Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Dólar volta a subir, descolado do exterior


Curva de juros futuros da BM&F Bovespa opera praticamente estável, com ligeiro viés de alta, por influência da melhora no humor dos investidores.

Após o ligeiro recuo de 0,1% na sessão passada, que interrompeu uma sequência de seis altas seguidas do dólar frente ao real, a trajetória de valorização da divisa americana ante a brasileira já voltou à tona no pregão desta quarta-feira (20/3), em desalinho ao movimento que prevalece no exterior.

Há pouco a moeda dos Estados Unidos tinha ganhos de 0,20% ante o real, e era negociada a R$ 1,991 para venda.

Já o Dollar Index, índice que mede a variação do dólar contra uma cesta de divisas, recuava 0,40%.

A recente trajetória ascendente na cotação da divisa americana, explica João Paulo de Gracia Corrêa, gerente da mesa de câmbio da Correparti, tem levado os bancos a diminuírem suas posições vendidas, que correspondem a aposta na depreciação do dólar.

Pelos dados mais recentes do Banco Central (BC), referentes a fevereiro, as instituições encerraram o período vendidas em US$ 8,521 bilhões. Em janeiro, a quantia estava em US$ 8,577 bilhões.

"O mercado sempre gosta de testar, testaram o piso em R$ 1,95, e está próximo de começar a fazer o teste no teto do BC, que ainda não foi totalmente chancelado", fala o especialista.

Entre as casas, diz Corrêa, as apostas sobre qual será o limite de valorização do dólar a ser aceito pela autoridade neste momento variam entre R$ 2,00 e R$ 2,05.

O gerente da Correparti recorda que as últimas intervenções do BC, para conter a alta da divisa americana, foram na faixa dos R$ 2,02, patamar no qual acredita que novas vendas possam vir a ser feitas.

Os dados do fluxo divulgados nesta tarde pela autoridade indicam saída de US$ 990 milhões em março, até o dia 15.

No acumulado deste ano, o fluxo cambial está negativo em US$ 3,481 bilhões, ante fluxo positivo de US$ 18,658 bilhões em igual época de 2012.

Juros

Sem dados de inflação ou de atividade no âmbito doméstico, e sem declarações de representantes do governo, a curva de juros futuros da BM&FBovespa opera próxima da estabilidade, com ligeiro viés de alta, em sintonia com a valorização dos principais índices acionários.

Mais negociado, com giro de R$ 17,694 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 subia de 7,79% para 7,80%, enquanto o para janeiro de 2015 passava de 8,51% para 8,52%, com volume de R$ 15,042 bilhões.

Fonte: Brasil Econômico

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