Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

sábado, 17 de novembro de 2012

Boletim Radar traça panorama da regulação econômica


Publicação aborda diversos temas, como leilões de petróleo, energia, e reajustes tarifários

A 22ª edição do boletim Radar: Tecnologia, Produção e Comércio Exterio, lançada na última quarta-feira, 14, no Rio de Janeiro, tem como tema principal a regulação econômica, definida como uma forma de engenharia social que altera decisões individuais – por meio de incentivos, divulgação de informação e desenhos de alternativas – e, com isso, o resultado da interação em sociedade. No lançamento da publicação, a Coordenadora de Regulação do Ipea, Lucia Helena Salgado, lembrou que a principal objetivo dessa nova edição do boletim é “levar ao público geral, de uma maneira rápida e simples, os trabalhos desenvolvidos sobre o tema. 

O novo diretor de Estudos e Pesquisas do Estado, das Instituições e da Democracia do Ipea (Diest), Daniel Cerqueira, abriu o evento, uma vez que toda a Coordenadoria de Regulação do Instituto deixará a Diretoria de Estudos Setoriais (Diset) – agora sob a responsabilidade de Fernanda De Negri – e passará para a Diest. 

O técnico de Planejamento e Pesquisa, Gabriel Fiuza de Bragança, foi o primeiro a se apresentar e explicou sua pesquisa sobre regulação tarifária, realizada em parceria com Fernando Tavares Camacho, do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). O trabalho aborda o setor de infraestrutura no Brasil. Os autores registram que as fórmulas de reajuste tarifário impõem frequentemente o repasse de parte dos ganhos de produtividade (fator X) das concessionárias para os consumidores.

No segundo trabalho, Lucia Helena Salgado e Gabriel Fiuza mostram como questões econômicas relativas à teoria dos leilões podem contribuir para o entendimento e a avaliação do atual marco legal do setor de exploração de petróleo no Brasil. 

Litigância predatória
A regulação da propriedade intelectual é o objeto do terceiro trabalho, no qual Graziela Zucoloto, Lucia Helena Salgado e Denis Barbosa discutem o fenômeno da litigância predatória no Brasil, ou seja, o uso de ações judiciais em defesa da propriedade intelectual com o objetivo de prejudicar um concorrente ou excluí-lo do mercado.

Um setor particularmente sensível aos padrões de regulação é analisado no quarto trabalho, cujo foco é a indústria farmacêutica. Gesiane Leão e Eduardo Fiuza mediram os esforços de vendas dos laboratórios farmacêuticos por meio dos registros de emprego formal dos trabalhadores.

No quinto trabalho, Edgard Pereira e Humberto Bettini discutem o uso de metodologias multicritérios para pesquisas de satisfação de usuários e analisam o Projeto da Rede Nacional de Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros (ProPass-Brasil), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

O artigo de Niágara Silva, José Gustavo Feres e Viviane Lírio aborda a demanda residencial por energia elétrica no Brasil. Os autores utilizaram os microdados da Pesquisa de Orçamento Familiar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (POF/IBGE) 2008-2009. Em seguida, Alexandre Samy de Castro discutiu o desenho institucional do Poder Judiciário e a formulação de políticas públicas para o acesso à Justiça.

Finalmente, no oitavo trabalho, Ronaldo Seroa da Motta, Lilia Couto e Luiza Castro avaliam os custos das ações para redução de emissões de gases de efeito estufa (GEEs) no Brasil, em particular na indústria, indicando que a um produção de baixo carbono pode ser atingida sem que ocorram perdas econômicas significativas.

Fonte: IPEA

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