Movimento da moeda americana, somado ao resultado das vendas no varejo abaixo do esperado, derrubou a curva de juros futuros da BM&F.
Como esperado, o dólar caiu frente ao Real no pregão desta quinta-feira (13/6), na sessão seguinte ao anúncio do governo de zerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) das operações de compra e venda de dólar no mercado futuro.
A divisa dos Estados Unidos terminou em queda de 0,97% ante seu par brasileiro, cotada a R$ 2,133 para venda.
O consultor de pesquisas econômicas do Banco de Tokyo-Mitsubishi, Maurício Nakahodo, avalia que a baixa do dólar não foi maior em função da expectativa do mercado sobre a possível redução de estímulos por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Dados positivos divulgados nesta quinta sobre o mercado de trabalho e sobre as vendas no varejo da maior economia do globo reforçaram essa percepção uma vez mais.
"Com essa expectativa de valorização do dólar, nesse momento a zeragem do IOF não vai ocasionar uma mudança na posição dos investidores", nota Nakahodo.
As posições dos investidores, explica o especialista, que estavam vendidas (aposta na queda do dólar) em cerca de US$ 6 bilhões na semana passada, diminuíram para US$ 3 bilhões até ontem.
O anúncio do governo, em teoria, tende a fazer com que essas posições vendidas aumentem, ou ao menos parem de recuar.
Juros
O mercado de juros futuros da BM&F também respondeu à zeragem do IOF, até com mais força que o câmbio, uma vez que a recente valorização do dólar preocupava as autoridades que tem como missão o controle da inflação, que é prejudicada com a moeda americana mais elevada em decorrência do encarecimento dos importados.
Além disso, as vendas no varejo, que cresceram 0,5% em abril, na relação com março, enquanto a LCA estimava alta de 2,5%, reforçaram a trajetória declinante dos prêmios.
Mais negociado, com giro de R$ 39,533 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 cedeu de 9,79% para 9,50%, e o para janeiro de 2014 diminuiu de 8,77% para 8,72%, com volume de R$ 28,988 bilhões.
Fonte: Brasil Econômico
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