Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

IPCA sobe 0,03% em julho, menor taxa em 3 anos

RIO DE JANEIRO, 7 Ago (Reuters) - A inflação ao consumidor brasileiro atingiu em julho a menor taxa em três anos ao avançar 0,03 por cento, favorecido pela queda dos preços de Transportes e Alimentos e voltando a ficar abaixo do teto da meta do governo no acumulado em 12 meses.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou variação positiva de 0,03 por cento em julho, após alta de 0,26 por cento em junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Essa é a menor taxa desde julho de 2010, quando houve avanço de 0,01 por cento.

No acumulado de 12 meses em julho, a inflação medida pelo IPCA ficou em 6,27 por cento, registrando a menor alta acumulada desde janeiro deste ano, que foi de 6,15 por cento, e voltando a ficar abaixo do teto da meta do governo, de 4,5 por cento com tolerância de 2 pontos percentuais. Nos 12 meses encerrados em junho, o IPCA tinha subido 6,70 por cento.

Os resultados, entretando, ficaram acima da expectativa mostrada em pesquisa da Reuters, cujas medianas das projeções eram de queda de 0,02 por cento no mês e alta de 6,23 por cento na base anual.

Mesmo não repetindo a deflação registrada em julho pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), da FGV, e pelo Índice de Praços ao Consumidor (IPC) de São Paulo, da Fipe, o IPCA confirmou a forte desaceleração da inflação, que já tinha sido mostrada também pelo IGP-M e IGP-DI, ambos da FGV.

ALIMENTOS E TRANSPORTES

De acordo com o IBGE, as principais influências para a desaceleração da alta vieram dos grupos Transportes e Alimentação e Bebidas. O primeiro, com peso de 24,65 por cento, e o segundo, com peso de 19,15 por cento, somam juntos 43,80 por cento do IPCA e foram responsáveis por -0,21 ponto no índice de julho.

Transportes registrou queda de 0,66 por cento no mês passado ante alta de 0,14 por cento em junho, a queda mais intensa no grupo desde junho de 2012 (-1,18 por centi). Isso representou um impacto de -0,13 ponto percentual no índice do mês.

A queda foi resultado da revogação do aumento das tarifas do transporte público em várias capitais, em função dos protestos que começaram em junho, como já vinham mostrando outros indicadores de preços.

Segundo o IBGE, as tarifas de ônibus urbanos recuaram 3,32 por cento e lideraram os impactos de baixa, com -0,09 ponto percentual. Também houve queda nas tarifas dos ônibus intermunicipais (-1,69 por cento), trem (-4,13 por cento) e metrô (-4,97 por cento).

Já o grupo Alimentação e Bebidas mostrou queda de 0,33 por cento em julho, após subir 0,04 por cento em junho, com impacto de -0,08 ponto percentual. Essa foi a primeira deflação de alimentos desde julho de 2011, quando houve queda de 0,34 por cento.

O resultado do IPCA também ficou abaixo de sua prévia, o IPCA-15, que mostrou desaceleração da alta a 0,07 por cento em julho.

Fonte: Reuters Brasil

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