Relativo alívio com a questão cipriota favorece uma sessão de recuperação do euro, com o real na esteira.
A recente trajetória de valorização do dólar, que trouxe a cotação da moeda de R$ 1,945 para R$ 2,012 em pouco mais de duas semanas, correspondente a uma alta de 3,45%, dá uma trégua no pregão desta terça-feira (26/3).
Embora a cautela ainda prevaleça, hoje os investidores demonstram um pouco mais de otimismo, após o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, esclarecer que o modelo imposto ao Chipre não deve ser similar em outros países da região.
O FTSE-100, de Londres, subia 0,29%, e o CAC-40, de Paris, ganhava 0,77%.
Com isso, o euro ganhava 0,14%, a US$ 1,2871.
Na esteira, o dólar recuava 0,39% ante o real, negociada a R$ 2,004 para venda.
"Apesar de tudo, os vendidos ainda estão mais fortes, tanto os bancos quanto os investidores estrangeiros, que começam a preparar o terreno para a formação da Ptax daqui dois dias", afirma João Paulo de Gracia Corrêa, gerente da mesa de câmbio da Correparti.
Pelos últimos dados do Banco Central (BC), referentes a fevereiro, as posições vendidas, que correspondem a aposta na queda do dólar, prevaleciam em US$ 8,521 bilhões. Em janeiro, a quantia estava em US$ 8,577 bilhões.
"Acredito que acima de R$ 2,02 seria um ponto para a autoridade sinalizar uma intervenção", pontua o especialista da Correparti, sobre as especulações de quando o BC poderia atuar para conter a trajetória de apreciação da divisa americana.
Juros
A curva de juros futuros da BM&FBovespa, a exemplo do que tem ocorrido nos pregões passados mais recentes, opera próxima da estabilidade, com liquidez reduzida.
Mais negociado, com giro de R$ 19,003 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 seguia nos mesmos 7,76% da véspera, enquanto o para julho de 2013, o segundo mais líquido do dia, recuava de 7,16% para 7,15%, com volume de R$ 15,729 bilhões.
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou esta manhã que a inflação em São Paulo recuou 0,18% na terceira quadrissemana de março. Na leitura anterior, a taxa caiu 0,11%.
Os agentes operam em compasso de espera, no aguardo do "Relatório Trimestral de Inflação", que será divulgado nesta quinta-feira (28/3), quando o BC deve dar novas sinalizações sobre os rumos da política monetária.
Fonte: Brasil Econômico
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