A moeda americana recuou 0,74%, a R$ 1,9470 na venda, o nível mais baixo de fechamento desde 8 de maio.
O dólar fechou abaixo de R$ 1,95 pela primeira vez em dez meses nesta sexta-feira (8/3), sob a expectativa crescente de que o Banco Central (BC) elevará a taxa básica de juros para conter pressões inflacionárias, o que tornaria o país mais atraente para capitais estrangeiros.
A moeda americana recuou 0,74%, a R$ 1,9470 na venda. Foi o nível mais baixo de fechamento desde 8 de maio, quando o dólar encerrou a R$ 1,9387 na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 3,1 bilhões.
Cotações de fechamento para venda em | 08/03/2013 | ||||||
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Argentina | Peso | 0,3855 | 5,0680 | ||||
Canadá | Dólar | 1,9020 | 1,0268 | ||||
Chile | Peso | 0,0041 | 471,8000 | ||||
China | Iuan | 0,3142 | 6,2170 | ||||
Coreia do Sul | Won | 0,0018 | 1.090,7200 | ||||
União Europeia | Euro | 2,5347 | 1,2980 | ||||
Estados Unidos | Dólar | 1,9528 | 1,0000 | ||||
Índia | Rúpia | 0,0360 | 54,2950 | ||||
Japão | Iene | 0,0203 | 96,2000 | ||||
México | Peso | 0,1541 | 12,6734 | ||||
Paraguai | Guarani | 0,0005 | 4.060,000 | ||||
Reino Unido | Libra | 2,9149 | 1,4927 | ||||
Uruguai | Peso | 0,1031 | 19,1400 | ||||
Rússia | Rublo | 0,0634 | 30,8355 | ||||
Venezuela | Bolivar Forte | 0,3107 | 6,3000 | ||||
Fontes: Banco Central e Brasil Econômico. |
"O Copom provavelmente aumentará os juros no futuro, então o dólar caiu", disse o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca.
A expectativa de que a Selic seja elevada da atual mínima histórica de 7,25% cresceu ainda mais nesta sexta-feira depois que o governo divulgou que a inflação oficial de fevereiro ficou acima das expectativas do mercado.
Os números também reforçam interpretações de que o real mais valorizado pode ser usado para segurar pressões inflacionárias, já que reduziria o custo de insumos e bens de capital importados.
Em resposta à divulgação dos dados, os contratos de juros futuros dispararam, somando-se ao movimento da véspera, que havia sido impulsionado pela interpretação de que o BC abriu as portas para um possível aumento dos juros no curto prazo.
Em busca de um piso
O mercado agora questiona até que ponto o BC permitirá que o dólar caia. Operadores começaram a ver uma banda informal de R$ 1,95 a R$ 2 depois que a autoridade monetária atuou duas vezes em fevereiro perto do limite inferior deste intervalo.
O BC, por sua vez, deixou claro que intervém apenas para segurar oscilações bruscas. No fim do mês passado, o presidente da autarquia, Alexandre Tombini, reafirmou que o banco vai reagir a qualquer volatidade nos mercados de câmbio.
"O mercado fez um teste rompendo o chão informal, mas o Banco Central não atuou", disse o operador de câmbio da Intercam Glauber Romano, acrescentando que investidores devem continuar testando o nível de R$ 1,95, apoiados em expectativa de melhora na entrada de divisas no país.
Embora o fluxo cambial - o balanço entre entrada e saída de moeda estrangeira do país - tenha fechado negativo em US$ 105 milhões em fevereiro, o país registrou entrada líquida de US$ 3 bilhões na última semana do mês.
Segundo analistas, os números devem melhorar à medida que uma série de safras de commodities agrícolas ganham fôlego nos próximos meses.
"De maneira geral, é uma tendência de queda (para o dólar), salvo algum acontecimento diferente na Europa ou nos Estados Unidos", acrescentou Romano.
Fonte: Brasil Econômico
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