Curva de juros futuros da BM&F Bovespa manteve tendência iniciada pela manhã e terminou o dia em baixa, com a perspectiva de desaceleração dos preços à frente.
Embora tenha batido na mínima de R$ 2,069, quando chegou a recuar 0,62%, o dólar comercial não sustentou a queda frente ao real até o final da sessão, e terminou o primeiro pregão da semana sem variação percentual, a R$ 2,082 na venda.
"O dólar seguiu o comportamento externo da moeda americana durante a maior parte do pregão, até o momento em que inverteu essa tendência e recuperou as perdas ante o real, influenciado pelo pior resultado semanal em 15 anos da balança comercial brasileira", diz Ricardo Filho, da Correparti, em relatório.
A balança comercial brasileira teve um déficit de US$ 952 milhões na terceira semana de novembro, entre os dias 12 e 18, com US$ 4,182 bilhões em exportações, e US$ 5,134 bilhões em importações.
A estabilidade do dólar ante o real não foi acompanhada pelas demais divisas internacionais, que se fortaleceram frente a moeda americana, em um pregão de maior apetite por ativos de risco.
O euro, por exemplo, apreciou 0,47%, aos US$ 1,2803, enquanto o dólar australiano valorizou 0,58%, para US$ 1,0400.
O otimismo que prevalecia desde a abertura do mercado asiático por conta da expectativa por um acordo entre republicanos e democratas no Congresso dos Estados Unidos, a respeito de uma saída para o abismo fiscal, ganhou força após dados melhores do que o esperado sobre o setor imobiliário americano.
As vendas de casas usadas nos Estados Unidos subiram 2,1% em outubro, na comparação com o mês anterior, para 4,79 milhões de imóveis, ante os 4,70 milhões projetados pelos analistas.
Juros
Os índices de preços em desaceleração divulgados nesta manhã pela FGV, e a redução na projeção do IPCA dos economistas consultados pelo Banco Central (BC) para o boletim Focus, derrubaram a curva de juros futuros da BM&FBovespa.
Mais negociado, com giro de R$ 16,258 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 recuou de 7,38% para 7,33%, enquanto o para janeiro de 2015 caiu de 8,01% para 7,95%, com volume de R$ 6,150 bilhões.
A FGV informou nesta segunda que o IGP-M teve uma queda de 0,16% na segunda leitura de novembro, após a alta de 0,15% no mesmo período de outubro, e que o IPC-S atingiu 0,35% na quadrissemana encerrada em 15 de novembro, baixa de 0,08 ponto percentual na relação com o período anterior.
No Focus, os economistas reduziram sua previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2012, de 5,46% para 5,45%.
Fonte: Brasil Econômico
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