BRASÍLIA, 15 Abr (Reuters) - O governo prevê que a economia brasileira crescerá 4,5 por cento em 2014 e fixou em 167,4 bilhões de reais a meta de superávit primário do setor público consolidado, que poderá ser abatida em até 67 bilhões de reais, informaram nesta segunda-feira os ministérios da Fazenda e do Planejamento.
As projeções fazem parte da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que o governo encaminha ao Congresso Nacional e são o primeiro retrato do governo para o próximo ano, o último do mandato da presidente Dilma Rousseff.
Pelo projeto, o salário mínimo ficará em 719,48 reais no próximo ano, com a inflação medida pelo IPCA fechando a 4,5 por cento --o centro da meta oficial.
Na proposta de LDO, a área econômica vê que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá mais do que 2013, cuja estimativa foi reduzida a 3,5 por cento nesta segunda-feira pelo próprio governo, ante 4,5 por cento previstos até então para este ano.
Da meta de primário prevista para 2014, 116,1 bilhões de reais deverão ser economizados pelo governo central (governo federal, Banco Central e INSS), sendo que o restante ficará a cargo dos Estados e municípios.
A proposta de LDO também estabelece que o governo federal não terá obrigação legal de compensar os governo regionais caso não cumpram seus objetivos. A meta fiscal para Estados e municípios é de 51,2 bilhões de reais.
O projeto da LDO também vê que a Selic encerrará 2014 em 7,25 por cento, patamar atual da taxa básica de juros, e a taxa de câmbio média em 2,04 reais.
A proposta de LDO precisa ainda do aval do Congresso Nacional. O governo também tem de formular a proposta de Orçamento da União para 2014, que deverá ser enviada ao Legislativo até o fim de agosto.
Fonte: Reuters Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário