 40, de Paris, perdia 1,71%, o DAX, da Alemanha, recuava 1,24%, enquanto que na Inglaterra, o FTSE 100 diminuía 1,42%.

Destaques

Entre as maiores altas, as ações da MMX (MMXM3) sobem 2,36%. Por outro lado, o papel da Gol (GOLL4) recua 7,83%.

Outra ação que merece destaque é a ação da CCR (CCRO3) e da Arteris (ARTR3), com desvalorizações de 3,09% e 4,73%, respectivamente, após o Governo anunciar que não irá reajustar as tarifas dos pedágios de São Paulo.

Câmbio

E no mercado de câmbio, o dólar opera em alta de 0,40%, cotado a R$ 2,251 na compra e R$ 2,253 na venda.

Fonte: Brasil Econômico

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