Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

terça-feira, 19 de março de 2013

Bovespa fecha em queda de 1% pressionada por ações da Vale


SÃO PAULO, 19 Mar (Reuters) - O principal índice acionário da Bovespa encerrou a terça-feira no campo negativo, após a trégua da véspera, pressionado pelo tombo das ações da mineradora Vale, que fecharam no nível mais baixo em seis meses, por conta da expectativa de preços menores para o minério de ferro.

O Ibovespa caiu 1,07 por cento, a 56.361 pontos, após ter avançado 0,18 por cento na véspera. O giro financeiro do pregão foi de 7,22 bilhões de reais.

As ações preferenciais da Vale recuaram 3,89 por cento, a 32,39 reais --no menor nível de fechamento desde 5 de setembro de 2012, quando o papel encerrou cotado a 31,51 reais. As ações ordinárias caíram 4,11 por cento, a 33,60 reais, também menor nível de fechamento desde setembro do ano passado.

Segundo operadores, os papéis da maior produtora global de minério de ferro sofreram em meio à deterioração das expectativas para o preço do produto neste e nos próximos anos.

Em relatório, o Goldman Sachs cortou suas estimativas para os preços do minério, citando incertezas sobre a demanda chinesa. O banco também reduziu o preço-alvo para os recibos de ações (ADRs) da Vale negociados em Nova York.

"Essa perspectiva de queda no preço do minério de ferro por fatores relacionados à demanda da China acabou pesando também no setor de commodities como um todo, pressionando a Bovespa", disse o especialista em renda variável Rogério Oliveira, da Icap Brasil no Rio de Janeiro.

MMX, mineradora do grupo de Eike Batista, chegou a recuar 6,58 por cento, mas reduziu as perdas e fechou em queda de 0,94 por cento, a 3,16 reais, após a empresa ter divulgado na noite de segunda-feira fracos resultados para o quarto trimestre de 2012.

O papel da CSN registrou a maior baixa do Ibovespa, com recuo de 6,36 por cento, a 9,28 reais. O mercado avaliava como negativa, ao menos no curto prazo, a notícia de que a companhia segue interessada em comprar as siderúrgicas da alemã ThyssenKrupp no Brasil e nos Estados Unidos.

"Isso significa investimento e, ao menos de largada, a operação lança dúvidas sobre como a operação vai afetar a distribuição de dividendos aos acionistas", disse Oliveira.

Em sentido oposto, destaque para as ações ordinárias da empresa de cosméticos Natura e da petrolífera OGX, que subiram 2,45 e 1,62 por cento, respectivamente.

Nos principais mercados externos, o tom da sessão foi negativo, diante de preocupações com os possíveis efeitos de eventual calote de Chipre para a crise da dívida da zona do euro.

O referencial norte-americano S&P 500 fechou em baixa de 0,24 por cento, enquanto o principal índice europeu de ações recuou 0,4 por cento.

Fonte: Reuters Brasil

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