Apesar do dia no câmbio doméstico ter um movimento que pode não ser a tendência que realmente prevaleceria se não fosse o último dia do mês, o real acompanha a valorização de seus pares internacionais.
O dólar opera em queda ante o real no último pregão de abril de 2013, influenciado pela tradicional briga pela Ptax que sempre ocorre no período.
Como os vendidos, que são as casas e instituições que apostam na depreciação da moeda americana, prevalecem frente aos comprados, que esperam pela valorização da divisa, em US$ 8,317 bilhões, o que temos é a alta do real.
Há pouco o dólar recuava 0,16% frente à brasileira, negociado a R$ 2,001 para venda. A mínima é de R$ 1,998, baixa de 0,34%, e a máxima em R$ 2,008, avanço de 0,14%.
"Com a briga pela Ptax, temos um dia atípico no mercado. Não dá pra dizer que vai ser a tendência", afirma Ures Folchini, vice-presidente de tesouraria do Banco WestLB.
Apesar de não ser possível dizer que a queda do dólar hoje será a trajetória dos próximos dias, é o que temos visto em 2013 - em abril, até ontem, a moeda dos Estados Unidos acumula recuo de 0,84%, e no ano, de 1,90%.
A briga pela Ptax termina às 13h, e alguma mudança pode ser observada passado o horário.
Na quinta-feira (2/5), quando voltamos a abrir, após o fechamento de amanhã com o feriado do Dia do Trabalhador, teremos dois eventos que são aguardados, e podem mexer com o câmbio, pondera Folchini, que são as reuniões do Federal Reserve e do Banco Central Europeu.
"Se não tiver nada muito diferente, diria que a tendência do dólar é ficar próximo de R$ 2,00", nota o especialista, por se tratar de patamar considerado, aparentemente, a taxa de equilíbrio para o governo, sem prejudicar nem a inflação nem a competitividade da indústria.
Enquanto os agentes esperam em sua maioria por um corte na taxa de juros por parte da autoridade europeia, um novo incentivo de seu semelhante americano não é tão certo, o que dificulta uma previsão sobre qual será o comportamento do dólar após tais eventos, explica o executivo do WestLB.
Dados acima do esperado sobre a maior economia do globo não são suficientes para levar os índices acionários a uma alta vigorosa, mas mantém as principais moedas com ganhos ante o dólar - o Dollar Index, índice que mede a variação da moeda contra uma cesta de divisas, recuava 0,54%, com o euro em alta também de 0,54%, a US$ 1,3170.
Juros
No mercado de juros futuros da BM&FBovespa, a curva opera em leve baixa, após o início das revisões para a magnitude do ciclo de aperto monetário, que agora se espera que seja mais curto, em função do teor da ata do Copom.
A liquidez, no entanto, segue abaixo da média, como já tem sido nos últimos dias.
Mais negociado, com giro de R$ 11,055 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 cedia de 7,92% para 7,89%, enquanto o para janeiro de 2015 descia de 8,25% para 8,23%, com volume de R$ 9,099 bilhões.
"Os estrangeiros continuam aumentando posições na curva pré, em um ajuste ao cenário internacional um pouco pior", fala Folchini.
Movimentos mais expressivos dos DIs, diz o especialista, apenas em dias com indicadores inflacionários de relevância, ou com declarações de representantes do governo.
Fonte: Brasil Econômico
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