Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Dólar cai quase 1% em abril ante o real; tendência é de queda


SÃO PAULO, 30 Abr (Reuters) - O dólar encerrou em leve queda frente ao real nesta quinta-feira e fechou abril com variação negativa de quase 1 por cento, numa tendência que, segundo analistas, deve continuar ao longo do próximo mês e pode levar a divisa norte-americana a testar o piso informal do Banco Central, de 1,95 real.

O dólar cedeu 0,16 por cento, cotado a 2,0015 reais na venda. No acumulado do mês, a queda foi de 0,99 por cento, ampliando a queda no ano a 2,27 por cento.

"A liquidez de dólares deve continuar alta, e nesse ambiente de vasta liquidez internacional, a gente deve ter pressão de baixa no câmbio", disse o estrategista-chefe do WestLB, Luciano Rostagno, para quem o BC deve atuar quando a moeda se aproximar do 1,95 real, considerado o piso da banda informal.

A mais recente evidência de que a perspectiva é de abundância de divisas nos mercados globais veio nesta terça-feira, após a atividade de negócios no Meio-Oeste dos Estados Unidos registrar contração inesperada, alimentando expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, deve dar continuidade a seu estímulo monetário.

Os investidores também estão esperando que o Banco Central Europeu (BCE) corte os juros básicos da zona do euro ainda nesta semana, o que aumentaria a atratividade do mercado brasileiro diante do recém-iniciado ciclo de aperto monetário.

No cenário doméstico, a perspectiva é de que o BC eleve a ainda mais a Selic. Nos mercados de juros futuros, as apostas majoritárias são de que o atual ciclo de aperto monetário totalizará 1 ponto percentual, com quatro altas de 0,25 ponto percentual.

"Eu acho que o fluxo cambial está melhorando um pouco na margem e isso deve levar o dólar a voltar um pouco para baixo", disse o economista-chefe da INVX Global, Eduardo Velho.

De acordo com dados do BC, o fluxo cambial reverteu o resultado negativo e passou a registrar superávit em abril devido à forte entrada de divisas na segunda semana do mês.

Para muitos analistas, esses fatores podem levar o BC a atuar no mercado para conter a depreciação da moeda norte-americana, tendo em vista que o dólar muito fraco reduz a competitividade dos produtos brasileiros no exterior.

"O BC seria pressionado a comprar (dólares) por causa da produção industrial. Mas, na ponta vendedora, pesa o fato de que a inflação está pressionando", disse o gerente de análise da XP Investimentos, Caio Sasaki.

Segundo grande parte do mercado, essas preocupações levaram a autoridade monetária a impor uma banda cambial para a divisa entre os patamares de 1,95 e 2,03 reais.

Fonte: Reuters Brasil

Dólar acumula queda de 1% em abril, e de 2% em 2013


Curva de juros futuros da BM&F Bovespa teve mais uma sessão de diluição dos prêmios, ainda com ajustes pós-ata.

Assim como tem sido a tendência verificada ao longo de 2013, o dólar fechou em queda frente ao real no pregão desta terça-feira (30/4), o último de abril.

A moeda terminou em baixa de 0,19%, cotada a R$ 2,001 para venda, em linha com seus pares internacionais - o euro subiu 0,54%, a US$ 1,3170, enquanto o dólar australiano avançou 0,19%, e o peso mexicano, 0,48%.

No acumulado de abril, o dólar teve queda de 0,98% frente ao real, e de 2,1% no ano.

Apesar do resultado, na avaliação de Sidnei Moura Nehme, economista e diretor executivo da NGO Corretora, dado o atual fluxo cambial ao país, a cotação da moeda americana deveria estar "bem mais elevada".

Pelos últimos dados do Banco Central (BC), no acumulado de 2013, o fluxo está negativo em US$ 983 milhões, contra o fluxo positivo de US$ 23,3 bilhões em igual período do ano passado.

O programa de compra de ativos do Banco do Japão, de US$ 1,4 trilhão, tem gerado forte liquidez nas praças financeiras globais, e abriu uma janela de oportunidades para empresas brasileiras captarem no exterior, nota o especialista.

Além disso, IPOs recentemente anunciados no país, como da BB Seguridade e da Smiles, reforçam a expectativa por uma melhora das entradas de divisas ao país.

"Esta perspectiva vem cerceando a tendência de alta do preço da moeda americana", pondera Nehme. "Isto provocou recuo no preço que vinha sendo praticado no entorno de R$ 2,02 ou pouco mais, para a linha de R$ 2,00 ou pouco menos", emenda o especialista.

Juros

No mercado de juros futuros da BM&FBovespa, sem índices de inflação ou declarações do governo para balizar o comportamento dos agentes, a curva fechou perto da estabilidade, com viés de queda, em nova sessão de liquidez abaixo da média.

Mais negociado, com giro de R$ 21,850 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 caiu de 8,25% para 8,24%, enquanto o para janeiro de 2014 cedeu de 7,92% para 7,90%, com volume de R$ 19,460 bilhões.

Após a ata do Copom da semana passada, os agentes passaram a prever um ciclo total do aperto monetário de menor magnitude, com altas em menor intensidade, que tem gerado a recente diluição dos prêmios embutidos na curva.

Fonte: Brasil Econômico

Em dia de briga pela Ptax, dólar opera em baixa


Apesar do dia no câmbio doméstico ter um movimento que pode não ser a tendência que realmente prevaleceria se não fosse o último dia do mês, o real acompanha a valorização de seus pares internacionais.

O dólar opera em queda ante o real no último pregão de abril de 2013, influenciado pela tradicional briga pela Ptax que sempre ocorre no período.

Como os vendidos, que são as casas e instituições que apostam na depreciação da moeda americana, prevalecem frente aos comprados, que esperam pela valorização da divisa, em US$ 8,317 bilhões, o que temos é a alta do real.

Há pouco o dólar recuava 0,16% frente à brasileira, negociado a R$ 2,001 para venda. A mínima é de R$ 1,998, baixa de 0,34%, e a máxima em R$ 2,008, avanço de 0,14%.

"Com a briga pela Ptax, temos um dia atípico no mercado. Não dá pra dizer que vai ser a tendência", afirma Ures Folchini, vice-presidente de tesouraria do Banco WestLB.

Apesar de não ser possível dizer que a queda do dólar hoje será a trajetória dos próximos dias, é o que temos visto em 2013 - em abril, até ontem, a moeda dos Estados Unidos acumula recuo de 0,84%, e no ano, de 1,90%.

A briga pela Ptax termina às 13h, e alguma mudança pode ser observada passado o horário.

Na quinta-feira (2/5), quando voltamos a abrir, após o fechamento de amanhã com o feriado do Dia do Trabalhador, teremos dois eventos que são aguardados, e podem mexer com o câmbio, pondera Folchini, que são as reuniões do Federal Reserve e do Banco Central Europeu.

"Se não tiver nada muito diferente, diria que a tendência do dólar é ficar próximo de R$ 2,00", nota o especialista, por se tratar de patamar considerado, aparentemente, a taxa de equilíbrio para o governo, sem prejudicar nem a inflação nem a competitividade da indústria.

Enquanto os agentes esperam em sua maioria por um corte na taxa de juros por parte da autoridade europeia, um novo incentivo de seu semelhante americano não é tão certo, o que dificulta uma previsão sobre qual será o comportamento do dólar após tais eventos, explica o executivo do WestLB.

Dados acima do esperado sobre a maior economia do globo não são suficientes para levar os índices acionários a uma alta vigorosa, mas mantém as principais moedas com ganhos ante o dólar - o Dollar Index, índice que mede a variação da moeda contra uma cesta de divisas, recuava 0,54%, com o euro em alta também de 0,54%, a US$ 1,3170.

Juros

No mercado de juros futuros da BM&FBovespa, a curva opera em leve baixa, após o início das revisões para a magnitude do ciclo de aperto monetário, que agora se espera que seja mais curto, em função do teor da ata do Copom.

A liquidez, no entanto, segue abaixo da média, como já tem sido nos últimos dias.

Mais negociado, com giro de R$ 11,055 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 cedia de 7,92% para 7,89%, enquanto o para janeiro de 2015 descia de 8,25% para 8,23%, com volume de R$ 9,099 bilhões.

"Os estrangeiros continuam aumentando posições na curva pré, em um ajuste ao cenário internacional um pouco pior", fala Folchini.

Movimentos mais expressivos dos DIs, diz o especialista, apenas em dias com indicadores inflacionários de relevância, ou com declarações de representantes do governo.

Fonte: Brasil Econômico

Mapa do investimento chinês na África revela destino de US$ 75 bi


Pesquisadores nos Estados Unidos mapearam os investimentos da China em projetos de ajuda na África no maior levantamento do tipo já feito sobre o tema.
Na tentativa de ampliar sua influência política e econômica no continente, os chineses têm financiado obras de infraestrutura e se tornado responsáveis por serviços básicos em países que, em troca, contratam empresas chinesas ou tornam-se importantes fornecedores de recursos naturais para o país asiático.

Mas quanto exatamente os chineses estão investindo, onde e em que condições sempre foram segredos guardados a sete chaves por autoridades de Pequim.
Agora, pesquisadores da organização AidData e do Center for Global Development (CGD), com sede em Washington, prometem expor esses dados no maior levantamento público sobre o que eles classificam de "ajuda" chinesa para a África - e que, na realidade, se refere ao "financiamento oficial" pelo Estado chinês de diversos projetos e iniciativas, desde obras de infraestrutura (com o envolvimento de empresas chinesas) até fluxos de comércio, investimentos em petróleo ou telecomunicações, joint ventures de empresas africanas com estatais chinesas, bolsas de estudo e programas de cooperação militar.
Seus números mostram que em dez anos a China investiu um total de US$ 75 bilhões (R$ 150,6 bilhões) em projetos de "ajuda" e "desenvolvimento" na tentativa de assegurar seu poder de influência na África.
E uma das novidades para a qual a pesquisa parece chamar a atenção é que, além da extração de recursos naturais e grandes obras de infraestrutura, os chineses estão financiando projetos em uma gama bastante variada de setores - que inclui, por exemplo, saúde, educação e até cultura.
"É impressionante a diversidade de projetos que eles têm tocado na área de desenvolvimento", opinou, em entrevista à agência de notícias Reuters, Brad Parks, diretor executivo da AidData.
As informações foram coletadas em veículos da imprensa e documentos oficiais públicos. Como resultado, uma ampla base de dados já está disponível na internet no endereço aiddatachina.org com o objetivo de "ajudar pesquisadores, formuladores de políticas públicas, jornalistas e organizações da sociedade civil a entenderem o papel da China na África".
A catalogação foi feita com a ajuda de estudantes e os coordenadores do levantamento admitem que pode haver erros. Por isso, a própria base de dados oferece àqueles que fazem consultas a opção de sugerir ajustes.

Destino dos aportes
No total, foram reunidos dados sobre 1.673 projetos em 51 países entre 2000 e 2011. Eles mostram que os países que reúnem o maior número de iniciativas financiadas pelos chineses são Zimbábue (295), Gana (195) Zâmbia (167) Sudão (164), Etiópia (159) e Quênia (151).
Angola e Moçambique, países que concentram presença e interesses brasileiros, receberam financiamento chinês para 91 e 130 projetos respectivamente.
No que diz respeito a setores, o que concentra o maior número de iniciativas financiadas pela China é o de "Governos e Sociedade Civil", com um total de 191 projetos.
Mas um estudo do Center for Global Development feito a partir da nova base de dados ressalta que enquanto a "ajuda externa" de países do Ocidente nessas áreas hoje é direcionada a projetos de "melhorias na gestão de finanças públicas, instituições anticorrupção e iniciativas de boa governança", a "ajuda" Chinesa inclui, "entre outras coisas, a construção de edifícios presidenciais e escritórios executivos".
Na área de "Saúde", os chineses financiaram 174 projetos, na de "Educação", 136, e na de "Transportes e Armazenagem", 103.
Em termos de volumes de investimentos, porém, o setor de "Transporte e Armazenagem" assume a liderança na lista dos aportes chineses, seguido de "Geração e Suprimento de Energia". No total, foram investidos pela China, US$ 16,6 milhões (R$33,2 milhões) e US$ 14,7 milhões (R$29,4) nessas áreas, respectivamente.

Fonte: BBC Brasil

País tem pior superávit primário para março em 3 anos, de R$3,5 bi


BRASÍLIA, 30 Abr (Reuters) - O setor público brasileiro registrou superávit primário de 3,500 bilhões de reais no mês passado, informou o Banco Central nesta terça-feira, o pior resultado para meses de março desde 2010.

O número foi pior que o esperado por analistas consultados pela Reuters, cuja mediana apontava saldo positivo de 5,6 bilhões de reais.

Em 12 meses até março, a economia feita para pagamento de juros foi equivalente a 1,99 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Os governos regionais (Estados e municípios) garantiram a maior parte do primário de março, com superávit de 2,143 bilhões de reais. Já o governo central --governo federal, BC e INSS-- registrou saldo primário positivo de 1,059 bilhão de reais no período, enquanto que as estatais, 298 milhões de reais.

O BC informou ainda que o déficit nominal do país somou 15,859 bilhões de reais no mês passado, enquanto a dívida pública representou 35,5 por cento do PIB.

Em março, as contas públicas do país foram afetadas pela arrecadação federal, que registrou queda de quase 10 por cento sobre um ano antes, somando 79,613 bilhões de reais. O resultado veio da economia ainda sem sinais de recuperação mais robusta e pelas desonerações fiscais feitas pelo governo.

Diante desse quadro, recentemente o governo encaminhou ao Congresso medida que flexibiliza ainda mais a meta de superávit primário deste ano --definida em 155,9 bilhões de reais-- e de 2014. Por meio dela, os Estados e municípios poderiam abater seus investimentos da meta que cabe a eles, de 47,8 bilhões de reais em 2013.

Antes dessa medida, o governo havia anunciado no início do ano que poderia abater até 65 bilhões de reais em gastos com investimentos e desonerações da meta cheia de superávit primário do setor público consolidado.

Fonte: Reuters Brasil

Controle cambial leva argentinos a sacar dólares no Uruguai


Os argentinos encontraram um jeitinho para tentar driblar a inflação e equilibrar as contas em tempos de controle cambial no próprio país. Eles estão viajando ao Uruguai, onde é possível sacar dólares nos caixas eletrônicos.
Os argentinos sacam a moeda americana usando seus cartões de crédito ou débito das contas que possuem no país vizinho. Nos dois casos, o objetivo é quase sempre o mesmo: voltar para casa e vender o dólar no câmbio paralelo na Argentina.

A brecha entre o câmbio oficial e o paralelo supera os 60%. Nesta segunda-feira, a moeda americana chegou a ser cotada a 9,30 pesos, no paralelo, segundo o site do jornal de economia El Cronista. No câmbio oficial, a cotação foi de 5,18 pesos, de acordo com o mesmo portal.
Na hora da cobrança dos dólares no cartão de crédito, os bancos na Argentina estipulam o pagamento a partir da cotação oficial ou um pouco acima deste preço.
Os argentinos que viajam às cidades uruguaias estão colocando na ponta do lápis a compra de passagens de barco, estadias em hotéis e alimentação e, ainda assim, entendem que "compensa sacar os dólares" no pais vizinho, como alguns deles contaram à BBC Brasil no Uruguai, sob a condição do anonimato.
Fazer contas e poupar em dólares, além de comprar apartamentos com a moeda americana (em dinheiro vivo), é comum na Argentina pelo menos desde as hiperinflações registradas no país na década de 1980.

'Dólar Colônia'
No fim de semana, na pequena cidade histórica de Colônia do Sacramento, a uma hora de barca da capital argentina, havia longas e demoradas filas nos cinco ou seis caixas eletrônicos locais. O hábito já levou os argentinos a batizar o novo recurso de 'dólar Colônia'.
Na sexta, sábado e domingo últimos, cada pessoa demorava pelo menos 20 minutos sacando dinheiro. Na fila, os que esperavam comentavam que cada um viaja com cartões de familiares e de amigos para sacar dólares para todos.
"Eu vim com meus dois cartões de crédito, o cartão do meu pai e o do meu irmão", disse uma argentina, no sábado à tarde, na fila do Banred, no centro de Colônia. Nas filas, enquanto esperavam a sua vez, eles conversavam sobre os motivos para terem atravessado o rio da Prata, que separa Colônia e Buenos Aires, para buscar dólares.

"Estou prestes a comprar meu apartamento e guardei dólares durante muito tempo. Mas agora faltam alguns dólares e as imobiliárias só aceitam o pagamento com essa moeda (americana). Com o controle de câmbio na Argentina, optei por vir aqui", contou um argentino de 35 anos, que disse ser bancário em Buenos Aires.
Mas no sábado à tarde já não saíam mais dólares dos caixas eletrônicos. "As filas de manhã eram tão grandes que resolvi voltar agora a tarde, mas não foi uma boa ideia", disse uma senhora.
Alguns sacavam, então, o limite permitido, por cada operação, para a moeda local, de 5 mil pesos uruguaios, para trocá-los por dólares nas casas de câmbio. "Na semana que vem eu volto e tento sacar (dólares) de novo", disse outra argentina.
Os motivos da viagem e as contas que fizeram eram os únicos temas nas filas. "O governo argentino vai acabar aplicando alguma nova medida para tentar impedir que a gente venha aqui", disse um senhor. "Qual medida? Mais do que já fizeram? Só se fecharem as fronteiras", disse o bancário.

'Desequilíbrios'
As primeiras notícias sobre a alternativa encontrada pelos argentinos surgiram durante o verão, quando muitos viajaram de férias para balneários uruguaios e voltaram com dólares, segundo a imprensa argentina.
No último fim de semana, o jornal Clarín noticiou que as longas filas de argentinos nos caixas eletrônicos uruguaios repetiam o movimento que já havia sido observado no feriado da Semana Santa, quando "muitos argentinos, na tentativa de driblar o controle cambial, viajaram a diferentes cidades do Uruguai, como Punta del Este, Colônia e Montevidéu, para conseguir dólares".
Ainda de acordo com o jornal, a "modalidade que começou no verão passou a ser uma cena comum, com os argentinos usando cartões de credito para sacar dólares, vendê-los no câmbio paralelo e pagá-lo no câmbio oficial".
Nos últimos tempos, a Administração Federal de Ingressos Públicos (AFIP, a Receita Federal argentina) passou a aplicar imposto de 20% sobre o uso dos cartões de crédito no exterior.
Com isso, segundo a imprensa local, a cotação oficial de 5,18 pesos aumentaria para 6,20 pesos, de acordo com os números desta segunda-feira - ainda assim, longe dos 9,30 pesos da cotação no paralelo.
O governo da presidente Cristina Kirchner implementou o controle cambial no fim de 2011. Neste ano, segundo economistas, foi intensificada a brecha entre o oficial e o paralelo.
"O preço do dólar 'blue' (paralelo) reflete os desequilíbrios macroeconômicos que a Argentina vive hoje", disse o ex-presidente do Banco Central Aldo Pignanelli. Quando lançou a medida, a presidente disse que os "argentinos deveriam passar a pensar na moeda local", e não mais na moeda americana.
Por isso, disse, ela mesma estava passando suas contas em dólares para pesos argentinos.

Fonte: BBC Brasil


Após 5 anos, debate sobre como sair da crise permanece


Mais de cinco anos após o início da crise financeira internacional, alguém poderia pensar que os especialistas em matéria econômica já soubessem qual o melhor caminho a seguir para superá-la.
Mas não. Ou, pelo menos, não existe ainda um consenso econômico global como o que existia antes da crise de 2008.

Isso ficou evidente após um recente seminário do Fundo Monetário Internacional (FMI) para repensar a política econômica, organizado pelo seu próprio economista-chefe, Oliver Blanchard, e três especialistas na área.
Um deles, o prêmio Nobel de Economia George Akerlof, da Universidade da Califórnia, ilustrou com uma vívida analogia o estado de incerteza em que se encontra a profissão de economista.
"É como se um gato tivesse subido numa árvore enorme. O gato, logicamente, é a crise. Minha posição é: 'Meu Deus, esse gato vai cair e eu não sei o que fazer!'", disse.
Outro dos organizadores, David Romer, da mesma universidade, aproveitou a analogia e acrescentou: "O gato está sobre a árvore há cinco anos. Está na hora de obrigá-lo a descer e a garantir que ele não volte a subir".
O problema para os economistas, segundo o quarto dos anfitriões da conferência, o também prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz, é que "não há uma boa teoria econômica que explique por que o gato ainda está na árvore".

Um mundo diferente

A analogia dos gatos usada pelos especialistas dá uma ideia do grau de incerteza reinante nesse grupo estelar de economistas.
Este é um mundo muito diferente ao mundo aparentemente mais cômodo em que vivíamos antes da crise.
Quais eram as características chave desse mundo?
O principal instrumento de política econômica estava nas mãos dos bancos centrais.
Eles se encarregavam de fixar as taxas de juros, subindo-as para manter baixa a inflação e cortando-as quando a economia estava frágil.
A política fiscal - o gasto público e os impostos - já não era considerada como parte do jogo de ferramentas rotineiras para manter a economia nivelada.
A regulamentação financeira era, na maioria dos casos, relativamente superficial.
O resultado foi a pior crise financeira e a recessão mais profunda na economia global desde a Grande Depressão nos anos 1930.
Controle
Para Joseph Stiglitz, a crise foi a evidência que provou seu ponto de vista de que "as economias não são necessariamente estáveis ou se autocorrigem".
No seminário, notou-se o apoio a essa visão e a ideia de que diversas agências estatais têm um papel importante para exercer o controle sobre a economia.
Muitos se mostraram a favor de mais regulamentação financeira, particularmente por medidas que tentem estabilizar todo o sistema financeiro, não tanto as que estão dirigidas a bancos individuais.
Eles falaram de algo chamado política macroprudencial, uma ideia que vem ganhando impulso nos últimos anos.
Um exemplo é impor um limite no tamanho dos empréstimos relativos ao preço do bem que se vai comprar, como uma casa.
Soa razoável, mas os participantes reconheceram que ainda não entendiam bem esse tipo de política e seus efeitos.
E David Romer disse que não ter ouvido uma proposta suficientemente grande para produzir um sistema financeiro realmente robusto.

'Nenhuma ideia'

Por outro lado, está a política monetária.
Antes da crise, a ferramenta principal eram as taxas de juros, mas a caixa de ferramentas se expandiu desde então para incluir a chamada "flexibilização quantitativa", a prática de injetar dinheiro no sistema financeiro com a esperança de que isso estimule o consumo.
Há apoio para isso, mas não de maneira unânime.
Allan Meltzer, da Universidade Carnegie Mellon, de Pittsburgh, na Pensilvânia, acredita que foram grandes quantidades de estímulos com muito pouco efeito.
Os especialistas debateram também qual deve ser o objetivo da política monetária.
A ideia de estabelecer metas de inflação era geralmente aceita antes da crise. Agora se questiona se isso é suficiente, mas não há consenso sobre se é necessário mudar.
Romer apontou que essa estratégia pareceu funcionar por uns 20 anos, mas não serviu para gerar demanda suficiente.
Entretanto, Stefan Gerlach, da Universidade Goethe, de Frankfurt, argumentou que "não tem sentido repensar toda a estrutura da política monetária por causa de um evento que ocorre mais ou menos uma vez a cada século".
Muitos dos especialistas reunidos no seminário não se entusiasmam com o aumento rápido da dívida pública nos países ricos nos últimos anos, mas poucos foram tão longe como o conservador Allan Meltzer.
"Se o que queremos é estabilidade financeira e outras coisas boas, não deveríamos começar restringindo o déficit orçamentário? Formalmente, indefinidamente e para todo o futuro?", questionou.
O que nos deixa onde? Confusos? Você certamente não é o único a se sentir assim.
Muitas ideias foram expostas, seguramente, mas foi assim que o economista-chefe do FMI, Blanchard, encerrou a conferência: "Não sabemos nosso destino final... Onde chegaremos, não tenho nenhuma ideia".
Isso pode soar desconcertante, mas a crise tem sido um enorme solavanco para as políticas econômicas, e talvez fosse ainda mais preocupante se não parecesse haver um grande esforço para repensá-las.

Fonte: BBC Brasil



Número de aposentados ajuda a explicar redução da força de trabalho nos EUA


Os americanos estão saindo da força de trabalho em números sem precedentes. Mas a tendência está mais ligada à aposentadoria dos chamados "baby boomers", pessoas nascidas entre o fim da Segunda Guerra e o início dos anos 60, do que com candidatos a emprego frustrados que desistem de tentar se recolocar no mercado.

A parcela da população dos Estados Unidos que estava trabalhando ou procurando emprego em março atingiu seu nível mais baixo desde 1979. A medida, chamada de taxa de participação, atualmente está em 63,3%, abaixo dos 66% de quando a recessão começou. Isso representa quase 7 milhões de trabalhadores que estão agora "faltando" na força de trabalho.

Os dados de emprego de abril, que serão divulgados na sexta-feira, provavelmente não vão repetir a queda histórica de março, quando a força de trabalho diminuiu em quase meio milhão de pessoas. Mas eles também não deverão mostrar uma grande melhora. A tendência da taxa de participação tem sido de queda tanto nos tempos de recessão quanto de recuperação, continuando a recuar mesmo com a melhora de outras medidas econômicas de bem-estar.

O recuo da taxa de participação levanta dois temores principais entre os economistas. O primeiro é que ele poderia sugerir que o mercado de trabalho está ainda mais fraco do que parece. A taxa de desemprego, por exemplo, caiu para 7,6% em março, o menor nível desde o final de 2008. Mas o dado só inclui pessoas que estão ativamente procurando emprego. Se fossem adicionados os milhões que deixaram a força de trabalho, a taxa de desemprego seria de 11,4%.

O segundo temor é que, se os trabalhadores desempregados estão desistindo de procurar emprego, eles podem se afastar tanto do mercado de trabalho que provavelmente não voltarão mesmo quando as contratações recomeçarem. Eles recorrerão a seguros de invalidez — 8,9 milhões de americanos estavam recebendo pagamentos do governo por invalidez em março, acima dos 7,1 milhões quando a recessão começou — ou a outros benefícios do governo, solicitações antecipadas de aposentadoria ou empregos na economia informal. Isso poderia criar problemas estruturais mais profundos que podem persistir muito tempo após a recuperação da economia.

Uma análise mais profunda dos números sugere que ambos os temores, embora reais, podem ser exagerados.

Por um lado, a taxa de participação já vinha caindo muito antes da recessão e esse recuo poderia quase certamente ter continuado mesmo se a crise nunca tivesse ocorrido. A principal razão é demográfica: os americanos tendem a trabalhar muito mais entre os 25 anos e os 54 anos do que quando são mais novos ou mais velhos. Mas com o envelhecimento dos "baby boomers" e muitos dos seus filhos com pelo menos 16 anos, mas ainda não no auge da sua vida profissional, são os grupos mais novos e mais velhos da população em idade de trabalhar que estão crescendo mais rápido. Feitos os ajustes para a mudança da população, o número dos que estão "faltando" na força de trabalho cai para cerca de 4,3 milhões.

Além disso, embora a população jovem represente a maior parte da população em idade de trabalhar, ela está se tornando menos disponível. Isso, em parte, é resultado do aumento do número de jovens em universidades e da queda das taxas de emprego entre os estudantes do ensino médio. Ambas são tendências de longo prazo que provavelmente se intensificaram com a recessão, à medida que os jovens seguiram para as universidades para, em parte, escapar de um mercado de trabalho cruel e os empregadores preferiram contratar funcionários mais experientes em vez de adolescentes.

Sem dúvida, muitos desses jovens de 20 e poucos anos preferiam estar trabalhando, mas eles não estão esperando sentados o mercado de trabalho se recuperar. Todos, com exceção de cerca de 350.000 jovens que fazem parte da força de trabalho que desapareceu pelos dados atuais, são estudantes em tempo integral.

Finalmente, a crise financeira e a recessão — juntamente com tendências de longo prazo, como melhora da expectativa de vida — têm levado muitos americanos mais velhos a adiar a aposentadoria, apesar de uma parcela muito menor deles estar trabalhando do que as pessoas que estão no auge da vida profissional. Isso acrescenta cerca de 1,2 milhão de trabalhadores mais velhos, o que compensa parte do declínio entre outros grupos etários.

Juntando tudo, verifica-se que faltam cerca de 3 milhões de pessoas na força de trabalho, gente que não está estudando nem está aposentada. Esse número ainda é significativo: se somarmos esses trabalhadores à lista de desempregados, a taxa de desemprego saltaria para 9,3%. Mas ele sugere que a taxa de participação não tem só a ver com a economia fraca.

Ray Stone, economista da Stone & McCarthy Research Associates em Princeton, no Estado de Nova Jersey, observa que o número de trabalhadores "desmotivados" — aqueles que pararam de procurar emprego porque não acreditam que existam vagas disponíveis — tem na verdade diminuído nos últimos dois anos.

"A percepção geral é que a taxa de participação na força de trabalho está caindo porque um monte de trabalhadores desempregados está ficando desanimado e desistindo", disse Stone. "Isso é [uma visão] muito simplista."

Mas mesmo que os trabalhadores não estejam desistindo, a queda na força de trabalho ainda é significativa. Muitos americanos mais velhos estão se aposentando com muito menos economias do que tinham planejado. Muito mais jovens estão assumindo enormes dívidas para continuar os estudos.

E ainda que o número oficial de trabalhadores desmotivados para continuar procurando emprego esteja caindo, o número dos que estão fora do mercado de trabalho por outras razões, como cuidar dos filhos, tem crescido. Stone argumenta que isso pode ser um sinal de que as vagas disponíveis não pagam o bastante para cobrir os custos de escolas infantis — uma possibilidade amparada por outras indicações de que muitas das vagas criadas durante a recuperação da economia oferecem baixos salários ou são para meio período.

Na verdade, o foco na força de trabalho pode esconder o que de fato está faltando na economia: empregos. Em quase quatro anos de recuperação, os EUA ainda empregam cerca de três milhões de pessoas a menos do que quando a recessão começou, em dezembro de 2007. Quase 12 milhões de pessoas continuam desempregadas, 40% delas por mais de seis meses.

Essas pessoas não saíram da força de trabalho, mas elas ainda estão muito longe de arrumar um emprego.
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Fonte: The Wall Street Journal

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Governo trabalha para levar inflação para 5,5 a 5%--Nelson Barbosa


SÃO PAULO, 29 Abr (Reuters) - O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse nesta segunda-feira que o governo trabalha para levar a inflação entre 5 e 5,5 por cento neste ano, e defendeu que o controle de preços com crescimento econômico não são contraditórios.

"Mais para o meio do ano vai estar mais claro se inflação vai estar entre 5,5 e 6 por cento ou 5,5 e 5 (por cento). Nós trabalhamos para que ela fique entre 5,5 e 5 (por cento)", disse a jornalistas, após participar de cerimônia do início das negociações das ações da BB Seguridade, nesta segunda-feira.

A meta de inflação do governo é de 4,5 por cento pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O indicador, em 12 meses, estourou o teto chegando a 6,59 por cento em março.

Segundo o secretário-executivo, ainda no segundo trimestre deste ano, com a entrada da safra agrícola recorde e sem a ocorrência de fatores climáticos, o cenário para a inflação irá ficar mais favorável.

Nesta segunda, o relatório Focus mostrou que os analistas consultados elevaram ligeiramente a projeção para o IPCA em 2013 a 5,71 por cento, ante 5,70 por cento na semana anterior. Para 2014, a projeção de inflação foi mantida em 5,71 por cento.

SUPERÁVIT PRIMÁRIO

Questionado sobre um possível abatimento no superávit primário, Barbosa afirmou que o valor do desconto será divulgado com a publicação do decreto de programação orçamentária.

"A meta de superávit primário está em 3,1 por cento (do PIB), com possibilidade de abatimento de 65 bilhões", afirmou, lembrando o valor legal que consta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2013.

"Quanto vai ser o abatimento (será divulgado) no decreto de programação orçamentária, que deve ocorrer nas próximas semanas", emendou o secretário-executivo.

Fonte: Reuters Brasil

Com notícias positivas, Ibovespa tem dia otimista


Entre as maiores altas, as ações da Petrobras e da OGX são as responsáveis pelo bom desempenho do índice nesta segunda-feira; notícias internacionais favoráveis contribuem para bom humor.

Em um dia de notícias positivas, as principais bolsas mundiais apresentam valorizações. Internamente, o principal índice da Bolsa brasileira é impulsionado pelas ações da Petrobras e da OGX. Há pouco, o Ibovespa subia 0,51%, aos 54.530 pontos. O giro financeiro estava em R$ 4,21 bilhões.

Após o balanço trimestral melhor do que o esperado, os investidores partem às compras com o intuito de recuperar o papel que vinha defasado.

De acordo com Pedro Galdi, analista-chefe de investimentos da SLW Corretora, após o resultado animador, diversas casas aumentaram as recomendações de compra da ação, entre elas o BTG e o Bank of America. Algumas, com valorização superior a 40% até o final do ano.

Além disso, Galdi aponta ainda que na teleconferência da petrolífera, a presidente da estatal Graça Foster enfatizou a redução de custos da companhia. Diante disso, os papéis PETR3 e PETR4 avançavam 6,82% e 4,98%, respectivamente. No mesmo sentido, as ações da OGX (OGXP3) disparam 10,38%.

"O clima externo também está influenciando bastante na nossa bolsa, uma vez que não há notícias negativas", pontua Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos.

Nos Estados Unidos, o bom humor também prevalece, principalmente após a divulgação da renda dos americanos, que aumentou 0,2% em março, apesar das projeções apontarem para alta de 0,3%.

No mesmo sentido, as vendas de imóveis pendentes nos Estados Unidos avançaram 1,5% em março, ante o mês anterior. Em fevereiro, o indicador registrou queda de 1%. A estimativa para este mês era de incremento de 0,1%.

Desta maneira, há pouco, o Dow Jones subia 0,48%, o S&P crescia 0,53% e o Nasdaq valorizava 0,81%.

Na Europa, o otimismo com o desenrolar político na Itália é o que tem disseminando bom humor nesta segunda-feira (29/4). Enrico Letta tomou posse como primeiro-ministro, mostrando coalizão entre o seu partido que é de centro-esquerda com o rival Povo da Liberdade, do ex-premiê, Silvio Berlusconi.

Além disso, a Itália fez um leilão de títulos super bem sucedido, com quase todos absorvidos, e com yields bem mais baixos.

Perto do fechamento, o CAC 40, de Paris, avançava 1,54%, o DAX, da Alemanha, subia 0,75% e o FTSE 100, de Londres, expandia 0,49%.

Destaques

Entre as maiores baixas da sessão, as ações da Gol (GOLL4) e da Usiminas (USIM5) caíam 5,39% e 4,27%, nesta ordem.

Vale destacar também que as ações da Smiles (SMLE3), que estrearam nesta segunda-feira (29/4) na Bolsa, subiam mais de 9%. Na sua oferta pública inicial e ações (IPO), a empresa captou R$ 1,132 bilhão.

Por outro lado, a estreia das ações da BB Seguridade, empresa de seguros e previdência do Banco do Brasil, não foi positiva e, instantes atrás, o papel BBSE3 recuava 1,29%.

Câmbio

E no mercado de câmbio, o dólar opera em alta de 0,20%, cotado a R$ 2,001na compra e R$ 2,003 na venda.

Fonte: Brasil Econômico

Com Índia no retrovisor, Brasil retoma posto de maior exportador de carne


O Brasil retomou no último ano o posto de maior exportador mundial de carne, mas vem ganhando a concorrência cada vez mais forte de um país com pouca tradição no setor: a Índia.
Dados compilados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos mostram que o Brasil exportou no ano passado 1,52 milhão de toneladas de carne, retomando o posto de maior exportador que havia perdido em 2011 para a Austrália, cujas exportações no ano passado ficaram em 1,41 milhão de toneladas.

A novidade na compilação do órgão americano é o crescimento acelerado da Índia, que exportou no ano passado 4 mil toneladas a mais de carne que a Austrália e se colocou na segunda posição do ranking de exportadores.
Para este ano, a previsão é de que a Índia assuma a liderança, com exportações estimadas em 1,7 milhão de toneladas, contra 1,6 milhão do Brasil e 1,47 milhão da Austrália.
Apesar disso, levantamentos feitos pela BBC Brasil indicam que a ascensão da Índia no mercado de exportação de carnes não vem afetando a lucratividade do setor no Brasil.
Segundo a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), os exportadores brasileiros bateram o recorde de receita no ano passado, com US$ 5,77 bilhões, superando em 6,8% o recorde anterior, estabelecido em 2008 – apesar de uma redução no volume em relação ao pico registrado em 2007, com 1,62 milhão de tonelada.
Dados do Ministério do Comércio da Índia mostram que as exportações de carne do país no ano fiscal de 2011-2012 (de abril a abril) geraram uma receita de US$ 2,9 bilhões. Nos seis primeiros meses do último ano fiscal, a receita foi de US$ 1,4 milhão. O governo indiano não tem os dados de receita compilados pelo ano do calendário, de janeiro a dezembro.
A produção total indiana é de menos da metade da produção brasileira, mas como o mercado interno no país é bastante reduzido, a maior parte dessa produção é destinada à exportação.

'Não vale a pena competir'

"A ascensão da Índia não preocupa os produtores brasileiros, porque os dois países não competem pelos mesmos mercados", disse à BBC Brasil o diretor-executivo da Abiec, Fernando Sampaio.
A quase totalidade das exportações indianas é de carne de búfalo, considerada de menor qualidade. As vacas são consideradas sagradas no país e têm o abate proibido, mas os búfalos não têm a mesma proteção legal.
Sampaio observa que a Índia exporta principalmente carne processada para embutidos, vendida primordialmente para países muçulmanos no Oriente Médio e na Ásia.
"O Brasil não atende o mesmo mercado que a Índia por causa do preço. Mesmo se quiséssemos competir nesses mercados, não valeria a pena", observa o executivo da Abiec. "Não queremos vender a carne pela metade do preço só para poder competir com a Índia."
Segundo ele, mesmo com o crescimento das vendas indianas, os maiores competidores da carne brasileira no exterior continuam sendo a Austrália e os Estados Unidos (quarto maior exportador, com 1,1 milhão de toneladas em 2012).
Ele aponta mercados consumidores de produtos de alto valor, como Japão, Coreia do Sul e União Europeia, como principal objetivo para os exportadores brasileiros.
Ao contrário das exportações brasileiras, que no último ano cresceram também 13,8% em volume em relação ao ano anterior, as exportações australianas e americanas mostram uma tendência de estabilização nos últimos anos, por conta de limitações para a produção interna.
Tanto a Austrália quanto os Estados Unidos sofreram nos últimos anos com secas prolongadas em áreas de criação de gado e outros problemas que limitaram o crescimento da produção, como a alta dos preços da ração animal e a restrição do espaço para pasto.
"Ao contrário dos nossos principais concorrentes, que não têm mais para onde crescer, o Brasil tem espaço, tem água, tem capacidade de ampliação da indústria sobrando", afirma Sampaio.
"Com o aumento previsto da demanda mundial, o Brasil tem mais capacidade para sair ganhando", diz.

Fonte: BBC Brasil


Por que o México é hoje o tigre asteca

Duas décadas atrás, um influente crítico social do México proclamou que Los Angeles era "o coração do sonho mexicano". Pedro P. concordou e deixou para trás sua terra natal em Oaxaca para trabalhar como jardineiro no vale de San Fernando, na metrópole californiana. Mas, depois de 14 anos trabalhando como imigrante ilegal, Pedro, 44 anos, decidiu voltar para casa no fim de abril, atraído por um ressurgimento econômico que tem levado alguns analistas a rotular o México de o "tigre asteca".

Ele não está sozinho. De acordo com o Projeto de Migração do México, a taxa de imigração ilegal de mexicanos para os Estados Unidos está em quase zero. Em seu auge, em 1999, chegou a registrar 55 migrantes para cada 1.000 homens mexicanos. Em 2010, caiu para 9 migrantes por 1.000 homens, um nível que não era visto desde os anos 60.

Quando o presidente americano Barack Obama visitar o novo presidente mexicano esta semana, vai encontrar um país muito diferente daquela imagem que muitos costumam ter. Mesmo engolfado numa sangrenta guerra contra as drogas, o México viu sua economia crescer 4% em 2012, uma taxa que deve chegar a até 7% anualmente nos próximos anos, segundo previsões.

Em 2012, os investidores estrangeiros injetaram US$ 57 bilhões em ações e títulos de dívida do país, cinco vezes mais que o valor investido no Brasil no mesmo período. Grandes fabricantes como a Bombardier e a General Electric GE -0.51% estão expandindo suas operações no México e gerando empregos de remuneração alta, aproveitando a abundância de engenheiros e outros profissionais do país.

O setor manufatureiro está recebendo de volta inclusive operações que começaram a ser transferidas para a China na década de 90, praticamente na mesma época em que a migração mexicana para os EUA inchou. A média anual de salário por hora no México é hoje de US$ 2,10, comparado com US$ 1,63 na China. Acrescente aí custos mais baixos de transporte para o grande mercado comprador dos EUA, além da expansão do mercado doméstico do próprio México e o atrativo econômico, é claro.

O que mais surpreende é que a crescente sensação de que o México vive um período de virada é baseada não só em perspectivas econômicas, mas num aumento da confiança no governo mexicano, especialmente num momento em que os líderes eleitos de países mais desenvolvidos parecem ter dificuldades para encontrar maneiras de lidar com problemas de longo prazo.

Como a maioria dos mexicanos que não deixaram o país, aqueles que trabalham no exterior há muito desconfiam de seus políticos, especialmente os do PRI — o partido notoriamente corrupto e autocrático que governou o México por 71 anos antes de uma transição democrática há 12 anos. Agora, o PRI está de volta, desta vez por meio de eleições livres e justas, e seu novo líder carismático, o presidente Enrique Peña Nieto, promete levar o país à próxima etapa de desenvolvimento, como uma sociedade de classe média totalmente globalizada.

Na cerimônia de posse em dezembro, Peña Nieto se posicionou em frente aos monopolistas mais poderosos do país, Carlos Slim Helu e Emilio Azcárraga Jean, e prometeu desmantelar seus impérios de TV e de telecomunicações. Ele prometeu reformar o sindicato dos professores que, de forma inacreditável, há muito tempo tem poder para contratar professores e até mesmo transferir cargos hereditários. E prometeu ainda "abrir" a Pemex, o abatido monopólio estatal de petróleo que se manteve ao centro da ideologia nacionalista do México desde os anos 30.

O público presente à posse se surpreendeu com o escopo e a especificidade do programa do novo presidente — e com o fato de que ele estava atacando abertamente os pilares históricos do poder do PRI. Um "pacto" de consenso com outros partidos garantiu apoio à lista de reformas.

Seis meses depois, Peña Nieto começou a cumprir as promessas. A presidente do sindicato dos professores, Elba Esther Gordillo, foi presa por desfalque. Novas leis foram aprovadas para permitir que o governo desfaça monopólios. Planos para a abertura da Pemex estão em bom caminho, e a nova legislação é iminente.

O sucesso de Peña Nieto não está garantido. Cortar pela raiz a corrupção e estabelecer um sistema judiciário totalmente funcional são desafios enormes. Mas ao contrário de muitos outros líderes de governo, ele está agindo para resolver a principal crise dos tempos atuais: como governar uma democracia moderna de forma eficiente, algo que, por natureza, gera discórdia e desacordo.

A força de autocracias de um único partido como o velho PRI — ou o mandarinato moderno da China — é a unidade de seus propósitos e sua capacidade de colocar em prática mudanças estruturais de longo prazo. As democracias no Ocidente estão paralisadas, incapazes de construir um consenso que as tirem da cacofonia e multiplicidade de interesses divergentes.

O desafio para o México e outros países será equilibrar essa impressionante capacidade institucional com transparência e supervisão pública. Um governo eficaz é algo bom, mas não à custa da democracia responsável.

O escritor peruano Mario Vargas Llosa deu um rótulo ao México controlado pelo velho PRI que ficou famoso: "a ditadura perfeita". Tinha as qualidades de uma democracia — eleições diretas e transferência de poder a cada seis anos —, mas era governado por um punho de ferro e pagamentos por debaixo da mesa. Agora o México tem a oportunidade de aperfeiçoar sua democracia e servir de modelo para o mundo.

— Berggruen e Gardels são autores do livro 'Intelligent Governance for the 21st Century: A Middle Way Between West and East' (em tradução livre, Governança Inteligente para o Século XXI: um meio termo entre o Ocidente e o Oriente).

Fonte: The Wall Street Journal

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Dólar cai abaixo de R$2 com expectativa de entrada de divisas


SÃO PAULO, 26 Abr (Reuters) - O dólar fechou a sexta-feira abaixo de 2 reais pela primeira vez em 10 dias, na terceira sessão consecutiva de queda ante a moeda brasileira, devido à contínua expectativa de entrada de divisas estrangeiras no país.

O dólar recuou 0,13 por cento, para 1,9995 real na venda. Na mínima da sessão, a divisa chegou a atingir 1,9965 real na venda.

A queda só não foi maior porque a decepção com os dados de crescimento da economia dos Estados Unidos no primeiro trimestre reduziu o apetite dos investidores por divisas de países emergentes.

"Houve um fluxo maior de entrada, além de o governo falar que talvez seja um pouco mais agressivo em termos de Copom", disse o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca.

Ele referia-se a declarações do diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, que na quinta-feira sugeriu que o Comitê de Política Monetária poderia "intensificar" o uso da Selic para combater a inflação.

A alta da Selic amplia a diferença entre o juro local e o cobrado em países desenvolvidos, onde a taxa encontra-se próxima de zero. Soma-se a isso a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) reduza ainda mais sua taxa básica, hoje em 0,75 por cento ao ano, movimento que levaria investidores a trazer recursos para o Brasil em busca de rendimentos melhores.

Além disso, as bilionárias ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) do BB Seguridade e do Smiles aumentam ainda mais a expectativa de entrada de dólares no país, já que boa parte da demanda pelas ações veio de investidores estrangeiros.

De acordo com dados do Banco Central, o fluxo cambial -- balanço entre entrada e saída de divisas estrangeiras do país-- ficou positivo em 4,112 bilhões de dólares entre os dias 15 e 22 de abril, puxado por forte entrada de capitais na conta comercial.

O fortalecimento do real nesta sessão foi contido, no entanto, após dados sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano levantarem dúvidas sobre o ritmo da recuperação da maior economia do mundo.

"A questão do real foi que os números nos EUA, de PIB, principalmente, tiraram um pouco o apetite pelo real e aí estamos fechando o dia praticamente estável por conta disso", disse o estrategista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno.

A economia dos Estados Unidos recuperou força no primeiro trimestre e cresceu 2,5 por cento em base anualizada, mas o resultado ainda ficou aquém das expectativas de analistas, que previam expansão de 3 por cento.

Fonte: Reuters Brasil

Machado: "Vamos ser competitivos em qualidade e preço"


Segundo Sergio Machado, entrar no mercado externo é o desafio da indústria naval brasileira.

A indústria naval brasileira renasceu e o objetivo agora é torná-la competitiva internacionalmente, avalia Sergio Machado, presidente da Transpetro, o braço de logística da Petrobras. A expectativa é chegar a esse ponto em 15 anos - metade do tempo levado pelas atuais potências do ramo para chegar ao topo.

"Atingimos o primeiro pilar, que é voltar a produzir navio no Brasil. Atingimos o segundo pilar, que é 65% [de utilização de insumos nacionais]. E agora estamos na luta do terceiro pilar que é ser competitivo em nível mundial", disse Machado, durante entrevista sob o tema "Os desafios da logística no Brasil", promovida pelo jornal Brasil Econômico e pelo portal iG .

Entrevistado por Octávio Costa, editor-chefe do Brasil Econômico, e Rodrigo de Almeida, diretor de jornalismo do iG , Machado lembrou que, embora 95% do comércio exterior brasileiro seja feito por vias marítimas, só 4% é transportado por empresas nacionais. A essa demanda, soma-se a existente em razão do subaproveitamento da malha hidroviária (a terceira maior do mundo) em favor da rodoviária e, principalmente, aquela criada pelo pré-sal.

"A indústria naval já era estratégica. E um país que vai ter de explorar o pré-sal a 10 quilômetros da costa, e que cada vez vai precisar de sondas, plataformas, barcos de apoio", diz ele. "E aí o Brasil não tem opção ou não de ter navios. Precisamos de navio para o nosso comércio internacional e agora para a exploração da Amazônia Azul."

Para além do mercado interno, Machado defende que a indústria mire o mercado externo hoje liderado por Japão, Coreia do Sul e Noruega. Embora o Brasil já tenha estaleiros capazes de atingir o mesmo nível de qualidade, o custo de se produzir no país os torna menos atrativos.

"A gente quer atender o mercado brasileiro e o internacional", diz Machado. "E acho que em 15 anos o Brasil vai atingir o que os outros levaram 30 anos. Com isso, nós vamos ser competitivos a nível mundial não só em qualidade como no preço,".

Desafios: qualificação e preço do aço

O presidente da Transpetro elencou como os dois principais desafios à competividade da indústria naval brasileira a carência de pessoal qualificado e o preço elevado do aço. No primeiro caso, além de programas de formação, a Transpetro tem estimulado a importação de mão de obra especializada. Da Coreia do Sul, por exemplo, vieram dez profissionais com mais de 25 anos de experiência.

No caso do aço, Machado admitiu uma "queda de braço" com os produtores brasileiros. A alternativa - e que acabou funcionando como instrumento de pressão - foi importar, apesar de o minério de ferro estar no topo da pauta de exportação do País.

"Verifiquei que o preço do aço no Brasil era 40% a 50% mais caro do que o que os estaleiros asiáticos estavam recebendo", disse Machado. "Conversamos muito. No início, não houve uma compreensão, houve uma queda-de-braço e nós tínhamos que importar. Hoje compramos mais do Brasil do que de qualquer outro lugar."

Para "tirar os estaleiros da zona de conforto", segundo Machado, também foram realizadas visitas para identificar os entraves ao aumento da produtividade.

"O começo foi difícil e é natural. Mas agora, nos últimos 18 meses, já recebemos cinco navios. Neste ano, serão mais dois, no ano que vem [2014] são seis. Depois, oito. A indústria começou a se movimentar dentro da rota certa."

O presidente da Transpetro ressaltou o papel do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) no estímulo à indústria naval brasileira. O projeto já levou à criação de três novos estaleiros (Atlântico Sul e Complexo Industrial Portuário do Suape, ambos em Pernambuco, e Estaleiro Rio Tietê, em São Paulo) e prevê a construção de 49 navios, com com índice de nacionalização mínimo de 65% para os 23 primeiros e 70% para os 26 restantes.

No âmbito do Promef, por exemplo, foram encomendados ao Rio Tietê 20 empurradores e 80 barcaças que vão ajudar a economizar 80 mil viagens de caminhão.

A entrevista com o presidente da Transpetro é primeira ação do programa ‘Caminhos para o Desenvolvimento - os desafios do País para garantir um crescimento econômico sustentável'. Estão programados mais três debates sobre as áreas de energia, mineração e agroindústria. Após a série de discussões, o Brasil Econômico e o iG realizarão um seminário sobre todos os setores abordados.

Fonte: Brasil Econômico

BC: momento mais crítico da inadimplência ficou para trás e há espaço para queda


Brasília – O momento mais crítico da inadimplência ficou para trás e há espaço para redução, segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel. No caso do crédito com recursos livres, a inadimplência (como são considerados atrasos superiores a 90 dias) para as famílias caiu 0,1 ponto percentual na passagem de fevereiro para março e chegou a 7,6%.

Segundo Maciel, houve aumento da inadimplência no passado, principalmente, no crédito para as famílias. “De lá pra cá, há uma redução gradual dessa inadimplência”, disse. A maior taxa de inadimplência desse segmento registrada no passado foi 8,2%, em maio, agosto e setembro.

De acordo com ele, a alta da inadimplência no ano passado é explicada ainda pelos financiamentos de compra de carros com prazos muito longos e com menos exigências dos bancos para a concessão de crédito, em 2010. Segundo Maciel, esses financiamentos geraram efeitos em 2011 e no ano passado, mas com melhora da situação, devido à mudança nos critérios dos bancos para conceder crédito.

Atualmente, segundo Maciel, a continuidade do crescimento da renda e do emprego gera condições favoráveis para que as famílias consigam horar compromissos. Além disso, o recuo no custo dos empréstimos favorece a queda da inadimplência.

Fonte: Agência Brasil

Mais uma vez, dólar opera perto da estabilidade


Curva de juros futuros da BM&F Bovespa opera em queda, em ajuste após a forte alta ocorrida na véspera.

Como tem sido verificado com relativa constância no mercado cambial doméstico, o dólar volta a operar frente ao real neste último pregão da semana próximo da estabilidade, a exemplo do que já ocorreu nas últimas segunda e quarta-feira.

Após duas quedas seguidas, a moeda americana, há pouco, era cotada a R$ 2,003 na venda, o que corresponde a um avanço de modestos 0,04% na comparação com a véspera.

No cenário externo, apesar do recuo entre os principais índices acionários, o Dollar Index, índice que mede a variação do dólar contra uma cesta de divisas, recuava 0,33%.

No entanto, mesmo com os IPOs de R$ 1,132 bilhão da Smiles, e de R$ 11,475 bilhões da BB Seguridade, esse último, o maior desde o Santander Brasil em outubro de 2009, anunciados na véspera, o mercado não demonstra força nesta sexta-feira (26/4) para seguir derrubando a cotação do dólar.

Juros

No mercado de juros futuros da BM&F Bovespa, a curva, que iniciou a sessão passada em queda, por conta da ata, mas fechou com expressiva alta após declarações de diretor do BC, tem um ajuste para baixo neste pregão.

Mais negociado, com giro de R$ 60,522 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 recuava de 7,94% para 7,92%, enquanto o para janeiro de 2015 descia de 8,37% para 8,32%, com volume de R$ 27,310 bilhões.

"Os preços e os analistas da mediana vão esperar 50 bps, como consequência do episódio", diz Darwin Dib, economista-chefe da CM Capital Markets, em boletim.

O especialista se refere a declaração do diretor de política econômica do BC, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, que desfez o efeito de baixa provocado na curva pela ata, ao sinalizar um aumento no lado da oferta insuficiente que tem provocado a inflação.

"Cresce em mim a convicção de que o Copom poderá ser instado a refletir sobre a possibilidade de intensificar o uso do instrumento de política monetária", disse ontem a autoridade.

"Continuamos com a mensagem da Ata que saiu ontem e foi escrita antes de ontem. O Copom de final de maio subirá a Selic no mesmo ritmo da reunião anterior, 25 bps. O Copom não cometerá o erro de programar um ciclo contracionista pra valer numa economia sob choque de oferta e que cresceu menos de um terço do seu PIB potencial no ano que acabou de acabar", afirma Dib.

Fonte: Brasil Econômico