IBC-Br melhor que o esperado, e declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, impulsionaram nova abertura da curva de juros futuros da BM&F Bovespa.
O dólar segue em queda ante o real no pregão desta sexta-feira (12/4), em completo desalinho em relação ao movimento que prevalece no exterior, e marca a sétima baixa seguida nessa recente sequência de perdas.
Há pouco a moeda americana tinha desvalorização de 0,35% frente a brasileira, e era negociada a R$ 1,968 para venda.
O peso mexicano, por sua vez, perdia 0,36% ante o dólar, enquanto o dólar australiano recuava 0,40%, e o rublo russo, 0,94%.
Desde que iniciou essas baixas seguidas, o recuo do dólar em comparação ao real já chega a 2,76%.
"O desmonte de posições compradas daqueles que apostavam na valorização do dólar, associado à mega injeção de recursos no Japão e suas consequências (carry-trade) além da
perspectiva de aumento de juros no Brasil, tem exercido pressão na precificação da moeda americana ante o real", afirma Ricardo Gomes da Silva, da Correparti, em relatório.
Juros
A divulgação do IBC-Br melhor que o esperado, e declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltam a puxar para cima a curva de juros futuros da BM&FBovespa.
Mais negociado, com giro de R$ 93,731 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 subia de 7,93% para 8,08%, enquanto o para janeiro de 2015 avançava de 8,51% para 8,59%, com volume de R$ 31,417 bilhões.
O IBC-Br, ainda que tenha caído 0,52% em fevereiro, na comparação com janeiro, veio melhor que o esperado pela LCA, cuja projeção indicava recuo de 0,76%.
Na comparação anual, o desempenho foi ainda melhor, já que a estimativa da consultoria previa estabilidade, enquanto o resultado mostrou avanço de 1,88%.
Além disso, o ministro da Fazenda afirmou hoje que o Banco Central (BC) poderá elevar a taxa Selic, se necessário, para conter a dispersão dos preços.
"As medidas que forem necessárias pelo governo, não titubeamos em tomar medidas, inclusive posso dizer que mesmo as medidas que são consideradas menos populares são tomadas, por exemplo, em relação às taxas juros quando isso é necessário", disse Mantega.
Após a divulgação do IPCA nesta semana, mesmo que tenha rompido o teto da meta, veio ligeiramente melhor que a expectativa dos agentes, o que os levou a imaginar que o Copom pode deixar para iniciar o ciclo do aperto monetário em maio. Caso o índice viesse pior que o esperado, as apostas tenderiam a pender para a primeira alta já na semana que vem.
Fonte: Brasil Econômico
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