O Dollar Index sobe 0,33%, e o euro perde 0,44%, enquanto frente ao real, os ganhos da divisa americana são de apenas 0,04%.
O dólar oscila perto da estabilidade frente ao real na primeira parte do pregão desta terça-feira (23/4), em desalinho à tendência mundial, na qual prevalece a valorização da divisa americana, a despeito dos fortes ganhos dos índices acionários.
Com mínima em R$ 2,012, queda de 0,39%, alcançada pela manhã, o dólar no mercado cambial doméstico não acompanhou a valorização global - o Dollar Index avançava 0,33%, e o euro perdia 0,44%, a US$ 1,3008 - mas ao menos não vai mais no caminho completamente inverso do que prevalece no exterior.
Até porque a alta de 0,34% ocorrida na véspera por aqui foi em desalinho à estabilidade que prevaleceu entre os pares internacionais, devido ao fraco desempenho da balança comercial.
Há pouco a moeda dos Estados Unidos subia 0,04% ante a brasileira, negociada a R$ 2,021 na venda.
O espaço para altas do dólar no país também está limitado pela valorização de 2,28% ocorrida semana passada, que aproximou a cotação da divisa do patamar de R$ 2,03, no qual o Banco Central (BC) realizou suas últimas intervenções, para evitar que um prosseguimento na baixa do real prejudique a inflação.
"Há efetiva expectativa, a partir do intenso numero de anúncios, com IPO's e, principalmente, com captações de recursos externos por empresas brasileiras, valendo-se da expressiva liquidez no mercado internacional provocada pelo programa japonês de reativação econômica, que impõem queda nas taxas de juro, barateando o custo das mesmas, que o fluxo cambial melhore", diz Sidnei Moura Nehme, economista e diretor executivo da NGO Corretora, em relatório.
"Na balança comercial a expectativa é que as exportações das safras agrícolas trouxessem relativa recuperação, mas isto não vem sendo suficiente", nota o especialista.
Corroboram o argumento de Nehme os dados de ontem do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que mostraram déficit de US$ 2,271 bilhões da balança comercial apenas na terceira semana de abril.
No ano, as saídas prevalecem em US$ 6,489 bilhões, contra as entradas de US$ 2,243 bilhões em igual período de 2012.
"Isto faz com que as perspectivas presentes estejam inibindo uma alta mais agressiva do preço da moeda americana, como sugeriria o quadro presente, já não tão contornável com a oferta de "swaps cambiais", pois está faltando divisas efetivamente, mas não são suficientes para promover a apreciação do real, certamente como o governo espera e deseja", pontua o economista da NGO.
"Se as perspectivas não se confirmarem vai assumir tendência de valorização da moeda americana, e, caso venham a se confirmar o real será apreciado de forma racional".
Juros
No mercado de juros futuros da BM&FBovespa, a tendência de queda na qual a curva entrou desde a decisão do Copom, quarta passada, ainda não foi interrompida, ainda que o movimento de hoje seja apenas marginal.
Mais negociado, com giro de R$ 37,267 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 recuava de 7,82% para 7,81%, enquanto o para janeiro de 2015 descia de 8,27% para 8,25%, com volume de R$ 15,858 bilhões.
Fonte: Brasil Econômico
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