Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Com alta da Selic, dólar não controla mais a inflação


Moeda americana marca quarta alta seguida frente ao Real neste último pregão da semana, e rompe o patamar de R$ 2,03.

Dados bem acima das expectativas referentes à maior economia do globo reforçam a percepção entre os agentes de mercado de que o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, pode reduzir os estímulos econômicos na região.

Essa hipótese é a principal responsável pela recente sequência de alta do dólar frente ao Real, que chega nesta sexta-feira (17/5) a quarta sessão consecutiva de valorização.

Há pouco a divisa dos Estados Unidos avançava 0,59%, e era negociada a R$ 2,040 para venda.

O Dollar Index, índice que mede a variação do dólar contra uma cesta de divisas, subia 0,80%.

"Essa é a mais longa sequência de valorização desde a segunda quinzena de março. A questão da inflação que sempre preocupou parece não estar alertando o governo, o Banco Central (BC) não deu indicação de que vai entrar vendendo", afirma Fernando Bergallo, gerente de câmbio da Tov Corretora. "A autoridade não deu nenhum sinal disso, até porque está usando a taxa de juros", emenda o especialista.

Na visão de Bergallo, caso o BC não dê nenhum sinal de que irá coibir a trajetória ascendente na cotação da moeda americana, a tendência é de que o câmbio doméstico opera na casa dos R$ 2,05 na semana que vem.

Juros

No mercado de juros futuros da BM&FBovespa, a curva, que já subiu expressivamente na véspera após declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, mantém o movimento nesta sexta, com a percepção de que o Fed pode reduzir os estímulos da economia, e, mais à frente, iniciar um aumento de sua taxa.

A valorização do dólar também contribui para o aumento dos prêmios embutidos nos DIs.

Mais negociado, com giro de R$ 66,406 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 subia de 8,06% para 8,12%, enquanto o para janeiro de 2015 avançava de 8,46% para 8,54%, com volume de R$ 28,537 bilhões.

Fonte: Brasil Econômico

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