IPC-S acima das expectativas, e forte queda na sessão anterior, favoreceram abertura da curva de juros futuros da BM&F Bovespa.
Após a queda de 1,4% experimentada pelo dólar na sessão passada, nesta segunda-feira (8/4) a volatilidade no câmbio doméstico foi bem mais moderada.
Com mínima de R$ 1,983 (queda de 0,25%) e máxima de R$ 1,992 (alta de 0,20%), a moeda americana encerrou o dia sem variação percentual, nos mesmos R$ 1,988 para venda da sexta-feira passada (5/4).
Cotações de fechamento para venda em | 08/04/2013 | ||||||
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Argentina | Peso | 0,3877 | 5,1350 | ||||
Canadá | Dólar | 1,9516 | 1,0199 | ||||
Chile | Peso | 0,0043 | 467,20 | ||||
China | Iuan | 0,3208 | 6,2043 | ||||
Coreia do Sul | Won | 0,0017 | 1.140,33 | ||||
União Europeia | Euro | 2,5889 | 1,3008 | ||||
Estados Unidos | Dólar | 1,9902 | 1,0000 | ||||
Índia | Rúpia | 0,0365 | 54,5800 | ||||
Japão | Iene | 0,0201 | 98,9100 | ||||
México | Peso | 0,1637 | 12,1589 | ||||
Paraguai | Guarani | 0,0005 | 4.120,00 | ||||
Reino Unido | Libra | 3,0364 | 1,5257 | ||||
Uruguai | Peso | 0,1050 | 19,0600 | ||||
Rússia | Rublo | 0,0637 | 31,2852 | ||||
Venezuela | Bolivar Forte | 0,3167 | 6,3000 | ||||
Fontes: Banco Central e Brasil Econômico. |
Além da divulgação de dados abaixo das expectativas sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos na última sexta, que levou investidores a zeraram posições no dólar, outra motivação para a expressiva depreciação da divisa na ocasião decorreu de rumores sobre a possível redução, ou retirada, do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6% das operações de renda fixa e derivativos, para melhorar o fluxo do país.
No primeiro trimestre de 2013, o fluxo está negativo em US$ 2,1 bilhões, contra o saldo positivo de US$ 18,728 bilhões em igual período do ano passado.
"O ‘boato' plantado no mercado sobre a possibilidade de revisão dos percentuais e aplicabilidade de IOF vigentes com foco no estímulo a que os ingressos de capitais estrangeiros possam se revitalizar para o país não pode ser considerado fora do contexto, pelo contrário, pode efetivamente estar sendo avaliado pelo governo", diz Sidnei Moura Nehme, economista e diretor executivo da NGO Corretora de Câmbio, em seu tradicional boletim.
Fora uma redução do próprio IOF, o especialista não descarta também uma lapidação no prazo das captações de recursos das empresas brasileiras no exterior sobre o qual incide o imposto financeiro.
"Acreditamos que seriam tentativas de melhora do fluxo cambial de recursos para o Brasil com perspectivas bastante favoráveis de sucesso".
As reservas internacionais, na casa dos US$ 376,9 bilhões, até poderiam vir a ser utilizadas para amenizar os efeitos de um fluxo tão escasso, mas o governo deve relutar ao máximo em fazer uso das mesmas, segundo Nehme, para não ter de reconhecer a perda de atratividade do país aos olhos do investidor estrangeiro.
"O mais importante neste momento é que se o governo pretende adotar estas medidas que estão sendo objeto de boatos, que o faça de imediato, já que não é recomendável que fique obtendo "massa crítica", que acaba gerando forte volatilidade, dada as perspectivas de impacto que geram sobre a formação do preço da moeda", finaliza o economista e diretor da NGO.
Juros
No mercado de juros futuros da BM&FBovespa, após a forte queda no pregão precedente, a curva terminou em alta nesta segunda, motivada por um ajuste de posições, em resposta ao intenso movimento de sexta, e também ao IPC-S, que ficou acima do esperado.
Mais negociado, com giro de R$ 23,759 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 subiu de 8,40% para 8,42%, enquanto o para janeiro de 2014 avançou de 7,76% para 7,81%, com volume de R$ 21,280 bilhões.
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou, mas apenas 0,01 ponto percentual, e ficou em 0,71% na primeira semana de abril, ante as estimativas ao redor de 0,68%.
"Nessa medição vale destacar a aceleração de Alimentação (1,49% vs. 1,31%), com tomate (15,90%) ainda como principal influência positiva no grupo", pontua Darwin Dib, economista-chefe da CM Capital Markets, em relatório.
Fonte: Brasil Econômico
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