O crescimento de 0,2% na atividade varejista em julho pode ser considerado moderado ante o cenário econômico de queda do poder aquisitivo do consumidor, inflação, juros altos e crédito seletivo.
O movimento dos consumidores no comércio avançou 0,2% em julho na comparação com o mês imediatamente anterior (junho), já efetuados os devidos ajustes sazonais, de acordo com a Serasa Experian.
Os segmentos que experimentaram os maiores avanços foram lojas de veículos, motos e peças (1,0%), o de combustíveis e lubrificantes (0,4%) e o de móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática (0,2%).
Já outros segmentos apresentaram recuos no período, como as lojas de material de construção (-0,2%) e o de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-0,1%). O setor de tecidos, vestuário, calçados e acessórios não teve alteração.
Segundo os economistas da Serasa Experian, o crescimento de 0,2% na atividade varejista em julho pode ser considerado moderado ante o cenário econômico de queda do poder aquisitivo do consumidor, inflação, juros altos e crédito seletivo.
Chama a atenção que os dois maiores crescimentos de atividade no mês são de setores interligados: veículos, motos e autopeças (1%) e combustíveis e lubrificantes (0,4%).
A data-base, negociação salarial, de classes de trabalhadores representativas (bancários, metalúrgicos etc.) neste 2º semestre, as promoções das montadoras e o lançamento dos modelos 2014 podem ter alavancado o movimento nesses segmentos.
De qualquer forma, veículos, motos e autopeças ainda crescem pouco no acumulado do ano (janeiro a julho) 3,8%.
Em comparação com o mesmo mês do ano passado, o movimento varejista em julho se manteve estável.
No acumulado dos primeiros sete meses do ano, a atividade do comércio fechou com alta de 6,8%, puxada por variações dos segmentos de combustíveis e lubrificantes (7,4%), de móveis, eletroeletrônicos e informática (6,0%) e o de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (6,0%).
Já os segmentos de veículos, motos e peças e de tecidos, vestuário, calçados e acessórios terminaram os primeiros sete meses do ano com desempenhos semelhantes (3,8% e 3,6%, respectivamente) e o de material de construção exibiu expansão de 2,2% no período.
Fonte: Brasil Econômico
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