Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Crescimento chinês ganhará força em 2013, diz BNP


A forte expansão de 8,3% prevista para o nível da atividade do gigante asiático no ano que vem será compensada por uma recessão de 0,4% na Zona do Euro, de acordo com os cálculos do banco francês.

A aparente tranquila transição política que ocorre na China irá permitir ao gigante asiático focar com mais atenção no seu desempenho econômico, o que levará a um crescimento mais robusto de seu nível de atividade em 2013 na comparação com o observado em 2012.

Essa é a visão do departamento de pesquisas do BNP Paribas, que prevê que a economia chinesa terá uma expansão de 8,3% em 2013, após a alta de 7,7% projetada para 2012.

O crescimento global, segundo as projeções do banco francês, irá alcançar 3,4% no ano que vem, frente aos 3,1% previstos para este ano.

"Se afastam os cenários mais catastróficos com que se chegou a trabalhar tempos atrás", afirmou Marcelo Carvalho, economista-chefe para América Latina do BNP Paribas, durante coletiva online realizada com a imprensa nesta segunda-feira (26/11).

Embora novas medidas de estímulos por parte do BC chinês sejam esperadas, o especialista ressalta que não veremos a mesma agressividade de 2009, quando os esforços das autoridades da região geraram pressão nos preços e preocupações com possíveis bolhas.

"O governo chinês não quer repetir esse filme", destacou o economista.

Embora a estimativa para o ritmo da atividade mundial em 2013 não tenha grande alteração ante 2012, o mesmo não pode se dizer da composição dessas projeções.

"Antes a gente achava que a Europa cresceria 0,2% ano que vem", disse Carvalho.

Os mais recentes prognósticos da instituição francesa apontam para uma recessão na Zona do Euro de 0,4%, tanto em 2012 como em 2013.

Na Espanha, as projeções do BNP são de retração de 1,4% neste ano, e de 1,8% no seguinte, contrabalançada por uma expansão na Alemanha de 0,9% e 0,5%, em 2012 e 2013, respectivamente.

A China será novamente o motor econômico do mundo, mas compensará o desempenho do Japão, que, segundo o BNP, irá ver o crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB) passar de 1,7% neste ano para meros 0,2% no seguinte.

"Tenho uma forte convicção de que o pior já passou. Os dados sugerem uma recuperação em curso", falou o economista do BNP sobre o gigante asiático. "O terceiro trimestre foi o fundo do poço".

De julho a setembro de 2012 o PIB chinês expandiu 7,4%, na comparação com igual período do ano anterior.

A visão otimista do BNP o levou a aumentar em 0,3 ponto percentual sua projeção para o crescimento da economia chinesa neste ano e no próximo.

Já para os Estados Unidos, as estimativas são de um avanço de 2,1% em 2012, seguido de uma expansão de 2% em 2013.

O economista do BNP ressaltou que o governo Obama precisa conciliar uma postura fiscal mais expansionista no curto prazo, e mais contida no médio e longo.

O abismo fiscal, se não evitado, resultará em um impacto negativo de quatro pontos percentuais no PIB americano, pontuou Carvalho.

"O PIB americano de 2%, se comparado com os 3% ou 4% de antes da crise de 2008 não é uma maravilha, mas se comparado com o desempenho negativo na Europa, está de bom tamanho", ponderou o especialista.

"É um crescimento moderado, dentro das possibilidades da economia americana hoje".

Fonte: Brasil Econômico

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