Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

"A IBM não depende do crescimento do país", diz presidente


Segundo Rodrigo Kede, a companhia vende suficiência e agilidade às empresas, que, mesmo em tempos difíceis, investem na tecnologia para se diferenciar dos concorrentes.

A transformação da tecnologia nos últimos anos e, principalmente, no presente tem levado a IBM a se garantir financeiramente em meio a crise mundial. De acordo com Rodrigo Kede, presidente da IBM Brasil, desde julho deste ano, "a empresa independe da situação econômica do país para se sustentar".

Segundo ele, a companhia vende suficiência e agilidade às empresas, que, mesmo em tempos difíceis, investem na tecnologia para se diferenciar dos concorrentes. "Neste ano, no meio da crise mundial, fechamos duas parcerias grandes: uma com a Caixa e a outra com o grupo EBX", conta Kede, completando, sem citar números, que as parcerias vão alavancar a receita da empresa neste ano.

Em abril, a IBM e o Grupo EBX fecharam acordo estratégico, no qual, a companhia contribuirá com soluções inteligentes de indústria, provendo novos produtos, softwares e serviços que complementam a expertise da SIX Automação, para os setores de petróleo e gás, mineração, construção naval, portos, entre outros.

Já a parceria com a Caixa, em agosto, remete à modernização de processos empresariais e serviços de crédito imobiliário para ampliar o acesso à casa própria.

De acordo com o presidente, o Brasil tem alto potencial de crescimento, podendo se tornar nos próximos 15 anos, um país desenvolvido. "Se o Brasil fizer seu trabalho de casa, pode virar um país desenvolvido. Para isso acontecer será necessária parceria público-privada", destaca Kede.

Para crescer, a IBM aposta na expansão de filiais como um dos pilares garantidos. "Ainda não temos nenhum plano de investimento em novas cidades. No próximo ano, queremos estabilizar as filiais para criar e garantir mais cidades", aponta Tomaz Oliveira, vice-presidente de General Business da IBM Brasil.

Atualmente, a empresa está presente em 38 cidades brasileiras. A última a receber uma filial foi Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Para abrir um escritório são investidos entre R$ 700 mil e R$ 1 milhão.

Outro pilar, sem citar projeções, são as aquisições. Nos últimos 10 anos, a IBM comprou mais de 100 empresas, a maior parte relacionadas a softwares e serviços.

Para entrar na nova era da tecnologia, a companhia, de acordo com o presidente, começa a apostar na ferramenta de front office, deixando para trás a back office. "Hoje em dia, a empresa quer entender o cliente, o mercado e o que está acontecendo lá na frente. A maioria das minhas conversas com CEOs é sobre clientes. A tecnologia antes era um custo e agora vai fazer parte da receita", pontua.

Cidades Inteligentes

Em relação ao conceito "cidades inteligentes", voltado para uso de tecnologia no atendimento aos cidadãos e focado no aumento de eficiência de entidades e empresas, Rodrigo Kede planeja crescimento. "A IBM tem interesse em fazer negócio com o governo da Bahia e ajudar a cidade ser mais segura".

Para a Copa em 2014 e as Olimpíadas em 2016, a companhia já possui projetos com o Rio de Janeiro, como o Centro de Controle de Operações. "Este projeto foi possível, pois o prefeito do Rio [Eduardo Paes] é mais um CEO do que um prefeito. Ou seja, ele pensa na cidade como uma empresa, com todo o planejamento", diz o presidente.

Questionado se o futuro prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, já procurou a empresa para realizar projeto semelhante ou para reduzir a violência na cidade, assim como existe em Nova York, a resposta foi negativa, tanto em relação ao prefeito, quanto para o governador, Geraldo Alckmin.

Fonte: Agência Brasil

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