Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Leilão da ANP tem forte disputa e arrecada R$1,7 bi com três bacias


RIO DE JANEIRO, 14 Mai (Reuters) - A 11a rodada de áreas de exploração de petróleo e gás do Brasil, o primeiro leilão do setor após cinco anos, começou com forte disputa nesta terça-feira, com o total arrecadado nas três primeiras bacias chegando a 1,7 bilhão de reais e superando as expectativas.

A estimativa inicial para todo o leilão, que inclui 11 bacias sedimentares e ocorre nesta terça-feira e na quarta-feira, era de uma arrecadação com bônus de assinatura de 2 bilhões de reais.

Na avaliação do governo, o intervalo de cinco anos desde a última licitação de áreas de exploração fez com que houvesse uma valorização das áreas que estão sendo ofertadas.

"Nunca vimos nada parecido", disse o secretário de Petróleo do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins Almeida, em entrevista à Reuters, durante o leilão.

O governo não promovia uma rodada desde 2008, ano em que suspendeu os leilões devido à descoberta do pré-sal e enquanto elaborava um novo marco regulatório para elevar o controle sobre essa riqueza.

Empresas como Petrobras, OGX, Petra Energia, Ouro Preto e as estrangeiras Total, BP, BHP Billiton, Galp e BG apareceram como vencedoras das disputas por blocos nas bacias do Parnaíba, Foz do Amazonas e Barreirinhas.

Participam do leilão promovido pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mais de 60 companhias, disputando direitos sobre 289 áreas de exploração e produção em terra e no mar.

Os 155,8 mil quilômetros que estão sendo ofertados na 11a rodada têm potencial para elevar em até 55 por cento toda a área exploratória de petróleo e gás do país, que vem recuando nos últimos anos como consequência da suspensão dos leilões no período.(Saiba Mais em: )

LANCES DE DESTAQUE

O maior lance na primeira parte do leilão foi feito pelo consórcio formado pela francesa Total, a britânica BP e a Petrobras, pelo bloco FZA-M-57, na Foz do Amazonas, com oferta de 345,9 milhões de reais.

A Foz do Amazonas está situada em região conhecida como margem equatorial. A semelhança da geologia da região com a da costa oeste africana --importante área petrolífera-- faz dela uma das mais valorizadas do leilão.

Somente com oito blocos na Foz do Amazonas, a ANP arrecadou em lances mais de 750 milhões de reais.

Atualmente, a atividade de petróleo da bacia se resume a apenas dois blocos, operados pela Petrobras na fase de exploração. Não há área em etapa de produção.

A disputa acirrada ficou evidenciada também pela bacia do Parnaíba, onde todos os blocos foram arrematados, uma situação rara em leilões da ANP.

Descobertas de elevado potencial já foram realizadas na bacia do Parnaíba, que tem área aproximada de 680 mil quilômetros quadrados e está distribuída entre os Estados do Maranhão, Piauí, Tocantins, Pará, Ceará e Bahia. Desde janeiro de 2012, a ANP recebeu oito notificações de descobertas na bacia.

A OGX, empresa de Eike Batista, já produz gás a partir do campo Gavião Real na região, e a extração tem apresentado bons resultados. Petrobras e BP também são operadoras na bacia.

Na bacia de Barreirinhas, a principal vencedora foi a britânica BG, sozinha ou em consórcio. A OGX ficou, nessa bacia, com o um bloco em águas profundas e outro em águas rasas. Pelo último, a petrolífera de Eike deu lance de 80 milhões de reais, mais de 130 vezes o valor mínimo de 588 mil reais estipulado pelo governo.

A ANP estima que os blocos na bacia de Barreirinhas e na margem equatorial podem ter 30 bilhões de barris de óleo.

Fonte: Reuters Brasil

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