Não fez preço na curva de juros futuros da BM&F Bovespa o IPCA-15 de abril acima da expectativa do mercado.
Após a forte alta de 0,90% registrada na véspera, o dólar devolve parte dos ganhos frente ao real no pregão desta sexta-feira (19/4), em um movimento de ajuste ante os excessos.
Há pouco a moeda americana recuava 0,49%, cotada a R$ 2,007 para venda.
A valorização intensa do dólar na sessão passada teve relação com a alta de 0,25 ponto percentual na Selic, enquanto os agentes esperavam que fosse de 0,50 ponto, o que traria mais investidores estrangeiros com seus dólares em busca de ganhos de arbitragem.
A depreciação da divisa dos Estados Unidos não é hoje exclusividade nossa - o euro ganhava 0,30%, enquanto o peso mexicano subia 0,52% - até por conta do bom humor que prevalece entre os índices acionários das principais Bolsas.
Além disso, o IPCA-15, acima das expectativas, também contribui para a baixa da moeda estadunidense, uma vez que o dólar mais valorizado impacta negativamente a inflação.
Juros
No mercado de juros futuros da BM&FBovespa, não fez preço na curva o IPCA-15, que acelerou para 0,51% em abril, contra 0,49% em março, e o consenso da aposta dos analistas em 0,46%.
Mais negociado, com giro de R$ 33,039 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho próximo caía de 7,40% para 7,39%, enquanto o para janeiro de 2014 descia de 7,83% para 7,81%, com volume de R$ 25,558 bilhões.
"Independentemente do IPCA-15 ter saído pior que o esperado, o mercado entende que isso não vai alterar a estratégia do BC, que já definiu sua maneira de atuação", afirma Ures Folchini, vice-presidente de tesouraria do Banco WestLB.
Após o início do ciclo de aperto nesta quarta com uma elevação mínima, a leitura dos agentes agora, explica o especialista, é a de que a toada de aumentos na Selic será em igual magnitude, e que o ciclo total deve ficar entre 1 ou 1,25 ponto percentual.
Antes da decisão anunciada pelo Copom, a aposta majoritária era de altas sucessivas de 0,50 ponto, e uma elevação total na casa dos 1,5 pp.
Fonte: Brasil Econômico
Nenhum comentário:
Postar um comentário