Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Dólar segue em baixa, e recua pelo 6° dia seguido


A despeito das fracas vendas no varejo, a curva de juros futuros da BM&F Bovespa dá prosseguimento a abertura da véspera.

Após operar com uma queda mais acentuada, e encostar na mínima de R$ 1,966 na manhã desta quinta-feira (11/4), quando chegou a cair 0,50%, em sintonia com a tendência que prevalece no exterior, as perdas do dólar frente ao real perderam força, e agora a moeda americana opera com baixa de 0,20%, negociada a R$ 1,972 para venda.

O Dollar Index, por sua vez, índice que mede a variação do dólar contra uma cesta de divisas, recuava 0,47%, acompanhando o bom humor que tomou conta dos investidores, e que leva os índices acionários das principais bolsas para cima.

A depreciação da divisa dos Estados Unidos ante o real no pregão de hoje em menor intensidade que na comparação com seus pares se explica em parte pelo fato de, nas últimas cinco sessões, já ter fechado em queda.

A recente sequência de ganhos da moeda brasileira ocorreu após a cotação do dólar bater nos níveis de R$ 2,02, puxada pela crise do Chipre, associada ao fluxo escasso de divisas para o Brasil.

A percepção de que o fluxo deve melhorar no curto prazo, pela provável alta da taxa Selic, por conta do início das exportações da safra agrícola, e também do agressivo programa de liquidez do Banco do Japão, tem contribuído para recolocar a taxa do câmbio ao patamar no qual estava no começo de março, ao redor de R$ 1,95.

"Os investidores japoneses, tradicionalmente, são investidores no Brasil, com somas absolutamente relevantes e isto fortalece a convicção de que viriam com recursos para o país, diferentemente dos americanos e europeus nos últimos programas", afirma Sidnei Moura Nehme, economista e diretor executivo da NGO Corretora, em seu boletim.

Esse, no entanto, pode não ser um piso a ser rompido pelo mercado nas próximas semanas, uma vez que, abaixo dele, o governo entende que a indústria é demasiadamente prejudicada por conta da invasão dos produtos importados.

"O mercado financeiro está agindo a partir da convicção de que o governo desonerará a tributação do IOF, até com ajustes de prazo nos empréstimos dos ingressos de recursos externos. Por isso, a apreciação do real se acentuou rapidamente a partir da colocação no mercado desta possibilidade, ainda que na forma de "boato", e não porque tenha havido incremento do fluxo cambial favorável ou qualquer ação direta do governo", explica o especialista.

Juros

No mercado de juros futuros da BM&FBovespa, a curva dá prosseguimento a abertura iniciada no final da sessão passada.

Após operar em baixa ontem na maior parte do dia, com o IPCA um pouco melhor que o esperado, e a perspectiva de que o Copom poderia deixar o início do ciclo de aperto para a reunião de maio, ao invés de já na semana que vem, a curva passou a subir logo após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dizer que o governo não poupará esforços para que a inflação seja controlada.

Mantega, na visão do mercado, seria a ala do governo que luta contra a alta dos juros, em detrimento ao BC, por talvez estar mais preocupado com o fraco crescimento do que com a alta inflação.

As vendas no varejo de fevereiro, bem abaixo do esperado, não foram suficientes para reverter o aumento dos prêmios pedidos pelos agentes.

Mais negociado, com giro de R$ 55,295 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 avançava de 7,92% para 8,00%, enquanto o para janeiro de 2015 subia de 8,50% para 8,56%, com volume de R$ 20,060 bilhões.

Depois do surpreendente 0,6% de alta de janeiro, as vendas no varejo retomaram em fevereiro a fraqueza do final do ano passado, e caíram 0,4%, na comparação com janeiro.

A estimativa da LCA apontava avanço de 2,8%.

Fonte: Brasil Econômico

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