A curva de juros futuros da BM&F Bovespa segue na trajetória ascendente iniciada quinta-feira da semana passada após declarações do presidente do BC.
Após a valorização acumulada de 0,70% da semanada passada, e com quatro altas consecutivas ante o Real, o dólar opera perto da estabilidade contra a divisa americana na primeira parte do pregão desta segunda-feira (20/5), enquanto seus pares internacionais apresentam uma sessão de ganhos.
Há pouco o dólar era negociado a R$ 2,038 para venda, mesmo patamar do fechamento da sexta-feira passada.
Já o Dollar Index, índice que mede a variação do dólar contra uma cesta de divisas, recuava 0,37%.
No boletim Focus, os economistas consultados pelo Banco Central (BC) elevaram, pela segunda semana seguida, a projeção para a taxa de câmbio ao final de 2013, agora em R$ 2,02, contra R$ 2,01 há uma semana, e R$ 2,02 duas semanas atrás.
"O cenário em perspectiva é pouco favorável para o fluxo cambial do Brasil, visto que as exportações são cadentes e as importações estão em ascensão, e os fluxos financeiros não sugerem otimismo", diz Sidnei Moura Nehme, economista e diretor executivo da NGO Corretora, em seu boletim.
No acumulado de 2013, a balança tem déficit de US$ 5,047 bilhões, ante o superávit de US$ 5,490 bilhões em igual período do ano passado.
Já o fluxo cambial, no ano, está negativo em US$ 595 milhões, contra as entradas de US$ 24,721 bilhões na mesma época de 2012.
Juros
No mercado de juros futuros da BM&FBovespa, a curva continua em sua trajetória ascendente iniciada na quinta passada, após declarações de Alexandre Tombini, presidente do BC, sobre o controle "tempestivo" da inflação por parte da autoridade.
A percepção que tem ganhado força entre os agentes, de que o Federal Reserve, o banco central americano, deve reduzir seu programa de compra de ativos, até pelas declarações de seus representantes, também favorece o aumento dos prêmios.
Mais negociado, com giro de R$ 24,465 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 subia de 8,08% para 8,14%, enquanto o para janeiro de 2015 avançava de 8,50% para 8,55%, com volume de R$ 9,783 bilhões.
No Focus, os economistas não se sensibilizaram com as palavras de Tombini, e deixaram inalterada em 5,8% sua estimativa para o IPCA ao final de 2013.
"O Banco Central está vigilante e fará o que for necessário, com a devida tempestividade, para colocar a inflação em declínio no segundo semestre e assegurar que essa tendência persista no próximo ano", afirmou Tombini semana passada.
Fonte: Brasil Econômico
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