O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta sexta-feira (10/05) que o Banco Central está vigilante e que fará o necessário para reduzir a inflação e, com isso, aumentar a confiança na economia brasileira.
A resistência da inflação em patamares elevados já começou a minar a confiança do consumidor e dos agentes econômicos, justamente em um momento em que a economia precisa de impulso para crescer com mais força.
"O combate à inflação que o governo e o Banco Central têm empreendido está no sentido de fortalecer a confiança. Vai em linha, inclusive, com a recuperação gradual da economia brasileira neste ano, como veremos", disse o presidente do BC em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo.
"Reduzindo a inflação, aumenta a confiança na economia, tanto da dona de casa, do consumidor, quanto do empresário."
A alta dos preços levou o BC a começar um novo ciclo de aperto monetário em abril, com a elevação da taxa básica de juros para 7,5 por cento ao ano.
"O Banco Central está agindo, está vigilante, vai continuar agindo, vai fazer o que for necessário para consolidar a inflação em patamares mais baixos neste e no próximo ano", disse.
Tombini também afirmou que a tendência é de recuo do índice de disseminação da alta dos preços nos próximos meses, à medida que os preços dos alimentos caiam. Quanto mais elevado o índice de difusão, maior o risco da inflação ganhar uma dinâmica própria, tornando cada vez mais difícil o seu controle.
"(O índice de disseminação) já caiu 10 pontos, entre janeiro e abril, e cairá mais nos próximos meses", disse Tombini.
Em abril, o índice de dispersão do IPCA recuou para 66 por cento --patamar considerado ainda elevado, ante 69 por cento em março.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de parâmetro para a meta de inflação do governo, acelerou para 0,55 por cento em abril, ante 0,47 em março, ficando acima das expectativas do mercado. Contudo, a inflação acumulada em 12 meses, que em março rompeu o teto da meta, recuou para 6,49 por cento em abril.
A meta de inflação do governo é de 4,5 por cento, com dois pontos percentuais de tolerância para cima e para baixo.
Fonte: Reuters Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário