Movimento cambial, somado às declarações do ministro da Fazenda sobre o reajuste no combustível, favorecem fechamento da curva de juros futuros da BM&F Bovespa.
Com o bom humor que prevalece entre os índices das principais Bolsas nesta quinta-feira (22/11), o dólar comercial no câmbio doméstico acompanha o movimento de seus pares internacionais, e evita a aguardada reação do Banco Central (BC) caso a cotação da divisa alcance o patamar de R$ 2,10.
A moeda americana registrava desvalorização de 0,14% frente à brasileira, negociada a R$ 2,092 na venda.
O Dollar Index, índice que mede a variação do dólar contra uma cesta de divisas, recuava 0,31%.
"A banda cambial mudou de patamar, sendo agora R$ 2,05 a R$ 2,10, podendo haver dúvidas quanto à mínima, mas não quanto à máxima neste momento", afirma Sidnei Moura Nehme, diretor executivo da NGO Corretora de Câmbio, em relatório.
O presidente do BC, Alexandre Tombini, disse nesta quinta que, se for preciso, a autoridade irá intervir no mercado de câmbio para promover maior liquidez, já que é comum no final do ano uma menor oferta de dólares.
De acordo com Tombini, não há "qualquer banda formal ou informal" sobre o câmbio, que continua flutuante.
Juros
Após a alta registrada na véspera, justamente por conta da preocupação dos agentes de que o dólar mais valorizado irá gerar pressão na inflação em 2013, a curva de juros futuros da BM&F Bovespa devolve parte do movimento nesta sessão, seguindo a desvalorização que ocorre no dólar.
Mais negociado, com giro de R$ 10,236 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 recuava de 7,37% para 7,33%, enquanto o para janeiro de 2017 descia de 8,83% para 8,77%, com volume de R$ 6,108 bilhões.
Embora o IPCA-15 tenha vindo pouco acima das expectativas, o desempenho verificado nos núcleos foi positivo, e contribui para a diluição dos prêmios, segundo Paulo Petrassi, sócio gestor da Leme Investimentos.
"O Mantega falando que o ajuste da gasolina não deve acontecer também ajuda para o fechamento da curva", comenta o especialista.
Fonte: Brasil Econômico
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