Agência prevê crescimento de 2% do PIB do País em 2013 e uma média de 2,6% nos próximos anos.
LONDRES - A agência de classificação de risco Standard & Poor's jogou um balde de água fria nas perspectivas para o crescimento da economia brasileira nos próximos anos. Ao lembrar que anos atrás o País era "comparado com economias de rápido crescimento como a Índia e China", a agência diz que o quadro mudou e que o crescimento "modesto" deve se repetir pelos próximos três anos, quando o País deve crescer a uma média de 2,6% ao ano. Para 2013, a agência prevê crescimento de 2%.
"Não muito tempo atrás, o Brasil era considerado um importante mercado emergente com grande potencial de crescimento. Suas perspectivas de crescimento costumavam ser comparadas com as de economias de rápido crescimento, como a Índia e a China. Agora, no entanto, o Brasil deve ter o terceiro ano de crescimento econômico modesto. E nós não esperamos que as perspectivas de crescimento mudem muito ao longo dos próximos três anos", destaca o relatório "Brasil Diante de Velhos e Novos Desafios" assinado pelo analista da agência, Sebastian Briozzo.
Para a agência de classificação de risco, o fraco desempenho da economia brasileira tem várias razões. "Reflete o desempenho modesto das exportações e o declínio do investimento do setor privado, em parte causado pelos sinais ambíguos da política do governo, o que tem reduzido a confiança dos investidores", destaca o documento. No lado da demanda, o consumo também dá sinais de cansaço. "Os gastos das famílias também podem desacelerar ainda mais pelo endividamento do consumidor", diz o documento.
Para a agência que avalia o risco de países e empresas, um dos problemas gerados por esse quadro de menor dinamismo econômico é o "enfraquecimento" do quadro fiscal, o que inclui a deterioração dos resultados das contas públicas e um aumento do peso da dívida pública.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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