Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Possível redução de estímulo nos EUA faz dólar subir 0,4%


Especulações de que a autoridade monetária poderá reduzir o estímulo ganharam corpo nesta semana após uma série de dados positivos sobre o mercado de trabalho nos EUA.

O dólar encerrou em alta frente ao real pela segunda sessão consecutiva nesta sexta-feira (10/5) diante de expectativas de que o banco central norte-americano diminua ou até mesmo interrompa seu programa de estímulo monetário devido à recuperação do mercado de trabalho dos Estados Unidos.

Se tomada, essa decisão reduziria a oferta de dólares no mercado mundial, possivelmente diminuindo o apetite dos investidores por ativos de maior risco, como divisas de países emergentes.

O dólar ganhou 0,42%, cotado a R$ 2,0243 na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 2,2 bilhões.

"Houve alguns comentários em relação ao Fed, e o mercado viu a possibilidade de ele diminuir o incentivo", disse o operador da Renascença José Carlos Amado. "O mercado vinha bem parado e usou isso para movimentar".

O Federal Reserve compra atualmente US$ 85 bilhões por mês em títulos com o objetivo de impulsionar a recuperação da maior economia do mundo.

Especulações de que a autoridade monetária poderá reduzir o estímulo ganharam corpo nesta semana após uma série de dados positivos sobre o mercado de trabalho nos EUA, uma vez que o Fed afirmou que a continuidade do programa de compra de bônus está condicionada a uma melhora significativa no nível de emprego.

Nesta sexta-feira, a presidente do Fed de Kansas City, Esther George, disse que espera que o banco central norte-americano possa reduzir o estímulo.

Às 16h34, no horário de Brasília, o dólar ganhava 0,47% frente a uma cesta de divisas. Já o euro perdia 0,49% frente à divisa norte-americana.

Alguns analistas afirmaram, contudo, que o impacto de uma possível redução do programa de compra de bônus do Fed seria compensada pelos estímulos monetários de outros bancos centrais, especialmente do Banco do Japão.

"Mesmo se os EUA retirassem seu estímulo monetário, o Japão ainda seria uma força respeitável. O Japão está adotando um agressivo estímulo monetário e poderia fazer mais", disse a estrategista da BullTick Capital Markets Kathryn Rooney Vera, para quem os recentes dados norte-americanos não são suficientes para levar o Fed a descartar as compras de bônus.

O Banco do Japão prometeu no início de abril injetar por volta de US$ 1,4 trilhão na economia em menos de dois anos, no mais intenso programa de estímulo monetário do mundo.

Segundo analistas, a depreciação do real foi limitada pela perspectiva de que o Banco Central atue nos mercados para impedir que o dólar suba mais.

Com base nas recentes intervenções da autoridade monetária, boa parte do mercado acredita que o governo definiu uma banda informal cambial entre os patamares de R$ 1,95 e R$ 2,03 -- nível que seria adequado para evitar pressões inflacionárias sem prejudicar a indústria.

Fonte: Brasil Econômico

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