SÃO PAULO, 24 Jun (Reuters) - Economistas de instituições financeiras elevaram a perspectiva para a inflação e o dólar neste ano e veem um crescimento menor tanto em 2013 quanto em 2014, ao mesmo tempo em que mantiveram inalteradas as perspectivas para a Selic.
A pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira mostra que, mesmo com a expectativa de aperto monetário e com o BC reforçando o discurso de combate à inflação, os economistas veem o IPCA mais alto neste ano, a 5,86 por cento, ante 5,83 por cento na pesquisa anterior. Para 2014, a projeção foi mantida em 5,80 por cento.
Já a projeção para a inflação nos próximos 12 meses foi ligeiramente reduzida a 5,66 por cento, ante 5,69 por cento anteriormente.
Na sexta-feira, o IBGE informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) desacelerou a alta em junho a 0,38 por cento favorecido pelos preços de remédios e alimentos, mas ainda assim estourou o teto da meta do governo em 12 meses.
A preocupação com o alto nível da inflação aumentou no último mês devido à contínua valorização do dólar e seu impacto sobre os preços num momento vacilante da economia.
No Focus, os economistas voltaram a elevar a expectativa para o dólar no final deste ano, a 2,13 reais ante 2,10 reais anteriormente. Na sexta-feira, a moeda norte-americana interrompeu uma série de cinco altas e fechou em queda ante o real, a 2,2445 reais na venda.
CRESCIMENTO
Os economistas consultados pelo BC reduziram pela sexta semana seguida a projeção de expansão da economia neste ano, passando a 2,46 por cento, ante alta de 2,49 por cento anteriormente. Para 2014, a projeção foi reduzida a 3,10 por cento, ante 3,20 por cento.
O Focus mostrou ainda que a perspectiva de crescimento da produção industrial neste ano foi elevada a 2,56 por cento, ante 2,50 por cento na pesquisa anterior. Por outro lado, para 2014, a projeção foi reduzida a 3,10 por cento, frente a 3,20 por cento.
Em relação à taxa básica de juros Selic os analistas consultados mantiveram em 9 por cento a projeção tanto para 2013 quanto 2014. Para a reunião de julho do Comitê de Política Monetária (Copom), a expectativa segui inalterada, de alta de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, para 8,50 por cento.
O Top 5, por sua vez, mostra que as instituições que mais acertam no médio prazo continuam vendo a Selic a 9,25 tanto no final de 2013 quanto de 2014.
Fonte: Reuters Brasil
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