Déficit em conta corrente impulsiona alta do dólar

Fechamento da curva de juros futuros da BM&F Bovespa perdeu força após a reversão na trajetória do dólar, mas ainda assim manteve sua tendência até o fim do pregão.

Após iniciar os negócios em baixa, o dólar inverteu a tendência, influenciado pelos dados das contas externas, e voltou a encerrar a sessão com valorização ante o real.

A moeda americana encerrou os negócios desta quinta-feira (22/11) em alta de 0,14%, cotada a R$ 2,098 na venda.

Cotações de fechamento para venda em			22/11/2012
País Moeda R$ US$
Argentina	Peso	0,4344	4,8170
Canadá	Dólar	2,0973	0,9972
Chile	Peso	0,0044	476,8500
China	Iuan	0,3363	6,2223
Coreia do Sul	Won	0,0019	1.086,0500
União Europeia	Euro	2,6924	1,2875
Estados Unidos	Dólar	2,0912	1,0000
Índia	Rúpia	0,0379	55,2200
Japão	Iene	0,0254	82,3800
México	Peso	0,1607	13,0194
Paraguai	Guarani	0,0005	4.480,000
Reino Unido	Libra	3,3353	1,5949
Uruguai	Peso	0,1067	19,6500
Rússia	Rublo	0,0671	31,1563
Venezuela	Bolivar Forte	0,4875	4,3000
Fontes: Banco Central e Brasil Econômico.

Na conta corrente, o déficit de US$ 5,431 bilhões em outubro foi pior do que os US$ 4,9 bilhões esperados pelo governo, de acordo com Fernando Rocha, chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central (BC).

"Rocha também informou que as remessas de lucros e dividendos de outubro deste ano somaram US$ 2,355 bilhões, 51,1% maior que em outubro de 2011 e estimou que o resultado de novembro deste ano possa ser o maior do ano", afirma João Paulo de Gracia Corrêa, gerente da mesa de câmbio da Correparti, em relatório.

Segundo a autoridade, o envio das remessas se concentra nos últimos dias de cada mês.

"O chefe-adjunto reforçou o discurso do presidente da casa, Alexandre Tombini, que o BC não tem banda de flutuação, não define piso e nem teto, mas que a instituição pode intervir quando considerar necessário", pontua Corrêa.

Juros

O fechamento da curva de juros futuros da BM&FBovespa acompanhava o movimento de desvalorização do dólar, e perdeu intensidade por conta da reversão da trajetória da divisa americana, mas ainda assim encerrou os negócios em baixa.

O dólar mais caro preocupa em termos de inflação no ano que vem, uma vez que encarece a compra dos produtos importados à indústria, que repassa esse aumento aos consumidores finais.

Ajudou para a diluição dos prêmios verificada nesta sessão a divulgação do IPCA-15, que apesar de um pouco acima das projeções, teve um bom desempenho entre os núcleos.

Além disso, as declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que a Petrobras não deve realizar um aumento no preço do combustível, também contribuiu para o fechamento da curva.

Mais negociado, com giro de R$ 22,110 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 recuou de 7,37% para 7,35%, enquanto o para julho do mesmo ano diminuiu de 7,67% para 7,65%, com volume de R$ 2,910 bilhões.

Fonte: Brasil Econômico