Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Dólar abre em alta ante o real

Às 9h33, o dólar no balcão era vendido a R$ 2,3040. A mínima foi de R$ 2,3020 e a máxima, de R$ 2,3080.

SÃO PAULO - O dólar avança nesta quarta-feira, 7, ante as moedas emergentes e ligadas a commodities e repete o movimento na abertura no mercado à vista em relação ao real. Há um sentimento de aversão a risco diante da expectativa sobre o início da redução das compras de bônus pelo Federal Reserve, que podem ocorrer em qualquer uma das próximas três reuniões deste ano.

O dólar abriu em alta ante o real no mercado à vista e já volta a ser negociado acima de R$ 2,30, uma cotação que não atraiu o BC para atuar nos últimos dois dias. Às 9h33, o dólar no balcão subia 0,22%, a R$ 2,3040. A mínima foi de R$ 2,3020 (+0,13%) e a máxima, de R$ 2,3080 (+0,39%). O dólar futuro para setembro subia 0,11%, a R$ 2,316, após oscilar de R$ 2,320 (+0,28%) a R$ 2,3135 (estável)

Na terça-feira, 6, o dólar fechou a R$ 2,2990 (-0,04%), enquanto o dólar para setembro caiu 0,28% e fechou a R$ 2,3135. Se esse avanço continuar nesta quarta-feira, 7, o mercado seguirá esperando pela atuação do Banco Central.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse na terça-feira, 7, que "BC pode ofertar leilões de linha a qualquer tempo se julgar necessário. Um operador de câmbio de um banco em São Paulo, no entanto, acredita que a autoridade monetária ainda lançará mão de mais leilões de swap cambial antes de partir para os leilões de linha. "Ainda não tem porque o BC fazer leilão de linha. O swap ainda é mais plausível", comentou.

Conforme apurou ontem a Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a fala de Tombini "sinaliza mais um passo na estratégia da autoridade monetária para conter o avanço do dólar ante o real" e que os leilões de linha podem representar uma segunda etapa da estratégia do BC de, por meio de atuações diretas no mercado, segurar o dólar.

Com relação aos países emergentes, há o temor de que a melhora da economia dos Estados Unidos leve a uma fuga maior do capital estrangeiro desses países. Essa percepção derrubou a rupia indiana, que havia se recuperado na terça-feira, 7, com a notícia de que o economista Raghuran Rajan irá ocupar o cargo de presidente do BC indiano. No caso do dólar australiano, a moeda cai ante o dólar dos EUA diante da expectativa com a divulgação de dados de emprego, que saem amanhã, e de que ele possa mostrar que a taxa de desemprego subiu para 5,8% em julho, de 5,7% em maio, o maior nível em quatro anos.

Às 9h32, o euro caía a US$ 1,3298, de US$ 1,3305 no fim da tarde de terça-feira, 7. O dólar caía a 97,09 ienes, de 97,75 ienes no fim da tarde de ontem. O dólar subia ante as moedas emergentes e ligadas a commodities: dólar canadense (+0,59%); dólar australiano (+0,45%); peso chileno (+0,15%); rupia indiana (+0,46%); peso mexicano (+0,18%); dólar neozelandês (+0,17%); rublo russo (+0,10%); lira turca (+0,32%); rand sul-africano (+0,06%); coroa norueguesa (+0,29%). 

Fonte: O Estado de S. Paulo

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