BRASÍLIA, 19 Nov (Reuters) - O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou nesta segunda-feira que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá cerca de 1 por cento no quarto trimestre sobre o terceiro, com ajuste sazonal.
Segundo ele, o foco da política econômica será o de sustentar a expansão da atividade num ritmo entre 4 e 5 por cento em 2013.
"A lógica é diferente. Uma coisa é acelerar o crescimento, que foi acelerado. Agora, o foco é aumentar a competitividade e o investimento. Na verdade, as medidas estão colocadas e é mais uma questão de execução", disse o secretário.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a economia brasileira cresceu em torno de 1 por cento no terceiro trimestre deste ano, ampliando o ritmo de expansão.
O secretário-executivo citou como estímulos o programa de concessão de rodovias e ferrovias, a redução dos custos da energia elétrica e a proposta de simplificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), apresentada no início de novembro.
Barbosa disse que o governo espera melhor comportamento dos indicadores econômicos em outubro em comparação a setembro. "Setembro foi mês atípico com menos dias úteis. Os indicadores mostram que outubro teve nível de atividade mais forte e o próprio mercado espera crescimento no último trimestre, na casa de 1 por cento".
Na análise do segundo semestre, o secretário-executivo disse que está claro o aumento do ritmo de expansão do nível de atividade. "O indicador antecedente do Banco Central indica 4,7 por cento de velocidade anual no terceiro trimestre e a gente espera que isso fique entre 4 e 5 por cento também no quarto. O desafio é sustentar essa taxa no ano que vem", comentou.
Na semana passada, o BC divulgou que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) cresceu 1,15 por cento entre julho e setembro ante o segundo trimestre, mas caiu 0,52 por cento em setembro sobre agosto.
O número indicou que a economia acelerou o ritmo de expansão, mas a fraqueza dos indicadores de setembro mostrou, por outro lado, que essa recuperação ainda não ganhou força, levantando dúvidas sobre a capacidade de reação dos investimentos.
Fonte: Reuters Brasil
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