Após romper o piso de R$ 2,00 na mínima do dia, a moeda americana fechou na máxima, reflexo de declarações de membro da autoridade dos Estados Unidos.
O dólar no câmbio doméstico operava em queda frente ao Real descolado da tendência que prevalecia no exterior nesta quinta-feira (9/5).
No entanto, declarações de membros do Federal Reserve azedaram o humor dos investidores, a apreciação da moeda americana ganhou força ante as demais divisas, e o Real não conseguiu sustentar o que seria sua terceira valorização seguida.
O Dollar Index, índice que mede a variação do dólar contra uma cesta de divisas, que na primeira parte do pregão subia 0,20%, agora avançava mais de 1%.
Após romper o piso de R$ 2,00, e bater em R$ 1,997 na mínima do dia, quando caiu 0,29%, o dólar acabou a sessão perto da máxima, em R$ 2,016, alta de 0,64%.
Para Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria, a aversão ao risco ganhou força após declarações de um membro do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, Charles Plosser.
A autoridade americana externou uma visão pessimista da economia de seu país, avaliou que as medidas de afrouxamento monetário tem tido efeitos abaixo do desejado, e indicou a intenção de reduzir o programa de compra de títulos já na próxima reunião do Fed.
"As declarações vieram na contramão do que os investidores gostariam de ouvir, o que mudou a trajetória do dólar", explica Campos Neto.
Juros
No mercado de juros futuros da BM&FBovespa, a curva terminou o dia em alta. De acordo com o economista da Tendências, o movimento pode ter relação com as declarações de Plosser, uma vez que, com a sinalização de aumento dos juros nos Estados Unidos, as taxas aqui tendem a registrar um ajuste para cima.
Mais negociado, com giro de R$ 29,465 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 avançou de 7,86% para 7,88%, enquanto o para janeiro de 2015 subiu de 8,19% para 8,24%, com volume de R$ 27,665 bilhões.
Fonte: Brasil Econômico
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