De acordo com o Bank of America Merrill Lynch, o dólar deve se equilibrar em R$ 2,40 no quarto trimestre deste ano.
O dólar fechou esta quinta-feira (22/08) em queda ante o real após avançar no último pregão para o maior nível em cinco anos, em mais um dia marcado por muito vaivém e forte atuação do Banco Central.
A moeda norte-americana chegou a cair mais de 1% durante o dia ante expectativas de novas medidas cambiais, mas essas apostas perderam fôlego na última hora do pregão e o dólar devolveu parte da queda.
O dólar recuou 0,78%, para R$ 2,432 na venda. Na sessão anterior, a divisa norte-americana havia avançado 2,39%, para R$ 2,451 na venda.
"Por enquanto, não tem notícia relevante, e o mercado está muito volátil", afirmou o economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank, Jankiel Santos. "E aí depois da boataria, fica a expectativa: todo mundo está esperando para ver se o governo anuncia alguma medida para o câmbio."
Apesar do alívio, operadores continuam afirmando que o cenário para o câmbio ainda é de tensão, por isso a forte expectativa sobre atuações do BC.
A autoridade monetária tem intervindo pesadamente no mercado de câmbio diante da ampla valorização do dólar, atuando em nove das 16 últimas sessões.
Nesta quinta-feira, o BC realizou leilão de linha de dólares, vendendo o segundo lote com taxa de recompra de R$ 2,568759 em 1º de abril de 2014. Já na primeira etapa, cuja data de recompra era em 1º de novembro deste ano, não teve venda, informou a assessoria de imprensa do BC.
Mais cedo, o BC realizou leilão de swap cambial tradicional --equivalente a venda futura de dólares--, vendendo todos os 20 mil os contratos de rolagem das operações que vencem no início de setembro. O lote total que está vencendo é de 100.800 contratos e, agora, faltam apenas 800 deles para serem rolados.
O real tem sofrido o impacto dos sinais de mudança da política monetária dos Estados Unidos e também com certa desconfiança em relação à economia brasileira.
O Bank of America Merrill Lynch revisou nesta quinta-feira a previsão de alta da moeda norte-americana em relação ao real, acreditando agora que o dólar deve se equilibrar em R$ 2,40 no quarto trimestre deste ano, acima da previsão anterior de R$ 2,20.
"Acreditamos que o real está levemente subvalorizado após a recente forte depreciação. Mas o preço no curto prazo será determinado pelas taxas de juros globais, pela intervenção do Banco Central e a demanda por hedge de empresas", informou o banco.
Fonte: Brasil Econômico
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