Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Declarações de Obama ditam disparada das bolsas globais


Rumores de que na próxima sessão será formalizado um novo resgate para a Grécia contribuíram para o bom humor generalizado.

Após reunião com líderes do Congresso para discutir maneiras de evitar uma crise orçamentária nos Estados Unidos na última sexta-feira (16/11), algumas declarações otimistas do presidente reeleito do país, Barack Obama, ditaram o bom humor dos investidores mundiais durante o pregão desta segunda-feira (19/11).

Segundo Luiz Roberto Monteiro, operador institucional da Renascença Corretora, as altas foram sustentadas após o democrata ter sinalizado que o país está próximo de uma definição para a questão do abismo fiscal. "O noticiário ficou muito baseado na reunião de Obama com o Congresso. Os indícios de que as conversas foram promissoras em relação ao ajuste fiscal foram determinantes para o bom humor", aponta.

Além disso, os números favoráveis com relação ao setor imobiliário americano também dão um alívio aos agentes da região, contagiando os investidores mundiais. 

"Os indicadores do país só serviram para sacramentar a trajetória dos índices do país e do mundo. Por isso, estamos vendo a recuperação dos mercados", considera Monteiro, reforçando que as palavras de Obama foram o principal ponto de referência para os agentes. 

Neste contexto, os índices de Wall Street operavam em campo positivo. Por volta das 18h15, o Dow Jones subia 1,40%, o S&P 500 ganhava 1,68%, e o Nasdaq apreciava 1,86%.

No mesmo sentido, as bolsas europeias terminaram em campo positivo. O FTSE-100, de Londres, subiu 2,36%; o CAC-40, de Paris, avançou 2,93%; e o Dax, de Frankfurt, teve alta de 2,49%.

Por lá, as expectativas são de que os ministros das finanças da Zona do Euro, que se reúnem nesta terça-feira (20/11), definam uma maneira de ajudar financeiramente a Grécia e tornar a dívida do país sustentável. Declarações do ministro das finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, reforçaram essa possibilidade. 

"É possível que amanhã os líderes estabeleçam um novo passo rumo a um novo resgate aos gregos. Isso anima os investidores, porém ainda é preciso que sejam definidas algumas questões em relação a fragilidade do sistema financeiro espanhol", explica Monteiro. 

Nem mesmo o indicador referente à atividade de construção da Zona do Euro, que trouxe números pouco favoráveis, conseguiu desanimar os agentes. 

Por aqui, o Ibovespa acompanhou o movimento dos mercados internacionais e fechou com alta de 1,89%, aos 56.450 pontos, com giro financeiro de R$ 7,86 bilhões, concretizando a recuperação após a queda averiguada no pregão precedente. 

O volume negociado teve contribuição do exercício de contratos de opções sobre ações, que girou R$ 2,59 bilhões no segmento Bovespa. Deste total, R$ 1,29 bilhão corresponderam a opções de compra e R$ 1,30 bilhão, a opções de venda.

Destaques

Os papéis da OGX (OGXP3) lideraram os ganhos com avanço de 7,47%, vendido por R$ 4,89. Na sequência, as ações da Rossi (RSID3) subiram 7,03%, cotado a R$ 4,26. 

À frente das quedas, figuraram as ações da Eletrobras, ELET6 e ELET3, que recuaram 15,43% e 13,41%, respectivamente.

Após rumores de que as demissões devem continuar na companhia de energia, os papéis recuaram de maneira acentuada. 

Câmbio

No mercado cambial, o dólar fechou estável frente ao real, cotado a R$ 2,080 para compra e R$ 2,082 para venda.

Fonte: Brasil Econômico

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