Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Em meio a incertezas sobre o Chipre, bolsas globais recuam


Dados referentes à atividade industrial da Europa e da Alemanha contribuem para disseminar pessimismo entre os investidores mundiais.

Dados da indústria europeia e alemã, além da preocupação com o Chipre, são responsáveis por ditar ritmo negativo às bolsas mundiais nesta quinta-feira (21/3). 

O índice de atividade da indústria da China avançou para 51,7 pontos em março, mas os indicadores que medem o setor industrial da Europa e da Alemanha reportaram desempenho pouco favorável no terceiro mês do ano.

O PMI da indústria da Zona do Euro retraiu para 46,9 pontos em marços, enquanto na Alemanha o índice que considera o setor manufatureiro apresentou queda para 48,9 pontos. 

De acordo com Luis Gustavo Pereira, estrategista-chefe da Futura Corretora, os dados negativos influenciaram o mau humor que vem caracterizando o comportamento dos investidores neste pregão.

"O PMI da China veio bom, e poderia sustentar a alta de diversos setores do mercado doméstico. A divulgação dos números da indústria alemã, porém, azedou o humor dos agentes da Europa, o que acabou contagiando os demais investidores do globo".

Além disso, o Banco Central Europeu (BCE) ameaçou cortar o financiamento de emergência para os bancos do Chipre a partir de segunda-feira (25/3), caso a ilha do mediterrâneo não chegue a um acordo com a Troika, grupo de credores formado pela Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e o próprio BCE.

Por lá, seguem as negociações para um resgate ao país, o que incomoda os investidores. 

Neste contexto, as bolsas europeias operam em terreno negativo na penúltima sessão desta semana. Instantes atrás, o CAC 40 de Paris caía 1,32%, o DAX, da Alemanha, perdia 0,87%, e o FTSE 100, de Londres, recuava 0,60%.

No mesmo sentido, os índices dos Estados Unidos operam em queda neste pregão, influenciados pelos dados europeus. 

O noticiário europeu também foi determinante para a falta de reação dos agentes. Por lá, os indicadores trouxeram resultados mistos. Enquanto os pedidos de auxílio-desemprego subiram ligeiramente, a atividade industrial do país melhorou sem muita expressividade. 

Desta maneira, os índices de Wall Street também operam em campo negativo. O Dow Jones tem baixa de 0,36%, o S&P cai 0,36% e o Nasdaq retrai 0,69%.

No ambiente doméstico, o mau humor também prevalece. Além do noticiário internacional, algumas ações relevantes para o índice recuam. Nesta manhã, foi divulgado que a compra de minério de ferro do Brasil pela China caiu 8,7% no primeiro bimestre de 2013.

Há pouco, os papeis da MMX (MMXM3) e da Vale (VALE3) retrocediam 5,61% e 0,42%, nesta ordem. 

Neste contesto, o Ibovespa recua 0,66%, aos 55.658 pontos, com giro financeiro de R$ 3,5 bilhões. 

Uma pesquisa divulgada pela Serasa apontou que a atividade econômica avançou 1,1% no primeiro mês do ano, e reportou o melhor resultado em 34 meses. Mas o indicador não foi suficiente para estabelecer ânimo por aqui. 

Destaques

Entre as maiores altas da sessão, as ações da OGX (OGXP3) avançam 4,96%, a R$ 2,75.

Para Pereira, a descoberta de novos indícios de gás natural em bloco do Maranhão fez com que o papel da petrolífera de Eike Batista assumisse a ponta entre os papéis da bolsa. 

No campo negativo, depois da MMX, se destacam os papeis da Eletrobras (ELET3), que caem 5,61%, cotados a R$ 6,32.

Câmbio

E no mercado de câmbio, o dólar opera em alta de 0,35% em relação ao real, cotado a R$ 1,995 na compra e R$ 1,997 na venda.

Fonte: Brasil Econômico

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