Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Dados da China acalmam investidores e bolsas sobem


Rumores em relação ao resgate financeiro grego também contribuem para o otimismo generalizado.

A China centralizou a atenção dos agentes financeiros após anunciar o índice que avalia o desempenho de seu setor industrial, que sinalizou que o segmento pode estar ensaiando uma retomada, após treze meses consecutivos de contração. 

A preocupação que o gigante asiático fosse contagiado pela crise que assola a Zona do Euro era constante entre os investidores. O Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) subiu para 50,4 pontos, ante 49,5 em outubro, segundo indicador elaborado pelo HSBC.

O índice ficou levemente acima da marca de 50 pontos, o que indica expansão na atividade.

Com isso, os índices globais operam com alta generalizada. 

Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora, reforçou que o indicador chinês determinou a trajetória realizada pelas bolsas mundiais durante o pregão desta quinta-feira (22/11). "Dá a entender que a China passou por uma fase difícil, mas vem se recuperando e a partir de agora deve realizar um crescimento contínuo".

Não apenas as bolsas asiáticas, como também as bolsas europeias valorizam desde o início da sessão. Nem mesmo a divulgação de indicadores desfavoráveis do setor privado em novembro, influenciado por números ruins do setor de serviços da região, conseguiu interferir no otimismo dos agentes europeus.

Ainda por lá, os rumores de que os recursos para o resgate financeiro à Grécia serão liberados na próxima segunda-feira (26/11) colaboraram para estabelecer o bom humor entre os agentes. 

Instantes atrás, o FTSE-100, de Londres, crescia 0,66%; o CAC-40, de Paris, acelerava 0,40%; e o DAX-30, de Frankfurt, subia 0,86%.

"A tendência é que as bolsas europeias sustentem a alta até o final do pregão. O noticiário com China e Grécia é suficiente para manter os índices em campo positivo", avalia Galdi.

Em função do Dia de Ação de Graças, as bolsas dos Estados Unidos permanecem fechadas nesta sessão, o que interfere diretamente no volume financeiro negociado nos demais mercados. 

"A bolsa brasileira é que deve sofrer mais com esse fechamento, já que a liquidez do índice fica muito abaixo do regular", conta Galdi. 

Por aqui, o índice doméstico opera com valorização de 0,41%, aos 56.473 pontos, com giro financeiro de R$ 1,18 bilhão, tendo o indicador chinês como principal ponto de referência para este desempenho. 

Entre os indicadores brasileiros, destaque para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é considerado uma prévia da inflação oficial, e teve alta de 0,54% no décimo primeiro mês deste ano.

Dentre as blue chips, as preferenciais da Vale (VALE5) valorizam 0,14%, cotadas à R$ 35,49.

Já o papel da Petrobras poderia apresentar uma alta mais expressiva, porém as divergências entre Graça Foster, presidente da Petrobras, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o reajuste da gasolina, seguram o desempenho da ação. Há pouco, o papel (PETR4) subia 0,27%, a R$ 18,67. 

Destaques

Entre as maiores altas do índice, os papéis da B2W Varejo (BTOW3) subiam 3,47%, para R$ 12,52. Em seguida, as ações da Dasa (DASA3) avançavam 3,35%, cotadas a R$ 13,28.

Do lado negativo, o papel da Eletrobras (ELET6) tinha a maior queda, de 7,40%, negociado a R$ 7,26, seguido pelos papéis ELET3, que caíam 6,52%, cotados a R$ 6,31.

Assim como nas sessões anteriores, os investidores ainda castigam as ações da companhia elétrica em função dos possíveis impactos negativos decorrentes da renovação antecipada das concessões sobre os seus resultados e dividendos.

Câmbio

No mercado de câmbio, o dólar opera com desvalorização de 0,14% em relação ao real, negociado a R$ 2,090 na compra e R$ 2,092 na venda.

Fonte: Brasil Econômico

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