Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Cenário doméstico pressiona e Ibovespa descola do mundo


O principal índice doméstico passou a operar em campo negativo, com os investidores digerindo a produção industrial de fevereiro, que caiu 2,5% em relação a janeiro deste ano.

Descolado das principais bolsas mundiais, o Ibovespa acentua as perdas nesta terça-feira (2/4), após abrir em alta. Há pouco, o principal índice da Bolsa brasileira recuava 0,28%, aos 55.744 pontos. O giro financeiro estava em R$ 2,23 bilhões.

De acordo com Pedro Galdi, analista-chefe de investimentos da SLW Corretora, o cenário doméstico é o causador do pessimismo interno, principalmente após a divulgação da produção industrial de fevereiro, que caiu 2,5% em relação a janeiro deste ano. "Mais uma vez, indicadores mostram que o país não está crescendo como o governo anuncia e ainda a inflação está alta", destaca Galdi.

O analista explica ainda que o superávit da balança comercial, anunciado ontem, também penaliza. "Esse superávit de março nada mais é do que um jogo contábil. Janeiro e fevereiro registraram déficit por causa da forte importação de combustível. Em março, a Petrobras transferiu uma plataforma para uma empresa no exterior, sem tirá-la do Brasil, o que configurou em exportação e, consequentemente, em superávit da balança comercial", explica.

Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street se mantêm em campo positivo, principalmente após a divulgação de indicador acima do esperado.

O indicador Factory Orders, que mede o volume de pedidos feitos à indústria americana, avançou 3% em fevereiro. As estimativas eram de alta de 2,6%.

Há pouco, o Dow Jones subia 0,65%, o S&P crescia 0,68% e o Nasdaq avançava 0,70%

Na Europa, apesar de retração nos indicadores de indústria, as principais bolsas sobem fortemente, se recuperando por causa do feriado ontem, impulsionadas pela situação no Chipre, após o país finalizar discussões com seus credores internacionais sobre os termos de seu resgate de € 10 bilhões. O acordo firmado estabelece a primeira parcela de ajuda já em maio.

Perto do fechamento, o CAC 40, de Paris, crescia 1,98%, o DAX, da Alemanha, ganhava 1,91% e o FTSE 100, de Londres, avançava 1,23%.

Destaque

As ações da Rossi (RSID3) lideram as maiores altas da sessão, com avanço de 3,61%. Na outra ponta, os papeis da Gol (GOLL4) recuam 4,01%.

Câmbio

E no mercado de câmbio, o dólar opera em baixa de 0,09%, cotado a R$ 2,018 na compra e R$ 2,020 na venda.

Fonte: Brasil Econômico

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