Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Japão quer investir em petróleo e infraestrutura no Brasil


Uma comitiva com 68 empresários do país asiático, comandada pelo ministro japonês Toshimitsu Motegi, foi recebida ontem em Brasília.

Pesos pesados da indústria japonesa estiveram em Brasília ontem para manifestar ao governo brasileiro a intenção de participar do programa de investimentos em infraestrutura. Chefiados pelo ministro da Indústria e Comércio do Japão, Toshimitsu Motegi, os 68 empresários do país asiático mostraram interesse, especialmente, nas áreas de petróleo e gás e energia renovável.

A comitiva esteve com os ministros Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e Edison Lobão, de Minas e Energia. Além disso, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, recebeu o ministro japonês.

"Há um grande interesse dos japoneses em aturem no programa de expansão e melhoria da infraestrutura do Brasil", comentou a Secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, após o encontro. Entre os empresários, participaram do encontro, executivos como o vice-presidente da Mitsubishi Heavy, Atsushi Maekawa, o Chairman da Honda Motors, Fumihiko Ike, o presidente da Toyota no Mercosul, Shunichi Nakanishi e o vice-presidente da Nippon Steel & Sumitomo Metel, Kozuka Shuichiro.

De olho na retomada, ainda neste ano, das rodadas de licitação de áreas de exploração do pré-sal, a comitiva informou ao ministro Lobão que pretende participar de todas as licitações. O país tem interesse em firmar parceria com a Petrobras na área de transporte e logística. O ministro japonês também ofereceu ao Brasil a tecnologia do porto flutuante, que funciona a 200 quilômetros da costa.

Os dois países querem ainda intensificar a parceria no setor naval. Atualmente, há a participação da Kawasaki Heavy Industries no Estaleiro Enseada do Paraguaçu S.A e a parceria tecnológica entre a IHIMU, controlada pela Mitsui, e o Estaleiro Atlântico Sul (EAS). Segundo membros da delegação empresarial, o Japão dispõe hoje da melhor tecnologia em matéria de transportes de navios rápidos.

Lobão ressaltou o investimento de U$ 236 bilhões a serem feitos pela Petrobras nos próximos cinco anos. "Os japoneses precisam se habilitar", disse Lobão à comitiva. O ministro de Minas e Energia também lembrou que em dez anos, o número de pessoas trabalhando nos estaleiros brasileiros saltou de 4 mil para 80 mil.

O setor de mineração é outra área de interesse dos japoneses. Segundo interlocutores que estiveram no encontro, eles aguardam o novo marco regulatório para apresentarem propostas. Não só infraestrutura foi tema dos encontros. Empresários dos mais variados ramos, como televisão, nanotecnologia, automóveis, apresentaram suas prospecções para o Brasil.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, propôs investimentos no desenvolvimento da cadeia industrial de semicondutores e displays, lembrando que o Brasil adotou o padrão nipônico de tevê digital, que influenciou a maioria dos países da América do Sul.

O ministro de comércio brasileiro aproveitou a visita do homólogo brasileiro para pedir apoio do Japão na candidatura do brasileiro Roberto Azevedo para diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). "O Japão concorda com o Brasil que o sistema OMC precisa se fortalecer", foi a resposta que ouviu de Motegi, que preferiu não explicitar o apoio.

Fonte: Brasil Econômico

Nenhum comentário:

Postar um comentário