Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Dólar fecha abaixo de R$ 1,95 pela 1ª vez em 10 meses


A moeda americana recuou 0,74%, a R$ 1,9470 na venda, o nível mais baixo de fechamento desde 8 de maio.

O dólar fechou abaixo de R$ 1,95 pela primeira vez em dez meses nesta sexta-feira (8/3), sob a expectativa crescente de que o Banco Central (BC) elevará a taxa básica de juros para conter pressões inflacionárias, o que tornaria o país mais atraente para capitais estrangeiros.

A moeda americana recuou 0,74%, a R$ 1,9470 na venda. Foi o nível mais baixo de fechamento desde 8 de maio, quando o dólar encerrou a R$ 1,9387 na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 3,1 bilhões.
Cotações de fechamento para venda em08/03/2013
PaísMoedaR$US$
Argentina Peso 0,38555,0680
Canadá Dólar 1,90201,0268
Chile Peso 0,0041471,8000
China Iuan 0,31426,2170
Coreia do Sul Won 0,00181.090,7200
União Europeia Euro 2,53471,2980
Estados Unidos Dólar 1,95281,0000
Índia Rúpia 0,036054,2950
Japão Iene 0,020396,2000
México Peso 0,154112,6734
Paraguai Guarani 0,00054.060,000
Reino Unido Libra 2,91491,4927
Uruguai Peso 0,103119,1400
Rússia Rublo 0,063430,8355
Venezuela Bolivar Forte 0,31076,3000
Fontes: Banco Central e Brasil Econômico.


"O Copom provavelmente aumentará os juros no futuro, então o dólar caiu", disse o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca.

A expectativa de que a Selic seja elevada da atual mínima histórica de 7,25% cresceu ainda mais nesta sexta-feira depois que o governo divulgou que a inflação oficial de fevereiro ficou acima das expectativas do mercado.

Os números também reforçam interpretações de que o real mais valorizado pode ser usado para segurar pressões inflacionárias, já que reduziria o custo de insumos e bens de capital importados.

Em resposta à divulgação dos dados, os contratos de juros futuros dispararam, somando-se ao movimento da véspera, que havia sido impulsionado pela interpretação de que o BC abriu as portas para um possível aumento dos juros no curto prazo.

Em busca de um piso 

O mercado agora questiona até que ponto o BC permitirá que o dólar caia. Operadores começaram a ver uma banda informal de R$ 1,95 a R$ 2 depois que a autoridade monetária atuou duas vezes em fevereiro perto do limite inferior deste intervalo.

O BC, por sua vez, deixou claro que intervém apenas para segurar oscilações bruscas. No fim do mês passado, o presidente da autarquia, Alexandre Tombini, reafirmou que o banco vai reagir a qualquer volatidade nos mercados de câmbio.

"O mercado fez um teste rompendo o chão informal, mas o Banco Central não atuou", disse o operador de câmbio da Intercam Glauber Romano, acrescentando que investidores devem continuar testando o nível de R$ 1,95, apoiados em expectativa de melhora na entrada de divisas no país.

Embora o fluxo cambial - o balanço entre entrada e saída de moeda estrangeira do país - tenha fechado negativo em US$ 105 milhões em fevereiro, o país registrou entrada líquida de US$ 3 bilhões na última semana do mês.

Segundo analistas, os números devem melhorar à medida que uma série de safras de commodities agrícolas ganham fôlego nos próximos meses.

"De maneira geral, é uma tendência de queda (para o dólar), salvo algum acontecimento diferente na Europa ou nos Estados Unidos", acrescentou Romano.

Fonte: Brasil Econômico

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