Presidente Dilma Rousseff confirmou Guilherme Afif Domingos no comando de secretaria voltada para o setor.
"Um juro praticamente zero." Assim definiu ontem a presidente Dilma Rousseff a taxa de juros que será cobrada dos microempreendedores dentro do Programa Crescer.
Segundo a presidente, no fim de maio, a taxa do Programa de Microcrédito Produtivo e Orientado, operado por bancos públicos, será reduzida de 8% para 5% ao ano. A presidente ressaltou que de setembro de 2011, quando foi lançado o programa, até março de 2013, foram realizadas 4,7 milhões de operações de crédito para microempresários, abrangendo também o Microempreendedor Individual (MEI), no valor de R$ 5,9 bilhões.
"Eu desconheço qualquer país do mundo que em tão pouco tempo realizou uma mobilização dessa envergadura para, de um lado, formalizar, e, de outro, também apoiar dando crédito a esse conjunto de empreendedores", afirmou Dilma durante evento de posse do presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato, na capital paulista.
O convite para que o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), assumisse a recém-criada Secretaria da Micro e Pequena Empresa, que terá status de ministério, não aconteceu durante o evento mas foi confirmada a nomeação de Afif Domingos no final da tarde de ontem. A cerimônia de posse do novo ministro já está marcada para quinta-feira, em Brasília.Durante seu discurso, a presidente elogiou o até então vice-governador.
"Queria aproveitar essa cerimônia para homenagear um brasileiro que colocou na pauta do país o apoio às pequenas e microempresas, fazendo com que reconhecêssemos que esta é uma questão estratégica e imprescindível para o futuro e para o presente do país. Eu me refiro aqui ao Guilhere Afif Domingos, que por duas vezes foi presidente da Associação Comercial e desta federação e honrou a todos aqueles que o antecederam e sucederam", disse a presidente.
Dilma afirmou que a criação da nova secretaria é essencial para o país e que dar "um nível ministerial" às micro e pequenas empresas do país é fundamental para colocar na pauta de todas as esferas de governo a preocupação com o pequeno negócio.
"Era possível no Brasil que nós mantivéssemos a questão dentro do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Mas ela nunca seria tratada com a ‘principalidade' que ela merece. É necessário, portanto, que nós passemos por esse período em que haverá um ministro olhando só para a questão dos pequenos negócios", destacou.
Rogério Amato, presidente da Facesp, apoia a criação da Secretaria e acredita que ela ajudará a reduzir os gargalos e amenizar a carga tributária do setor.
"Eu confio na intenção da presidente de tentar resolver este problema ", disse.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, fez um convite aos empresários para que apresentem propostas que melhorem a legislação e transformem São Paulo" numa terra que tenha o poder público como o parceiro de primeira hora". Para o presidente do Sebrae, Luiz Barreto, a redução de juros de quase 50% será um estímulo para os pequenos e médios empreendedores.
"As medidas anunciadas são claramente uma forma de reconhecimento pelo governo Dilma da importância econômica e social do segmento dos pequenos negócios", disse Barreto.
Fonte: Brasil Econômico
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