Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Crescimento da ocupação no mês de outubro surpreende


O crescimento da população ocupada superou o esperado, com avanço de 0,9% em comparação ao mês de setembro.

Por trás da leve queda na taxa de desemprego, revelada nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o mercado de trabalho mantém seu vigor nos últimos meses de 2012.

A taxa de desemprego recuou para 5,3% em outubro, face a 5,4% em setembro. Trata-se do menor nível para o mês desde o início da série histórica, iniciada em março de 2002.

O crescimento da população ocupada superou o esperado, com avanço de 0,9% em comparação ao mês de setembro, somando 23,4 milhões de pessoas. Na comparação com igual período do ano passado, a alta foi de 3%.

"Esse avanço na ocupação foi surpreendente, veio muito positivo", diz Caio Machado, economista da LCA Consultores.

Com o bom momento da economia, novas pessoas decidiram entrar no mercado de trabalho, o que impediu uma queda ainda maior na taxa de desemprego.

A População Economicamente Ativa (PEA) avançou 2,5% em comparação a outubro do ano passado, uma aceleração ante a taxa de 1,6% registrada no mesmo período do ano passado.

"Esse aumento na PEA podem ser jovens entrando em seu primeiro emprego, ou pessoas retornando ao mercado de trabalho após muito tempo fora", diz Sarah Bretones, economista da MCM Consultores Associados.

O dado também reforça os sinais de que a economia brasileira está em reaquecimento.

"A população economicamente ativa costuma crescer ciclicamente, quando a economia está bem, ela avança. E nos últimos meses essa taxa está ainda mais forte, o que corrobora a tese de que a economia está acelerando", diz Machado.

Com o mercado de trabalho apertado, a renda continuou em alta. O rendimento médio real habitual dos empregados atingiu R$ 1.787,70 no mês passado, frente a R$ 1.782,68 em setembro e R$ 1.708,44 em outubro de 2011.

Nos próximos meses, a expectativa é de que, com o aumento das contratações do fim de ano, a taxa de desemprego continue em tendência de queda.

Para a LCA, o desemprego deve fechar o ano em 4,9%. Já para a MCM, a taxa ficará em 4,3% no mês de dezembro. Para ambas as consultorias, o desemprego deve fechar 2012 com uma taxa média de 5,5% no ano.

Fonte: Brasil Econômico

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