Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Economistas veem Selic a 8,5% em 2013; PIB cresce 2,77%

SÃO PAULO, 3 Jun (Reuters) - Economistas de instituições financeiras elevaram a perspectiva para a Selic neste ano após o Banco Central ter aumentado a taxa básica de juros na semana passada, ao mesmo tempo em que reduziram a projeção para a expansão da economia tanto para 2013 quanto 2014.

De acordo com a pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira, a perspectiva dos economistas agora é de que a Selic encerre este ano a 8,5 por cento, ante 8,25 por cento previstos na semana anterior.

No Top 5 --instituições que mais acertam as projeções no Focus--, a perspectiva de curto prazo para a Selic neste ano foi mais ampliada ainda, passando a 8,75 por cento, ante 8,25 por cento na mediana.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC acelerou o ritmo de aperto monetário na semana passada ao elevar a taxa em 0,5 ponto percentual, para 8 por cento ao ano, em decisão unânime e que endurece o combate à inflação.

A decisão foi tomada horas depois da divulgação do crescimento decepcionante da economia brasileira no primeiro trimestre deste ano, de apenas 0,6 por cento, mostrando que o BC está priorizando o combate à inflação apesar da fragilidade da atividade.

Uma fonte do governo disse à Reuters na sexta-feira que tanto a inflação corrente quanto suas expectativas estão afetando a atividade econômica e que, por isso, a alta mais forte da Selic vai ajudar a recuperar a confiança.

Para 2014, o Focus apontou manutenção da expectativa para a Selic em 8,50 por cento, enquanto o Top 5 elevou as contas a 9,25 por cento, ante 8,75 por cento.

Após a divulgação dos dados do PIB, os economistas consultados no Focus reduziram pela terceira semana seguida a projeção para a expansão econômica neste ano a 2,77 por cento, ante alta de 2,93 por cento. Para 2014, a projeção foi reduzida a 3,40 por cento, após 11 semanas de manutenção em 3,5 por cento.

Entre os setores da economia, a indústria teve retração de 0,3 por cento entre janeiro e março na comparação trimestral, o que acabou ajudando a piorar o resultado do PIB.

No Focus, a perspectiva de crescimento da produção industrial neste ano, entretanto, foi elevada a 2,50 por cento, contra 2,43 por cento na pesquisa anterior. Para 2014, a projeção é de expansão de 3,0 por cento, abaixo dos 3,10 por cento anteriores.

INFLAÇÃO

Apesar do nível de atividade ainda tímido, a inflação tem girado perto do teto da meta do governo, de 6,5 por cento pelo IPCA, o que levou o presidente do BC, Alexandre Tombini, a enfatizar o processo de combate à inflação.

No Focus, apesar do movimento do BC, os economistas reduziram apenas ligeiramente a perspectiva do IPCA para este ano a 5,80 por cento, ante 5,81 por cento na semana anterior. Para 2014, a projeção foi mantida em 5,80 por cento.

Para os próximos 12 meses, a perspectiva para a inflação foi elevada pela terceira semana seguida, a 5,67 por cento, ante 5,66 por cento.

O Focus mostrou ainda que os economistas elevaram a projeção sobre o câmbio no final deste ano, com o dólar a 2,05 reais, ante 2,03 reais anteriormente. Na semana passada, a moeda norte-americana deu um salto, chegando ao patamar de 2,14 reais, o maior em quatro anos com investidores atentos diante da possibilidade de um cenário de menor liquidez internacional.

Os economistas consultados no Focus também mantiveram suas contas para o saldo da balança comercial neste ano com superávit de 8,30 bilhões de dólares. Para 2014, a projeção é de 9,80 bilhões de dólares, ante 10,40 bilhões de dólares anteriormente.

Já as expectativas sobre o déficit em conta corrente do país no Focus apontaram 72,15 bilhões de dólares neste ano, ante 72 bilhões de dólares na pesquisa anterior.

Fonte: Reuters Brasil

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