O recuo na produção industrial divulgado ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) surpreendeu o governo brasileiro. Já se esperava um resultado ruim, mas não uma queda de 1% em relação a agosto.
O Ministério da Fazenda apresentou ao Palácio do Planalto dados que indicam recuperação atual do setor. Mas, para quem projetava na Esplanada uma queda de 0,6%, a conta final do instituto foi mais frustrante do que se esperava.
Segundo a Folha apurou, o ministro Guido Mantega (Fazenda) levou à presidente da República números mais otimistas referentes ao mês de outubro, reforçando o discurso oficial de que a indústria já estaria a caminho da recuperação.
Entre eles, uma evolução do índice de confiança na indústria de transformação e a ampliação das consultas ao BNDES por investimentos.
Para justificar o resultado, integrantes do Planalto e da própria área econômica enxergaram um alto grau de sazonalidade nos números do instituto, uma vez que setembro teve menos dias úteis que agosto, impactando nas contas finais.
Ou seja: para o Executivo, o resultado apresentado não foi tão ruim como apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
No entanto, também não foi o que se esperava nos bastidores. Conforme o IBGE, essa foi a retração mais intensa desde janeiro deste ano, e inverteu a sequência de três meses consecutivos de resultados positivos.
Mantega também mostrou à Dilma a aceleração da economia no último trimestre do ano e manteve projeções de crescimento para 2013. Uma das frustrações do governo foi o desempenho do setor automotivo, que registrou queda de 0,7% ante a agosto. O setor é uma das principais apostas para estimular a atividade.
Fonte: Folha de São Paulo
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